Instituto Federal de Rondônia

Projetos Semeando conhecimento e A reciclagem de óleo residual e do lixo orgânico são concluídos em Ji-Paraná

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), Campus Ji-Paraná, realizou durante o ano os Projetos Semeando Conhecimento e A reciclagem de óleo residual e do lixo orgânico. No dia 02/12/23, a servidora Alice Cristina Souza Lacerda Melo de Souza e a bolsista do projeto, Ana Carolina Mendonça Michelato, participaram de um culto de ação de graças realizado na 4º Igreja Presbiteriana. Durante a programação, a Coordenadora Alice pôde agradecer a parceria realizada entre a igreja e o IFRO, e compartilhar os resultados alcançados por meio de ambos os projetos, como ação social de 2023.

O Projeto Semeando Conhecimento ofertou reforços para alunos matriculados no Ensino Fundamental II, nas disciplinas de Matemática e Ciências, tendo como objetivo contribuir para a melhoria da aprendizagem. Ministraram os reforços duas bolsistas quatro acadêmicos colaboradores, todos do Curso Licenciatura em Química. Os bolsistas aplicaram as aulas temáticas de Ciências, com temas específicos demandados pela instituição parceira, com aplicação de jogos pedagógicos.

Sobre a participação no projeto, Ana Carolina M. Michelato declarou que “participar do reforço na área de Ciências e Matemática com alunos do ensino fundamental foi muito importante, pois foi possível desenvolver diferentes metodologias do ensino. Devido às dificuldades que os alunos apresentam nessas áreas, foi necessário inovar no ensino, buscando não apenas a transmissão de conhecimentos, mas despertar a curiosidade e o interesse dos alunos nessas matérias vistas como algo desnecessário ou até mesmo muito difícil de aprender. Então, vejo que esse projeto não foi só importante pra nós acadêmicos, pois tivemos oportunidades de aplicar nossos conhecimentos em Didática, Matemática e Química, mas para os alunos participantes do reforço que tiveram a chance de aprender e revisar conteúdos que tinham dificuldade de aprender”.

A mesma relevância foi destacada pela bolsista Kátia Silva de Jesus Dias. Ela considerou que participar do reforço escolar foi de suma importância para sua formação como professora, uma vez que “desenvolver essas atividades nas áreas de Ciências e Matemática com os alunos do fundamental foi um privilégio para um novo processo que se inicia em minha caminhada acadêmica, pois aprendizagem ao longo desses anos me mostrou o quão importante é cada vez mais a educação para formação digna das pessoas. E poder contribuir um pouco com ela através do projeto com o reforço foi simplesmente revolucionário na minha vida. Pude observar o quanto é precário o ensino para com alguns e até mesmo foi perceptível a carência de alguém para auxiliar (os alunos) a realizarem suas atividades e sanar suas dúvidas. O reforço fez muita diferença para cada aluno que participou, e foi gratificante ouvir deles mesmos e dos pais que suas notas também tiveram melhoras a partir do reforço.”

Os jogos pedagógicos foram aplicados durante o reforço a fim de contribuir para a melhoria das aulas e melhor compreensão do conteúdo, além de apoiarem e incentivarem os alunos. Sobre a confecção do material, Ruan Santos destacou que “trabalhar com produção de materiais pedagógicos para serem usados no projeto de reforço na área de Ciências e Matemática com alunos do ensino fundamental foi importante, pois trouxe a oportunidade de aprender e aprimorar as técnicas de metodologia do ensino despertando interesse em sempre buscar formas e materiais em que os alunos possam interagir e estimular o ensino e aprendizagem. Nós, que seremos professores de Química, matéria considerada difícil, precisamos buscar técnicas em conseguimos ensinar de forma que alunos consigam aprender e despertar mais interesse pelo ensino e pela disciplina. Participar dessa confecção de materiais possibilitou ter essa visão e buscar novas didáticas e metodologias de ensino”.

