Instituto Federal de Rondônia

Grêmio Estudantil do Campus Calama faz programação na semana das mulheres com Roda de Conversas

O Grêmio Estudantil do Campus Porto Velho Calama (Grifro Lutz), do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), realizou programação alusiva às mulheres durante toda a semana. Ester Nunes, atual presidente do Grifro Lutz, disse que durante toda a semana foram feitas postagens no Instagram lembrando histórias de mulheres que são símbolos de luta da inclusão feminina no campo da ciência e tecnologia e que foram pioneiras em muitas áreas.

Foram lembradas mulheres importantes como Maria da Penha, que deu nome à lei brasileira que protege as mulheres contra a violência, e Marie Curie, física e química polonesa que descobriu o rádio e o polônio, elementos que lhe renderam o prêmio Nobel de Química em 1911.

Ester também explicou que a atual denominação do Grifro é uma homenagem à ativista Bertha Maria Júlia Lutz, conhecida como a maior líder na luta pelos direitos políticos das mulheres brasileiras, que trabalhou pela aprovação da legislação que conferiu o direito às mulheres de votar e serem votadas. No dia 8 de março, as colaboradoras do Grifro distribuíram em todas as salas do campus um cartão de correio elegante com um bombom, lembrando a força, a convicção e a valorização das mulheres. Foram distribuídos aos alunos dos cursos técnicos, graduação, servidores e docentes.

Ainda na tarde da quinta-feira, 9, as alunas promoveram uma Roda de Conversa com o tema “A Luta das Mulheres na Ciência”, na sala de convivência do campus, com a finalidade de conscientizar os alunos sobre a importância da luta das mulheres, que contou com a participação de estudantes e das professoras Daniela Toda e Xênia Castro Barbosa, que compartilharam suas experiências no mercado de trabalho e na educação sendo mulheres no ramo da ciência e educação. Ainda na roda foram tratados assuntos como a mulher na educação, experiências próprias tanto das convidadas quanto da plateia.

E o debate sobre como a sociedade pode agir para trazer mais equidade aos espaços da educação e da ciência contou com a participação da Pró-Reitora de Pesquisa, Inovação e Pós-Graduação do IFRO, Dany Roberta Marques Caldeira. Na ocasião foi promovido ainda um coffee break.

Segundo Xênia Barbosa “a equidade de gênero na ciência é um desafio urgente e, sem dúvidas, a resolução desse problema perpassa a questão das políticas públicas específicas, assim como, por um amplo debate público sobre as relações de gênero estabelecidas em nossa sociedade. Nesse sentido, iniciativas como essa Roda de Conversa organizada pelo Grêmio Estudantil do IFRO são muito necessárias. O grêmio está de parabéns por trazer para o debate esse tema tão relevante", destacou a docente.

Para Daniela Toda, a realização da roda de conversas foi muito importante. “Sabemos que há muitas conquistas feitas ao longo dos séculos no intuito de validar e aumentar a participação da mulher na ciência, mas também há muitas outras a serem feitas. Então, conversar e discutir o tema com a nova geração nos traz esperanças de um futuro melhor para cientistas mulheres. Além disso, a elaboração e organização do evento foram feitas pelo grêmio, hoje liderado por jovens meninas. Fiquei impressionada com tudo o que elas fizeram para proporcionar aos estudantes este momento tão precioso", concluiu a professora.

A proposta do Grifro é continuar com campanhas durante todo o ano. Conforme Ester Nunes, integram a proposta “Dando Voz às Lutas” lembrar o dia das mulheres; o dia do orgulho indígena; orgulho lgbtqia+; dia da consciência negra; e lutas pela inclusão das pessoas com deficiência. Ela destacou que essas ações serão organizadas pela coordenação de lutas de minorias do Grifro, representada pelas alunas Maria Vitória Teixeira e Letícia Vitória Lima.