Alunos do Campus Ji-Paraná participam de diálogos interculturais nas aulas de Geografia
A parceria existente entre a Universidade Federal de Rondônia e o Instituto Federal de Rondônia possibilita a existência de diversas atividades. Dentre elas, o IFRO Campus Ji-Paraná oferece espaços para estágio supervisionado aos acadêmicos do curso de Licenciatura em Educação Básica Intercultural sediado no Campus UNIR de Ji-Paraná e frequentada por alunos e alunas indígenas das mais diversas etnias de Rondônia.
Nos meses de outubro e novembro, cinco alunos indígenas das etnias Oro Nao, Oro Waram Xijein, Suruí e Cinta Larga cumpriram seus estágios supervisionados participando das aulas de Geografia dos primeiros e segundo anos dos cursos técnicos em Florestas e em Informática em turmas ministradas pela professora Jania Maria de Paula.
Os alunos indígenas precisam cumprir etapas de observação e regência. Nesta última atividade promoveram um rico diálogo intercultural com as turmas nas quais estagiaram, encerrando a conversa com uma oficina de pinturas corporais. As conversas se deram sobre temas como: as etnias de Rondônia, os significados das pinturas corporais, em que rituais são usadas, as perdas e manutenções de suas línguas maternas, entre outros. A professora aproveitou a presença dos acadêmicos indígenas para também promover um espaço de discussões junto ao oitavo período do curso de Engenharia Florestal, onde ministra a disciplina de Ética Profissional, Direitos Humanos e Relações Etno-raciais.
Os alunos, tanto dos cursos técnicos, quanto do bacharelado, ficaram interessados em saber e compreender um pouco melhor o universo cultural dos estagiários, assim como bastante ansiosos para fazer as pinturas corporais depois de conhecerem seus significados.
A Professora Jania Maria de Paula avalia que esta troca de experiências é profundamente positiva para o aprendizado dos estudantes do campus. “São possibilidades incríveis de nossos alunos e alunas conhecerem mais sobre o universo do Outro. Conhecer é fonte necessária para a promoção de uma cultura do respeito, da tolerância e promotora de espaços mais justos, onde as diversidades sejam valorizadas”, explica.
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