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Projeto Extensionista contribui com estudantes do Centro de Autismo de Ji-Paraná

Publicado: Terça, 31 de Outubro de 2023, 08h52 | Última atualização em Terça, 31 de Outubro de 2023, 08h52 | Acessos: 30764

 Jipa ExtensãoO projeto “Elaboração de materiais pedagógicos e desenvolvimento de oficinas de artes para crianças autistas: um suporte à sala sensorial do Centro de Autismo de Ji-Paraná” encerrou suas atividades após um ano de desenvolvimento. As ações foram desenvolvidas por acadêmicos do Instituto Federal de Rondônia (IFRO) - Campus Ji-Paraná.

O projeto, que foi coordenado pela professora Alice Cristina Souza Lacerda Melo de Souza, por dois bolsistas e sete acadêmicos colaboradores, destes oito cursam Licenciatura em Química, alcançou seu objetivo ao entregar ao Centro 400 itens de material pedagógico (jogos de associação, contagem, memória, dentre outros) a serem utilizados pelas 158 crianças com Transtorno do Espectro Autista - TEA, além da realização de duas oficinas de artes. As intervenções com o material produzido foram realizadas pelo próprio Centro com o apoio das famílias e professores. 

Para a sala sensorial foram desenvolvidas duas oficinas, uma com o material industrializado que apresenta características elásticas conhecido popularmente como “Geleca” “amoeba” ou “geleinha” e bolhas de sabão. Dorli Ott Lelis (professora da estimulação sensorial) destaca que o uso desses itens é extremamente importante para os estudantes. 

Segundo a professora “a amoeba é um brinquedo de amassar e modelar, é uma textura mole, mas que não suja as mãos. Ela auxilia no desenvolvimento da coordenação motora fina e da criatividade, já a bolha estimula os movimentos dos músculos faciais e labiais, além de proporcionar sensação de bem-estar e prazer. É utilizada para a acomodação de estudantes com dificuldades de se relacionar, de olhar e de se comunicar. As bolhas de sabão auxiliam nos movimentos corporais, ajuda na percepção e atenção.”

Para um melhor desenvolvimento dos estudantes, o centro conta com a participação dos pais enquanto os filhos estão na instituição, sendo assim as oficinas também tiveram o apoio das mães. Paula Letícia, mãe do aluno Hugo, relatou que “embora Hugo tenha dificuldade com as texturas, ele gosta muito de brincar com a amoeba. Consegue brincar, se divertir e interagir com os colegas. Quando ele está brincando com as tintas, expande em criatividade, consegue desenhar, pintar e abrir ciclos de comunicação com os colegas e professores. As bolhas de sabão estimulam a coordenação motora e visual, além de auxiliar a percepção e atenção”.

Neide S. Fonseca, mãe do aluno Lucas, ao descrever a utilização desses materiais destaca que o filho ao brincar  “esquece o mundo, se acalma,  se concentra na brincadeira de puxar e esticar. Quanto ao uso das tintas, a criança está iniciando o trabalho com os desenhos e pintura, assim percebo que ele está desenvolvendo a criatividade”.

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