Instituto Federal de Rondônia

Alunos estrangeiros do Campus Calama conduzem a pira dos Jogos Internos que homenageiam os países latinos e caribenhos

A décima segunda edição dos jogos internos do Campus Calama (JICs), do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), vai homenagear neste ano os países latino-americanos e caribenhos. Os alunos estrangeiros, filhos ou parentes nascidos fora do Brasil irão conduzir a pira olímpica que será acesa na abertura dos jogos, no dia 13 de abril, a partir das 19 horas, na sede do Campus Calama. O JICs acontece no período de 13 a 19 de abril e as equipes masculinas e femininas disputarão dez modalidades esportivas: Atletismo, Badminton, Basquetebol, Futebol, Futsal, Handebol, Tênis de Mesa, Vôlei de Areia, Voleibol e Xadrez.

Entre os objetivos dos jogos,  destacam-se a integração entre os alunos, o exercício da cidadania e a descoberta de novos talentos. Entre os participantes que conduzirão a pira estarão os alunos Herwing Joesmith Prezume, que nasceu na cidade de Gonaïves, no Haiti. Ele veio com a família para o Brasil aos oito anos e agora, com dezesseis, é aluno do 2º ano do Técnico em Informática Integrado ao Ensino Médio do Campus Calama. Além de Informática, Herwing tem interesse pelas áreas de Geografia, História, Educação Física e Filosofia. Joga Futsal e Voleibol, Basquete e Handebol. Disse que quando veio a primeira vez ao IFRO teve um choque de realidade devido à escola ser tão grande e proporcionar um ensino de qualidade. Agora está treinando Futsal e já sabe jogar Vôlei. Após concluir o ensino médio, quer ingressar no Exército para fazer carreira militar.

Ana Lucila Matos Carrasco Flores nasceu em Marabá, no Pará. Está hoje com 17 anos e foi morar no Peru com a família quando tinha dez anos. Morou na cidade de Lambayeque, que fica a cerca de 20 horas da Capital, Lima, durante dois anos e meio. Ana Lucila é a caçula de mais três irmãos. Estuda o 2º ano do Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio. Seu pai é peruano e sua mãe é brasileira. Seus pais são autônomos e sua mãe leciona Espanhol. Após concluir o ensino médio, pretende estudar Contabilidade e Engenharia Química. Contabilidade porque diz que ama estudar Matemática, matéria que seu pai lhe ensinou a gostar devido à não ter conseguido estudar porque precisava trabalhar e ajudar a família.

Seu pai dizia que a matemática é uma disciplina universal e ele sonha vê-la contadora, advogada ou administradora. Acha muito interessante os jogos homenagearem os países latino-americanos e caribenhos, pois “podemos aprender muito como eles se desenvolvem” e também diz que os latinos elogiam muito o Brasil, a exemplo dos peruanos. Ela morou no Peru, onde reside a família de seus pais, tios, primos e a avó. Ana Lucila espera ser bem-sucedida nos jogos e vai jogar Vôlei, Futsal, Vôlei de areia e Basquete.

O IFRO para ela “é um sonho que vai prepará-la para o futuro e uma vida acadêmica muito melhor”. Ela também falou com entusiasmo sobre o projeto de iniciação científica, que vem sendo realizado desde o pós-pandemia de coronavírus, que leva o nome de “Uso da tecnologia para prevenção de infecções virais em sala de aula”, no qual ela participa como bolsista da Professora Gisele Cavalcanti. Segundo ela, estão criando um protótipo à base de luz UV visível para dedetização em sala de aula, para aplacar possíveis doenças e contaminações por vírus e bactérias.

Christian Eduardo Castillo Linarez tem 16 anos e nasceu na Venezuela, na Capital, Caracas. É estudante do 1º ano do Técnico em Informática Integrado ao Ensino Médio e veio com a família para Porto Velho no ano de 2018. Tem um irmão de seis anos que é rondoniense. Sua mãe é formada em Pedagogia e seu pai é Mestre em Taekwondo, arte que ensinava em seu país de origem. Entretanto, para a sobrevivência no Brasil e devido à burocracia para se transferir os documentos, sua mãe está trabalhando em serviços de limpeza e seu pai faz serviços como Motoboy. Christian conta que sua adaptação à escola foi difícil no começo, pois gastava muito tempo no transporte. Agora, desloca-se de bicicleta e está treinando para jogar Vôlei e vai participar também do Atletismo, do Handebol, do Futsal e do Futebol no campo. Gosta da escola e disse que foi fácil fazer amizades e que mantém uma boa relação com os professores e com os colegas.

Estudante do 1º ano do Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio, Geovana Oliveira Nascimento Moura também vai participar da solenidade de abertura dos jogos na condução da pira olímpica. Ela tem 15 anos e nasceu na cidade de Austin, no Estado do Texas, Estados Unidos, mas veio para o Brasil com somente três meses de idade. Sua mãe é Dentista e seu pai é Autônomo. Estudou o ensino fundamental na Escola Classe A, mas diz que se adaptou bem no IFRO. Mora no Bairro Olaria e está treinando para jogar Vôlei no JICs. Gosta de Matemática e de Química. Pretende seguir carreira como Dentista ou Perita Criminal, e gosta de ver filmes sobre os temas. Afirmou que teve boa adaptação com os novos colegas e acha que o IFRO é diferente das demais escolas públicas.

Eduarda Lima Costa tem 16 anos e cursa o 2º ano B, também do Técnico em Química. Nasceu em Porto Velho, mas sua mãe é boliviana, e veio para Porto Velho aos 15 anos. Seu pai também é porto-velhense e ela tem um irmão mais novo. Faz Atletismo e vai disputar essa modalidade no JICs, com Salto em Altura. No ano passado, saltou na altura de um metro. Também vai participar do Vôlei. Acha o IFRO muito bom, apesar de achar difícil acompanhar as aulas devido à quantidade de disciplinas. Estudava na Escola Eduardo Lima e Silva. Gosta do campo de investigação desde pequena e após concluir o ensino médio quer ser Perita Criminal, mas vai fazer faculdade de Biomedicina. Uma das áreas que gosta muito de trabalhar é com manipulação de produtos no laboratório de Química.