Além dos reforços escolares, foram ministradas aulas temáticas, que têm relação direta com o que é estudado no curso pelos acadêmicos, abordando questões como reciclagem, alimentação saudável, drogas e saúde mental. A aula temática sobre reciclagem contou com a participação de aproximadamente 30 crianças e foi ministrada pelo acadêmico Manoel Barbosa dos Santos. O acadêmico relata que ficou muito feliz ao ver a interação das crianças durante a palestra: “eles iam colocando exemplos relacionados aquilo lhes era falado e isso demonstrava que estavam entendendo. Após a palestra, nós fizemos o Jogo da Coleta Seletiva e eles souberam pintar as lixeiras e colocar os lixos em seus respectivos lugares”.

Para o participante Nicolas de Barros Gomes, de 07 anos de idade, a experiência foi muito boa. Ao ser questionado sobre o que aprendeu, ele respondeu que aprendeu “sobre o meio ambiente, cuidar dele. Também aprendi sobre lixos sólidos e sobre reciclagem, as pilhas, as lixeiras, tudo”.

Outra aula temática foi sobre a alimentação saudável. Os 15 participantes puderam conhecer mais sobre o assunto e também participar de um jogo pedagógico. A acadêmica Estephani Vitoria Gonçalves da Silva relata que “produzir o material para os alunos do projeto e aplicá-lo foi uma experiência incrível e é muito gratificante ver os alunos participando. Foi uma experiência de grande valor para a minha formação”. Já a participante Mariana Sophia Gonçalves Costa, 10 anos, afirma que gostou, pois a acadêmica “ensinou que é bom comer saudável e nunca comer ruim. Eu gostei muito”, diz.

Já a temática drogas e saúde mental foi abordada pela colaboradora Camilly Vitória Rodrigues de Jesus, sendo ministrada a aproximadamente 50 participantes, entre crianças de adolescentes de 09 a 17 anos. Segundo ela, foi “muito interessante ver a sede de conhecimento dos alunos, pois eles tiveram uma participação muito ativa, seja perguntando ou contribuindo com informações. A participação nos jogos mostrou que eles tiveram uma boa compreensão do que foi passado. Foi gratificante ver que eles conseguiram compreender e desenvolver bem o jogo”.

O participante Pyetro Coelho Boschetti, de 11 anos, relata que gostou muito de participar dessa palestra: “teve vários tópicos importantes, mas o que me chamou mais atenção foi sobre as drogas ilícitas e lícitas. As drogas lícitas são aquelas que podem ser consumidas pelas pessoas maiores de 18 anos e as drogas ilícitas são aquelas que são proibidas, tipo maconha e cocaína. Aprendi que todas as drogas causam dependência e faz muito mal para saúde. Exemplo: o cigarro faz mal ao pulmão e dá câncer. Portanto, todo excesso esconde uma falta, procure ajuda profissional para descobrir a raiz desse vício e não use drogas”, aconselha o Pyetro.

O Reverendo Alberto de Souza Júnior salienta a importância da parceria realizada entre o IFRO e a 4º Igreja Presbiteriana. “Procuramos observar a necessidade da comunidade que nos cerca, a voluntariedade dos irmãos que ajudam no Projeto Semeando (desenvolvido pela igreja) e o espaço físico que temos. Desta forma, temos oferecido cursos de reforço escolar, aulas de violão e bateria, informática básica e jiu-jitsu. A partir da parceria do IFRO (Instituto Federal de Rondônia) conseguimos realizar o atendimento a um número maior de crianças e adolescentes. Foi motivo de alegria receber os bolsistas do IFRO e ver a dedicação e preparação dos mesmos na realização das atividades que lhes eram confiadas. Tantos os alunos, como também os pais, perceberam claramente a diferença que fez na aprendizagem, a partir das aulas ministradas pelos bolsistas do IFRO. Esperamos que essa parceria possa continuar para que continuemos juntos, contribuindo com o sucesso dos alunos no presente. E que, no futuro, todos sejam profissionais qualificados”.