Ir direto para menu de acessibilidade.
Início do conteúdo da página

Pesquisa mostra necessidade de políticas públicas de inclusão de pessoas com Transtorno do Espectro Autista no ensino regular

Publicado: Quarta, 07 de Julho de 2021, 16h54 | Última atualização em Quarta, 07 de Julho de 2021, 16h54 | Acessos: 72934

IFRO Defesa de dissertação ProfEPT

A dissertação de Mestrado da Professora Roselaine Kokkonen, pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Educação Profissional e Tecnológica (ProfEPT), que será apresentada nesta quinta-feira (8), a partir das 14h30, vai mostrar a necessidade de políticas públicas e investimento financeiro, além da mudança de paradigmas por parte de toda a sociedade para a inclusão das pessoas portadoras do Transtorno do Espectro Autista (TEA) no ensino regular. O ProfEPT é um programa nacional e que entre suas sedes está o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), Campus Porto Velho Calama.

Segundo a pesquisadora, o estudo é resultado do projeto “A Prática Pedagógica Inclusiva no Processo de Ensino-aprendizagem de Alunos com Transtorno do Espectro Autista - TEA”, que pesquisou as estratégias de inclusão de alunos com TEA no IFRO Campus Calama, Secretaria de Estado da Educação (Seduc) e Associação de Pais e Amigos do Autista de Rondônia (AMA).

A pesquisa também formatou e desenvolveu o “Curso de Formação Inicial de Agente de Inclusão Educacional de Estudantes com Transtorno do Espectro Autista”, que teve carga horária de 160 horas e contou com o apoio da equipe pedagógica da AMA e de professores do Núcleo de Estudos Históricos e Literários (NEHLI/IFRO). O curso, que disponibilizou 40 vagas, teve início após a publicação da portaria de aprovação do projeto pedagógico pela Direção-Geral do Campus Porto Velho Calama (Portaria n. 10/PVCAL – CGAB/IFRO, de 18 de janeiro de 2021), e buscou contribuir com a formação de profissionais da educação, estudantes de pedagogia, cuidadores, terapeutas e familiares de pessoas com TEA para a inclusão de estudantes com TEA na escola regular.

“A partir das avaliações dos cursistas, nos aportes bibliográfico-documentais coletados e analisados e, sobretudo, na experiência da pesquisa, a inclusão desses alunos está além da boa vontade do educador, embora esta seja condição inicial para o processo. Incluir é algo maior que requer políticas públicas, investimento financeiro e mudanças de paradigmas por parte de todos nós, integrantes da sociedade em que esta pessoa é parte”, diz a pesquisadora.

Roselaine também observa “que a inclusão de estudantes com TEA é tema recente no cenário educacional brasileiro e que a inclusão desses alunos tem se construído ao mesmo passo em que eles adentram as escolas regulares, sem que o sistema educativo se estruture previamente para recebê-los, dadas as pressões legais e da própria demanda. Com planejamento e estruturação prévios, acredita-se que a inclusão escolar seria mais eficiente, os professores atuariam com maior segurança e os demais servidores também saberiam, com clareza, os procedimentos a serem adotados”, explica.

A orientadora da pesquisa, Professora Xênia de Castro Barbosa, observa que “é um estudo de notável relevância social e científica, na medida em que traz à luz um tema até então pouco conhecido pela sociedade em geral, cercado de tabus e de equívocos, e que está na ordem do dia, pois com as mudanças na legislação, é crescente a demanda por inclusão escolar de pessoas com TEA”.

Xênia destaca ainda que “do ponto de vista científico, o esforço da pesquisadora em realizar um estudo comparativo de três instituições, valorizar as boas práticas por elas desenvolvidas, elucidar seus desafios e apontar caminhos para o aperfeiçoamento das políticas públicas específicas de educação inclusiva. Como orientadora, sinto-me muito feliz por ter tido a oportunidade de acompanhar o desenvolvimento desta pesquisa e ter aprendido tanto com a experiência da Professora Roselaine".

Fim do conteúdo da página