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Primeiro mestre formado pelo próprio IFRO é do Campus Ji-Paraná

Publicado: Sexta, 03 de Julho de 2020, 12h09 | Última atualização em Sexta, 03 de Julho de 2020, 12h09 | Acessos: 11001

Arquivo Campus Ji Paraná Sala de AulaO servidor Fabrício Gurkewicz Ferreira do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), Campus Ji-Paraná, é o primeiro mestre formado pela própria instituição. A primeira defesa do Programa de Pós-Graduação em Educação Profissional e Tecnológica (ProfEPT), ofertado no IFRO Campus Porto Velho Calama, ocorreu no último dia 26 de maio. Com a suspensão das atividades presenciais nas áreas de educação, a defesa foi realizada por webconferência, por meio da plataforma RNP (Rede Nacional de Ensino e Pesquisa).

Segundo a Professora Lediane Fani Felzke, que orientou Fabricio na pesquisa intitulada “Corporalidades indígenas e a sua inserção no ambiente escolar: possibilidades através de uma proposta integradora”, a defesa constituiu um marco histórico para o IFRO: “pois se trata do primeiro mestre formado pela instituição, bem como da primeira defesa do ProfEPT nesta instituição associada. A temática ‘corporalidades indígenas’ e o produto educacional - o blog ‘Corporalidades indígenas na EPT’ - foram bastante elogiados pela banca, sobretudo pelo seu impacto social ao propor a inserção desta temática na Educação Profissional Tecnológica e, desse modo, contribuir para diminuir o preconceito contra os povos indígenas. No dia seguinte à banca, a professora Beleni Grando (UFMT) estava compartilhando o blog em uma videoconferência da qual estava participando. Pessoalmente, fico muito satisfeita pelo meu orientando ter aceitado o desafio de pesquisar uma temática inédita para ele e o fez com muita dedicação e competência”.

Fabricio é professor de Educação Física no Campus Ji-Paraná. Ele conta que na defesa on-line entre os pontos positivos estava a possibilidade de que mais pessoas acompanhassem a defesa do que se fosse presencial. “Então em determinados momentos chegou a 45 pessoas na sala. E é legal porque os familiares e pessoas distantes participaram, e, se fosse aqui (presencial) e agora, eles não poderiam participar. Só que, por outro lado, tem a questão dos problemas técnicos”.

A Banca Examinadora foi composta pela orientadora Lediane Fani Felzke (IFRO), e pelos titulares Jania Maria de Paula (IFRO) e Beleni Saléte Grando (UFMT), tendo como suplentes Xênia Castro Barbosa (IFRO) e Arneide Bandeira Cemin (UNIR). Com o período da pandemia, outras defesas estão ocorrendo no formato on-line. “Acho que a maioria dos colegas vão defender assim, porque eles estão terminando um trabalho. Acho que só alguns que vão terminar mais para o final do ano e talvez tenham a possibilidade de ser presencial”, acrescenta o agora mestre.

Com relação ao resultado da pesquisa apresentada à banca, foi ressaltado o trabalho, o artigo final e o desenvolvimento do produto, que possibilitou a valorização de diferentes manifestações culturais nesta região do país. “Como o trabalho fala sobre as comunidades indígenas, uma temática específica sobre os conhecimentos indígenas, ele pode contribuir para que as pessoas e alunos tenham a sua formação ampliada, porque um dos principais postulados da EPT é a formação humana integral. E, para alcançar a formação humana integral, é necessário que contemple não só o trabalho e a ciência, mas também a cultura”, conta o servidor.

“Para alcançar a dimensão da cultura da formação integral, tem que abordar, valorizar e atuar no reconhecimento das diferentes manifestações culturais, ou seja, valorizar a diversidade cultural do nosso país. E o trabalho por procurar isto, procurar a valorização dos conhecimentos dos povos indígenas através de suas corporalidades, possibilita que o aluno tenha uma formação humana integral, e que não saia apenas com a formação técnico-científica”, conclui.

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