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ProfEPT/IFRO apresenta produtos educacionais e práticas educativas na semana pedagógica 2021.1 dos campi Guajará-Mirim e Cacoal

Publicado: Sexta, 12 de Fevereiro de 2021, 13h24 | Última atualização em Quarta, 24 de Fevereiro de 2021, 08h41 | Acessos: 42734

Imagens atividades ProfEPT e Semanas Pedagógicas2O Programa de Pós-Graduação em Educação Profissional e Tecnológica (ProfEPT), sediado no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), Campus Porto Velho Calama, teve representantes nas semanas pedagógicas dos campi do IFRO em Guajará-Mirim e em Cacoal. Esta é uma ação que vem sendo fomentada, demonstrando o impacto do programa na comunidade interna da instituição.

O ProfEPT é um programa de mestrado profissional em Educação Profissional e Tecnológica, em rede nacional, da área de Ensino. O curso de 24 meses tem como objetivo proporcionar formação em educação profissional e tecnológica, por meio da realização de pesquisas que integrem os saberes inerentes ao mundo do trabalho e ao conhecimento sistematizado pertinentes à educação profissional de nível médio.

As vagas oferecidas nacionalmente são destinadas aos servidores da Rede IF e também à comunidade externa. Uma vez selecionado pelo Exame Nacional de Acesso (ENA), o candidato deverá seguir uma trajetória formativa durante a qual ele desenvolverá uma investigação que termine com a dissertação e um produto educacional. Essa trajetória deverá acontecer dentro de uma de duas linhas de pesquisa: Práticas Educativas em EPT ou Organização e Memória de Espaços Pedagógicos em EPT.

As pesquisas e práticas desenvolvidas buscam resolver problemas da Educação Profissional e Tecnológica, especialmente do próprio IFRO, gerando produtos e processos que induzam o aprimoramento do processo educativo e do atendimento aos estudantes. “Porém, mais importante de tudo, isso só faz sentido se a transferência de conhecimento e tecnologia para a comunidade for efetivada”, ressalta o Coordenador do ProfEPT/IFRO, Antônio dos Santos Júnior.

 

Presença nas capacitações

Neste início de ano, professores permanentes e mestres egressos da primeira turma do ProfEPT participaram de semanas pedagógicas do IFRO Guajará-Mirim e IFRO Cacoal.

Conforme relato da Professora Permanente do ProfEPT/IFRO, Lediane Fani Felzke, “No dia 09 de fevereiro, participamos de uma conversa com os docentes e técnicos do Campus Guajará-Mirim sobre permanência e êxito de estudantes indígenas no âmbito do IFRO. O convite foi motivado pelo produto educacional elaborado por Maria Aparecida Xavier Silva, egressa do ProfEPT, e orientado por mim. Tal produto versa sobre os estudantes indígenas no Campus Amajari do IFRR. Na oportunidade, o egresso Fabrício Gurkewicz apresentou sua pesquisa sobre corporalidades indígenas realizada no Campus Ji-Paraná. A ideia da conversa foi refletir sobre as dificuldades que o IFRO apresenta para garantir a permanência dos estudantes indígenas”.

“Discussões como esta são cruciais na medida em que, enquanto instituição pautada nas bases conceituais da Educação Profissional e Tecnológica, temos a obrigação de proporcionar aos estudantes indígenas uma educação fundamentada nos princípios de alteridade, interculturalidade e que respeite os saberes dos povos ameríndios. Neste sentido, o IFRO tem um longo caminho a seguir, mas entendo que o primeiro passo é a disposição e a abertura para dialogar sobre esta temática”, completou a docente.

Para a Pedagoga Luciana Ribeiro Tiburtino Aguiar, do Departamento de Apoio ao Ensino (Dape/Campus Guajará-Mirim), foi muito importante para os professores a roda de conversa que abordou a forma de lecionar para os alunos indígenas. Segundo ela, “com a conversa que tivemos, creio que o Campus Guajará-Mirim vai trilhar um caminho para receber, orientar e buscar o êxito dos estudantes indígenas”.

Antonio dos Santos Júnior, que também é Professor Permanente do ProfEPT/IFRO, explica que “no dia 10 de fevereiro de 2021, algumas ferramentas que tenho utilizado com os estudantes de ensino médio técnico e do ProfEPT para a mediação remota síncrona da aprendizagem foram apresentadas aos professores e TAEs do IFRO Cacoal. Iniciei nossa conversa relembrando Paulo Freire e sua citação de que ‘é preciso que sua prática seja o melhor discurso’. Assim, convidei estudantes que atendem a disciplina de Biologia para que eles explicassem como tem acontecido a aula e a avaliação da aprendizagem sob minha responsabilidade”.

