Instituto Federal de Rondônia

Projetos integradores adotados pelo Curso de ADS tornam aprendizagem mais próxima do real

Acadêmicos do Curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas (ADS) do IFRO (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia), Campus Porto Velho Calama, participaram de projetos integradores no semestre de 2018.2. Voltados às turmas do segundo e do quarto período, o objetivo foi o de utilizar um método de ensino diferenciado para que o aprendizado do aluno não seja fragmentado e distante da realidade do mercado de trabalho.

Segundo a Coordenação do Curso de ADS do Campus Porto Velho Calama, os estudantes do segundo período foram divididos em grupos para desenvolver um trabalho que integrou as disciplinas de Programação Orientada a Objetos, Análise Orientada a Objetos e Algoritmos Avançados. Nesse trabalho foi necessário que cada grupo elaborasse um projeto e um produto envolvendo o conhecimento das três disciplinas. Ao final do semestre os alunos entregaram e apresentaram os trabalhos para os professores envolvidos, Kaio Alexandre da Silva, Daniela Toda e Ewerton Andrade.

O resultado foi o desenvolvimento de um jogo de quiz, um hub de jogos de cassino, um sistema de agendamento de laboratórios de informática e um sistema para gerenciamento de saltos de paraquedas e voos particulares.

Já para a turma do quarto período de ADS foram integradas as disciplinas de Gerenciamento de Projetos de Sistemas, Governança de TI e Tópicos Especiais em Tecnologia II, com a temática relativa à Fábrica de Software. A integração das disciplinas contou também com a participação do Grupo Rovema, parceiro do IFRO, que atuou como “cliente real” apresentando problemas e demandando soluções para os alunos.

O resultado foi o desenvolvimento de três sistemas web de gerenciamento de: bovinos, pH da água de tanques de piscicultura e de banco de talentos. No final do semestre os estudantes fizeram duas apresentações, uma para os representantes da Rovema, Gilly Lopes e Creuza Batista, e outra apresentação para professores do campus, Fernando Dall’Igna (área de informática) e Alecsandra Souza (chefe do Departamento de Pesquisa e Pós-Graduação). Em ambas as apresentações estavam presentes os professores das disciplinas envolvidas, Ewerton Andrade e Daniela Toda.

Para os docentes, o resultado dos trabalhos além de integrar os conhecimentos e aproximar o aluno da realidade do mercado de trabalho, foi surpreendente. “Os alunos do segundo período, que ainda estão na fase inicial do curso, desenvolveram produtos bem interessantes, como os jogos pertinentes para a realidade deles e a nossa, como foram os casos dos sistemas de agendamento de laboratórios de informática do próprio campus e o de gerenciamento para a empresa de saltos de paraquedas na qual um dos alunos trabalha”, disse o Professor Ewerton Andrade.

A estratégia de ensino diferenciada também é ressaltada pela Professora Daniela Toda. “Os alunos conseguiram desenvolver outras competências além daquelas trabalhadas nas disciplinas. Os resultados foram ótimos”, comentou. Para a acadêmica Nara Carolina Galvão, do 4º período, “o projeto integrador veio agregar conhecimentos e valores para a nossa vida acadêmica, nos permitindo ter uma experiência fora da sala de aula, visto que era um produto real, para um cliente real e não apenas suposições e possibilitando essa ‘tal experiência real’ do mercado de trabalho que tanto o acadêmico tem receio e que com este projeto pode ter uma breve lição das páginas futuras da vida de um profissional de ADS”.

Cursando o segundo período, Matheus Dias Vieira diz ser favorável a um novo projeto integrador. Entre os pontos que cita para essa defesa, Matheus inclui a “unificação dos dispositivos avaliativos diminui a carga de atividades sobre o aluno; fica muito mais fácil entender o funcionamento das tecnologias/conceitos quando são aplicados juntos; o projeto integrador favorece a independência do aluno e instiga a pesquisa, visto que em várias situações faz-se necessário a busca por novos conhecimentos em fontes diversas; por favorecer a busca, o aluno acaba por aprender conceitos que não seriam apresentados em sala de aula, seja por falta de tempo ou por serem de maior complexidade; e a união dos conceitos torna o ambiente acadêmico mais próximo do ‘mundo real’ (mercado)”.