Membros do Neabi têm trabalhos aprovados em evento nacional sobre estudos afro-brasileiros e indígenas em Ji-Paraná
Estudantes e professores vinculados ao Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), Campus Ji-Paraná (Neabi/IFRO/Ji-Paraná), tiveram 4 trabalhos aprovados para serem apresentados em evento nacional. O VII Enneabi (Encontro Nacional dos Neabis da Rede Federal de Educação) será de 14 a 16 de setembro de 2023, em São João del Rei (MG).
O Neabi/Ji-Paraná tem seu trabalho voltado para ações afirmativas sobre Africanidade, Cultura Negra e História do Negro no Brasil e estruturado com base na Lei 10.639/2003 e, também nas questões indígenas, Lei 11.645/2008, com diretrizes curriculares que normatizam a inclusão das temáticas nas áreas do ensino, pesquisa e extensão. O Núcleo tem como missão sistematizar, produzir e difundir conhecimentos, fazeres e saberes que contribuam para a promoção da equidade racial e dos direitos humanos, tendo como perspectiva a superação do racismo e outras formas de discriminações, ampliação e consolidação da cidadania e dos direitos das populações negras e indígenas no Brasil, em Rondônia e, em particular, no IFRO Campus Ji-Paraná.
O primeiro dos estudos aprovados pelo VII Enneabi é “Identificando o racismo estrutural por meio da análise do romance Clara dos Anjos de Lima Barreto”, de autoria de Vinícius de Nano Holanda e Dioneia Foschiani Helbel, para ser apresentado no Simpósio Temático “Representação e reconstituição da história das populações afro-brasileiras e indígenas pelas literaturas de língua portuguesa”.
Com tema “Esporte, povos indígenas e relações interculturais: uma análise da 1ª Olimpíada dos Povos Indígenas de Ji-Paraná/RO”, Giulia Apolinário Ribeiro e Fabrício Gurkewicz Ferreira farão apresentação no Simpósio Temático “Os Neabis nos IFs: O papel da educação profissional e tecnológica na construção de experiências, vivências e práticas antirracistas”.
Também está aprovado “A voz ancestral da escritora negra rondoniense Cledenice Blackman”, de autoria de Mônica do Carmo Apolinário de Oliveira, Kaemilli de Oliveira Fagundes e Raylayne P. da Silva, no Simpósio Temático “A negação aos lugares subalternos – desobediência às categorias coloniais de raça e gênero a partir das vivências de mulheres negras”.
E na modalidade Pôster, foi aprovado “As contribuições das tecnologias de impressão 3D para os povos indígenas de Rondônia”, de autoria de Samara Hespanhol Fraga, Matheus Henrique Barbosa de Lima, Thayna Albuquerque Silva, Lediane Fani Felzke e João Eujácio Teixeira Júnior.
A Coordenadora do Neabi/Ji-Paraná, Mônica Apolinário, considera fundamental a promoção de encontros para reflexão e formação dos estudantes, objetivando o conhecimento e a valorização da história e elementos culturais afro-brasileiros e indígenas e da diversidade na construção histórica, cultural e social do país. “O Enneabi possibilita o intercâmbio técnico-científico entre Institutos Federais e as Universidades Públicas para a defesa e promoção da igualdade racial, em nível nacional”, explica a docente.
De acordo com a estudante do Curso Técnico em Química, Kaemilli de Oliveira Fagundes, “participar do Neabi/Jipa está sendo uma das melhores experiências deste ano para mim, devido a oportunidade de conhecer e desmistificar o meu entendimento sobre a cultura afro-brasileira e indígena, trazendo a elucidação da importância do papel desempenhado destas culturas na sociedade, reverberando em mim em questões quanto a minha negritude e visão de mundo. Espero que para o Enneabi, a interação que resultará no compartilhamento de ideias, vivências e suas relativas cognições, venham agregar no meu desenvolvimento acadêmico como uma das(os) pesquisadoras(es) do Neabi e principalmente, em mim. Tenho certeza que vai ser uma experiência inesquecível e boa”.
Para o estudante Vinícius de Nano Holanda “atuar no Neabi/Jipa tem sido muito importante para mim, seja por ser uma excelente oportunidade de entrar na pesquisa científica brasileira que eu acredito ser a chave para um futuro melhor, como também oportunidade de compreender e defender a diversidade étnico-racial do Brasil, que produz diversas belezas no país por meio da cultura por exemplo, mas ainda enfrenta muito preconceito na sociedade atual”.
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