Instituto Federal de Rondônia

Estudantes indígenas do curso Técnico em Administração subsequente do Campus Ji-Paraná recebem orientações sobre  monitoria e bolsa de auxílio permanência

O Instituto Federal de Rondônia (IFRO) - Campus Ji-Paraná recebeu, na manhã de terça-feira, 28 de fevereiro, os alunos indígenas aprovados no processo seletivo para o Curso Técnico em Administração subsequente ao Ensino Médio, por meio da Coordenação do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas do IFRO Campus Ji-Paraná – NEABI/JIPA.

Na ocasião foi organizada uma roda de conversa com integrantes do NEABI/JIPA, a Professora Indígena Ângela Naki Wirin Arara, o Cacique Firmino Arara e os estudantes Marcelo Arara e Juliana Xyxy Arara para que fossem colocadas em pauta as demandas e necessidades dos estudantes para o ingresso nas atividades escolares do IFRO.

No diálogo foi apresentada aos alunos a possibilidade de apoio de monitoria e bolsa de auxílio permanência. A Monitoria Indígena é a ação sócio pedagógica atribuída a estudantes do Campus Ji-Paraná, que visa, por meio da intervenção de monitores, a fortalecer o desenvolvimento e a contribuir para a permanência e aproveitamento acadêmico de estudantes indígenas.

Já a bolsa de auxílio permanência tem como objetivo fornecer apoio financeiro aos estudantes indígenas da educação Básica do nível médio com a finalidade de minimizar as desigualdades sociais, étnico-raciais e contribuir para a permanência e o êxito.

O cacique Firmino Arara mencionou na conversa que há sete estudantes que concluíram o ensino fundamental na aldeia que não estarão em atividade escolar no ano letivo de 2023. São jovens que desejam estudar no ensino integrado do IFRO, mas que a distância impossibilita o acesso. O desabafo do líder indígena é um indicativo da necessidade de ampliar as políticas públicas de acesso aos indígenas aldeados ao ensino público de qualidade que o IFRO oferece.

A coordenadora do NEABI/JIPA, professora Mônica Apolinário, destacou a importância do acolhimento e do diálogo inicial estabelecido como mecanismo para construir, de modo conjunto, elementos para garantir direitos e acesso dos estudantes indígenas ao IFRO. Ela destacou que: “É importante que os novos alunos saibam, desde o primeiro contato, que existem políticas de assistência no IFRO para auxiliar e promover o êxito dos estudantes indígenas e que existem canais para discutir problemas e soluções".

Na acolhida os alunos visitaram vários locais no campus, como biblioteca, laboratórios, DAPE, CAED e refeitório. A coordenadora da Educação a Distância, profesorra Ilma Fausto, ofereceu orientações acerca do funcionamento do Ambiente Virtual de Aprendizagem – AVA, do SUAP, e também sobre a dinâmica das disciplinas e os acessos virtuais aos ambientes de aprendizagem. A professora Ilma pontuou que o IFRO desenvolve ações de formação em nível técnico e tecnológico para todos e, destacou ainda a importância dos cursos EaD do IFRO para a formação de profissionais indígenas. “Os cursos EaD oferecem conteúdos de qualidade, de forma acessível e democrática, facilitando o acesso das aldeias indígenas ao conhecimento técnico e científico”, disse.

 Segundo a Diretora-Geral do Campus, Letícia Pivetta, “Essa é uma das ações realizadas pelo IFRO para a inserção dos povos indígenas nos cursos, oferecendo programas de inclusão e ações de formação que visem a permanência e êxito dos alunos. As ações realizadas pelo NEABI e pela CAED são determinantes para que os indígenas não apenas adentrem à instituição de ensino, mas que possam qualificar-se e desenvolver-se durante sua permanência, alcançado o êxito ao final do curso”.