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Estudantes do Técnico em Eletromecânica constroem dessecadores de plantas

Publicado: Quinta, 15 de Mai de 2025, 10h53 | Última atualização em Quinta, 15 de Mai de 2025, 10h53 | Acessos: 11065

Vilhena Eletromecânica 7Estudantes do 3º ano do Curso Técnico em Eletromecânica Integrado ao Ensino Médio do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), Campus Vilhena, estão aplicando conhecimentos técnicos de forma prática e criativa na disciplina de Projetos Integradores. Sob a coordenação do Professor Carlos Pereira Soares, as turmas assumiram o desafio de projetar e construir um dessecador de plantas, que será utilizado no projeto de extensão Reuso com Arte, coordenado pela Professora Jaqueline Ferrete.

A proposta surgiu de uma demanda real e se transformou em uma oportunidade concreta de aprendizagem. Jaqueline foi convidada a dialogar com a turma, explicando a necessidade do equipamento e esclarecendo dúvidas diretamente com os estudantes. A partir daí, a atividade foi conduzida com total liberdade para que os alunos propusessem soluções técnicas, sem uma revisão teórica prévia.

O objetivo era avaliar o quanto de conhecimento acumulado os alunos já seriam capazes de aplicar de forma autônoma. Durante o processo, os estudantes elaboraram rascunhos com desenhos esquemáticos, lista de materiais e cronogramas. Esses documentos foram corrigidos e aprimorados com a orientação do professor, resultando em relatórios mais consistentes que serviram de base para o início da construção dos protótipos.

Na prática, os alunos estão tendo a oportunidade de aplicar conhecimentos de eletricidade, eletrônica, termodinâmica e técnicas manuais da mecânica, como corte, furação e soldagem. Também foram incentivados a utilizar materiais recicláveis sempre que possível.

Segundo o Professor Carlos, uma das surpresas positivas foi a variedade de ideias para fontes de calor. Ao mesmo tempo, a atividade representou uma oportunidade valiosa para que os alunos identificassem dificuldades teóricas e complementassem conceitos fundamentais da elétrica. Aspectos como a diferença entre tensões e a montagem de circuitos puderam ser revisitados e compreendidos com mais clareza a partir da aplicação prática no projeto. O cumprimento de prazos e a organização do trabalho em equipe também foram aspectos importantes do processo formativo.

Com um cronograma de cinco semanas, os estudantes foram incentivados a planejar suas atividades e a lidar com responsabilidades típicas do ambiente profissional. Segundo o docente, essa vivência contribui para o amadurecimento dos alunos, ao aproximá-los de dinâmicas reais de trabalho, nas quais o comprometimento com prazos é fundamental. Além disso, o processo permite que compreendam, de forma prática, que o não cumprimento de etapas dentro do prazo pode gerar impactos no resultado final — um aprendizado importante para a sua futura atuação profissional.

Para a estudante Marina Gabriely Bazzanela Ferreira, a proposta de atender a uma demanda real representou um desafio inédito para a turma. No início, ela conta que houve certa dificuldade, já que seria a primeira vez que os alunos teriam que propor uma solução técnica para um cliente real. No entanto, ao longo das semanas, a equipe se organizou e começou a avançar no desenvolvimento do projeto. Ela relata que, apesar das dificuldades no começo, especialmente com a parte elétrica, o apoio de servidores do IFRO foi essencial para o avanço do grupo.

Para mim, a parte mais importante se encontra no fato de eu ter conseguido realizar esse projeto, é gratificante ter algo proposto a mim e eu conseguir realizá-lo. Isso fez eu me sentir mais confiante na escolha do curso e perceber que, de fato, aprendemos muito melhor na prática”, destacou Marina. Seu grupo utilizou materiais como madeira, barras de ferro, grades de geladeira, lâmpadas halógenas e fios, buscando uma solução coerente com o que já haviam aprendido em sala de aula.

A avaliação é que a experiência trouxe ganhos importantes para a formação profissional e cidadã dos alunos, permitindo identificar tanto os pontos fortes quanto as lacunas no aprendizado. “E esse é apenas o começo. A disciplina de Projetos Integradores ainda terá outros desafios ao longo do ano, com possibilidades de integração com diferentes áreas e participação na Semana de Ciência e Tecnologia do campus”, finalizou Carlos Soares.

 

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