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“Fridinhas” do Campus Ji-Paraná trabalha protagonismo feminino no ambiente escolar

Publicado: Terça, 17 de Setembro de 2024, 15h55 | Última atualização em Terça, 17 de Setembro de 2024, 15h55 | Acessos: 149

Jipa Fridinhas A importância do protagonismo feminino no mundo escolar foi trabalhada dentro do “Fridinhas: Coletivo de Meninas Estudantes”, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), Campus Ji-Paraná. O grupo foi formado por alunas dos cursos técnicos integrados ao ensino médio, sob a Coordenação da Professora Jânia Maria de Paula, e participação das alunas Anna Clara Andrade e Giovana Rodrigues Simione (Técnico em Informática) e Ana Clara Ribeiro (Técnico em Florestas). O Fridinhas concluiu suas atividades, e agora estão sendo apresentados os resultados do projeto com as diversas atividades que desenvolveram.  

 Ao longo do tempo de execução do projeto, o Coletivo se empenhou em promover um espaço de acolhimento e de reflexão para os problemas femininos, organizando e desenvolvendo atividades sobre sexualidade na adolescência, gravidez na adolescência, relacionamentos abusivos, a presença feminina nas carreiras relacionadas à Informática, à Química e às áreas florestais, dentre outras. As metodologias de trabalho do grupo eram rodas de conversas, sempre regadas a um tereré bem gelado ou palestras, tendo como público alvo as alunas e alunos do campus.

Para a Professora Jânia Maria, “o lançamento de edital, por parte do IFRO, para apoio de projetos que evidenciassem o protagonismo juvenil foi uma ação de fortalecimento à permanência e êxito da clientela dos campi. No caso específico do Coletivo Fridinhas, acredito ter sido fundamental para as alunas envolvidas no grupo, seja como coordenadoras ou participantes tomarem consciência de sua posição feminina na sociedade, de desenvolverem o sentimento de sororidade e, mais que isso, o sentimento de ‘comadres’ que nos ensina a importância de uma cuidar das dores da outra. Outro ponto muito positivo foi o desenvolvimento do espírito de liderança das coordenadoras do grupo. Então, para mim, como orientadora foi uma experiência muito gratificante”.

 A experiência do coletivo estabeleceu um espaço de construção de consciência da presença feminina na sociedade. Evidenciou a importância de a escola criar mecanismos que desenvolvam as mais diversas formas de protagonismo juvenil, como maneira de combater a desigualdade dentro da instituição e empoderar os seus estudantes para serem agentes de mudança na sociedade.

Como desdobramentos das ações desenvolvidas, o Coletivo teve sua experiência aprovada para participação no V Congresso de Educação Inclusiva (CINTEDI), no período de 12 a 15 de junho de 2024, em Campina Grande (PE); no 4º Fórum Internacional da Amazônia/Rondônia, realizado entre 07 e 09 de agosto de 2024, em Ji-Paraná (RO) e selecionado para representar o IFRO na mesa Painel Meninas na Ciência, evento que compôs as atividades do XIV Congresso Norte-Nordeste de Pesquisa e Inovação (Connepi), realizado de 27 a 29 de agosto de 2024, na cidade de Belém (PA).

Conforme as integrantes, o projeto encerrou suas atividades, mas impactou de forma significativa na vida das mulheres que o coordenaram. Ana Clara Ribeiro afirmou que sempre teve um carinho muito grande pelo Fridinhas, pois “é uma resposta educacional para um problema crônico e violento em nossa sociedade: o machismo. Foi uma honra ter sido coordenadora desse projeto, academicamente tive a oportunidade de escrever resumos e recentemente apresentar os impactos do coletivo em nosso campus em um dos painéis do XIV Connepi. Ainda hoje, gosto de pensar que existe uma ‘Ana’ de antes e depois do Fridinhas”.

Para Anna Clara “participar do Fridinhas e ajudar na coordenação, com toda certeza foi uma das melhores experiências que já tive em minha vida. Posso afirmar a todos que não sou mais a mesma Anna de quando entrei para o Fridinhas, sei que agora sou uma ‘nova’ mulher com muito mais conhecimento sobre o mundo feminino e sobre as nossas batalhas diárias. Sou eternamente grata por poder aprender e ajudar a levar o conhecimento para outras mulheres, abri portas que jamais pensei e sei que como mulher ainda tenho muitas batalhas para lutar contra esse mundo machista, mas sei que não estou sozinha nessa!”.

A Coordenadora Giovana Rodrigues declarou que “fazer parte do Fridinhas foi importante para moldar a minha personalidade. Ao longo desse percurso, eu cresci imensamente, tanto academicamente quanto pessoalmente. Agora me sinto uma mulher mais consciente e fortalecida. Aprendi sobre as lutas que nós, mulheres, enfrentamos diariamente e como o conhecimento e a união são ferramentas poderosas para enfrentar o machismo. Sou profundamente grata por ter tido a oportunidade de compartilhar e adquirir saberes, abrir portas que nunca imaginei e perceber que, apesar dos desafios, não estou sozinha nessa caminhada”.

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