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Pesquisadores do Getea representam Campus Ji-Paraná em atividades científicas e em publicações de periódicos

Publicado: Quarta, 25 de Agosto de 2021, 18h20 | Última atualização em Quarta, 25 de Agosto de 2021, 18h25 | Acessos: 111949

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O Grupo de Estudos em Temáticas Étnicas da Amazônia (GETEA) do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), Campus Ji-Paraná, manteve seus membros em atividades durante o período de pandemia.  

No primeiro semestre de 2021, mesmo com as condições de distanciamento social, o trabalho desenvolvido dentro do projeto de ensino denominado “Representação Feminina na História da Região Central de Rondônia” foi apresentado pelas alunas egressas Emilia Zanol de Souza e Isabella Ferraz, sob orientação da Professora Lediane Fani Felzk, no Seminário Internacional Fazendo Gênero 12.

O Seminário reuniu pesquisadoras, estudantes, ativistas, artistas, professoras e interessadas nas questões que envolvem gênero, mulheres, feminismos e sexualidades, tendo como tema “Lugares de fala: direitos, diversidades, afetos”.

Emilia de Souza disse ser “grata por poder levar o trabalho que realizei em Rondônia, e a respeito daqui, para um lugar de alcance muito maior. Apresentar em um congresso internacional como o Fazendo Gênero significa uma grande oportunidade acadêmica, ainda mais para uma aluna como eu, recém-formada no ensino médio. Mas, além disso, estar nesse evento me abre novos horizontes de conhecimento, uma chance de descobrir por onde quero crescer na pesquisa”.

Na área da pesquisa científica, resultante dos editais 16/2018 e 14/2019 da Pró-Reitoria de Pesquisa, Inovação e Pós-Graduação (Propesp/IFRO), “A discriminação de gênero nos jogos eletrônicos: um estudo de caso no IFRO Campus Ji-Paraná” foi apresentado pelas alunas egressas Flávia Fendt e Maria Luiza Sudário, também sob orientação da Professora Lediane, no Seminário Internacional Fazendo Gênero 12.

“‘Eu não joguei no campeonato de League of Legends em 2018 porque tenho medo da reação dos meninos’ essa foi uma das muitas frases que eu ouvi quando questionei amigas que jogavam sobre participar dos campeonatos de jogos eletrônicos do IFRO. Diariamente, meninas e mulheres são assediadas nos jogos on-line pelo simples fato de serem mulheres, e eu sou uma dessas. Ter feito essa pesquisa, junto com a Flávia e a Professora Lediane, foi muito bom. Poder ajudar outras meninas e mulheres a jogarem e estarem em um espaço que é nosso, é encorajador. E o melhor de tudo é ver o resultado disso: em 2019 foi a primeira vez que tivemos meninas jogando no campeonato de LoL, e isso é incrível. Ter participado de eventos como o Fazendo Gênero foi importantíssimo para que mais pessoas olhem para essa problemática entendam sobre o que é ser uma mulher nos jogos on-line”, declarou Maria Luiza Sudário. 1 4

Conforme Flávia Fendt, “eu sempre joguei jogos off-line, pois evitava o ambiente on-line dos games para não me expor aos outros jogadores e suas ofensas e comentários. Quando entrei na pesquisa como voluntária em 2019 e como bolsista em 2020, eu entendi que isso não acontecia somente comigo, meninas e mulheres abandonam ou se escondem em plataformas de games, pois não aguentam o assédio e a misoginia. E participar em eventos como o ‘Conpex’ e ‘Fazendo Gênero’ com pôsteres ajudou a trazer a discussão à tona novamente. Então, participar desse projeto com a Professora Lediane e a Maria Luiza foi importante para eu reconhecer que essa situação era recorrente para centenas de jogadores dentro e fora do Brasil”.

Já a pesquisa “A construção da paisagem geográfica de Ji-Paraná: das influências regionais à arquitetura moderna”, coordenada pela Professora Jania Maria de Paula, deu origem à publicação “As Influências Migratórias sobre a configuração Arquitetônica de Ji-Paraná/RO na Amazônia Brasileira”, na Revista Científica Multidisciplinar Ciência Latina (México). A autoria do artigo é da Professora Jania com as alunas Laysa de Souza Maia e Micaela Carissimi Ferreira.

O estudo teve por objetivo compreender a constituição do espaço construído de Ji-Paraná, a partir das influências culturais trazidas pelos diferentes grupos regionais que migraram para o município.

Outra importante área de pesquisa do Getea é abordada pelo Professor Fabrício Gurkewicz Ferreira, em parceria com a Professora Lediane Fani Felzke, no artigo “As contribuições do estudo das corporalidades indígenas para estudantes de escolas não indígenas”, publicado na Revista Cocar da Universidade do Estado do Pará. A pesquisa analisou as contribuições que o estudo das corporalidades indígenas proporciona acerca do conhecimento do corpo e das relações sociais junto às escolas não indígenas.

Também são destaques do Getea em 2021 as publicações do Professor Augusto Rodrigues de Souza, o qual publicou, em parceria com a Professora Lediane Fani Felzk, o artigo “Aprendizagem baseada em projetos: uma contribuição interseccional e antirracista”, na Revista Em Favor de Igualdade Racial. Eles apresentam o processo de construção de seis projetos de ensino em perspectiva interseccional e antirracista, elaborados a partir das considerações propostas nas leis 10.639/2003 e 11.645/2008.

Além disso, foi publicado ainda em 2021, “Pluriverso: uma estratégia de ensino afrocentrada para a educação profissional e tecnológica”, na Revista Transmutare, em que se apresenta uma estratégia afrocentrada para o ensino de humanidades no contexto dos cursos técnicos integrados ao ensino médio como oportunidade de consideração de outras perspectivas epistemológicas, de base africana, afro-brasileira e indígena no cotidiano escolar.

O Professor Augusto Rodrigues de Souza já havia publicado em 2020, também em parceria com a Professora Lediane Fani Felzke, “Percepções dos alunos acerca da diversidade étnico-racial no currículo do ensino técnico integrado ao médio” na Revista Cadernos do Aplicação, no qual discute as percepções dos alunos acerca das temáticas referentes às relações étnico-raciais.

Por fim, a pesquisa “Análise da desigualdade social da juventude com microdados da PNAD-C utilizando a Linguagem R”, coordenada pelo Professor Miguel Brunet, foi publicada em capítulo de livro: “Desenvolvimento sustentável e a desigualdade social intergeracional: uma revisão bibliográfica”, de autoria dos Professores Miguel Brunet e Leonardo de Andrade com os alunos Rafael Evald Silva e José Vinícius dos Passos Zorzi, no qual discutem os principais fatores estruturais que incidem para a reprodução da desigualdade social entre as juventudes e como podemos atrelar estes fatores a uma concepção de desenvolvimento sustentável.

E foi apresentado o artigo “Análise da mobilidade social intergeracional segundo escolaridade e renda no Brasil (2012-2020)” no 20º Congresso da Sociedade Brasileira de Sociologia, dos mesmos autores. Abordou-se nessa atividade a mobilidade social intergeracional por meio da elevação do nível de escolaridade dos filhos em relação aos pais, fenômeno que vem ganhando relevância no Brasil devido à expansão dos ensinos médio e superior no país.

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