“Os participantes tiveram a oportunidade de escutar e interagir com os estudantes e saber como os públicos do curso técnico integrado ao médio percebem o uso dessas ferramentas digitais para a mediação remota e síncrona da aprendizagem, inclusive os desafios e dificuldades relacionados à aprendizagem com mediação remota”, relata o docente. A apresentação ainda abordou ferramentas como o Canva, Padlet, Google Meets, Blogger, entre outras. “Além disso, refletimos sobre as causas da permanência e êxito de alguns estudantes e o que tem levado ao insucesso acadêmico de outros e até a evasão escolar”, acrescentou Antonio.

Conforme os estudantes do segundo ano do Curso Técnico em Informática Integrado ao Ensino Médio do IFRO Porto Velho Calama, a experiência em participar de um evento de formação pedagógica para servidores do IFRO foi positiva. Marina Reginato afirmou que “me senti especial e privilegiada ao ser convidada pelo Professor Antônio para falar em sua palestra, no meio de tantas pessoas. A experiência foi maravilhosa e me senti confiante ao falar as verdades do que acho sobre as avaliações e métodos do professor. Além de que eventos como esse aproximam os alunos dos professores. Nos sentimos mais seguros quando precisamos pedir ajuda ou falar publicamente. Ter esse apoio, proximidade e segurança é essencial para uma formação de caráter íntegro”.

Já Anna Clara Lima Mesquita avalia que “foi uma experiência única poder participar da palestra junto com os professores. Gostei de contar a minha experiência com as aulas de biologia em tempos de pandemia e me senti superacolhida pelos professores. É gratificante saber que ainda tem professores que em tempos de aula em EaD se importam em compartilhar meios que ajudam os alunos a entender melhor tal matéria”.

E para o Estudante Lukas Rocha Rodrigues: “Confesso que fiquei surpreso quando eu recebi o convite para participar da palestra do professor. Foi uma experiência que será guardada com muito carinho. Percebi o quanto são importantes palestras que visem falar sobre a tecnologia e a aprendizagem e como as ferramentas digitais podem ser aliadas para a educação. Durante minha participação na palestra falei sobre o Padlet e como essa ferramenta foi importante para tirar dúvidas minhas e das minhas colegas durante as aulas de Biologia”.

Segundo Leandro Júnior Pereira, do Dape/Campus Cacoal, “as falas contribuíram muito com a formação e capacitação dos servidores do campus. Que possamos realizar outros encontros para ampliar nossa aprendizagem e troca de experiências. E, ainda, agradecemos aos discentes que também participaram”.

 

Produtos educacionais

O ProfEPT/IFRO já graduou 16 mestres, até o momento, e muitos dos produtos educacionais desenvolvidos são diretamente aplicáveis ou replicáveis à EPT (Educação Profissional e Tecnológica) do Instituto Federal de Rondônia. Os materiais podem ser consultados no site do IFRO. Para o ano de 2021, a comissão acadêmica local do ProfEPT/IFRO planeja uma mostra itinerante de produtos pelos campi do IFRO para discutir aplicação dos produtos educacionais e possíveis aprimoramentos do processo educativo dos cursos técnicos integrados ao ensino médio.

A Pedagoga/Supervisão do Campus Cacoal, Andréia Paro do Nascimento, mostra que, neste ano em que se continua sob uma pandemia, o Encontro Pedagógico 2021/1 do IFRO Cacoal teve como temática “Juntos somos rede”. Desta maneira, a representação do ProfEPT foi chamada “para desenvolver a temática sobre o uso das ferramentas digitais no processo de ensino aprendizagem, tendo em vista que em nossas práticas de atividades remotas devido à covid-19, demanda ainda mais dessas ferramentas”, disse a servidora.

“Assim, o professor [Antonio] trouxe a abordagem ‘Ferramentas digitais para a mediação da aprendizagem’, em uma perspectiva humana, teórica e prática, fundamentado em alguns teóricos o qual destacou: ‘Os saberes necessários à prática educativa de Paulo Freire’. Para o desenvolvimento de sua apresentação foi realizado um diagnóstico prático usando o recurso digital Padlet, o qual foi enviado aos docentes com o objetivo de saber o nível de conhecimentos dos recursos tecnológicos na mediação da aprendizagem”, expõe Andréia Nascimento. A avaliação dela é de “que essa interação foi fundamental para a dinamicidade dessa formação, pois muitos docentes não tinham o conhecimento desse recurso”.

“A participação do palestrante foi fundamental na formação dos docentes do Campus Cacoal, pelas suas práticas exitosas e, principalmente, pela sua motivação de acreditar que é possível realizar a mediação da aprendizagem com uso das ferramentas digitais em uma perspectiva que os alunos ainda podem ser os sujeitos de sua aprendizagem e não objetos dela. Trouxe-nos também a importância do ato educativo por um olhar humano enquanto profissionais da educação”, concluiu a Pedagoga.

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