IFRO tem representantes no VI CIELLA realizado em Belém
O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO) esteve representado durante o VI Congresso Internacional de Estudos Linguísticos e Literários da Amazônia (VI CIELLA), com data de realização de 5 a 9 de novembro do ano de 2018, na Universidade Federal do Pará (UFPA).
A participação ocorreu após o trabalho desenvolvido no Campus Porto Velho Calama, onde foi institucionalizado o projeto de pesquisa denominado “Processos de criação: escritores contam suas experiências literárias”, que propiciou a realização de entrevistas e trabalhos com escritores amazônicos, africanos e afro-brasileiros.
Ligado ao Programa de Pós-Graduação em Letras da UFPA, em 2018 o CIELLA completou 12 anos de realizações. “Nesse tempo, o Congresso se consolidou, na Região Norte, no Brasil e mesmo internacionalmente, como um evento de qualidade. Por isso, a cada biênio, os organizadores têm sido desafiados a realizar um congresso cada vez melhor”, explica a líder do Grupo de Pesquisa em Educação, Filosofia e Tecnologias do Instituto Federal de Rondônia (GET/IFRO), Iza Reis Gomes Ortiz.
Ela, que é professora de Professora de Língua Portuguesa e Literatura no Campus Porto Velho Calama, coordenou no CIELLA o Simpósio Temático “Processos de criação na/da Amazônia: literaturas em construção”. O Simpósio teve ainda a autoria da também servidora do IFRO, Eliane Auxiliadora Pereira, visando agregar pesquisas, trabalhos e reflexões sobre o processo de criação literária amazônica em diálogo com outras áreas de estudos, incluindo mecanismos da Criação Literária por meio da teoria que investiga os diversos momentos da criação que é a Crítica Genética.
A proposta é resultado da primeira etapa do projeto em que, segundo Iza Reis, “centralizamos as entrevistas com escritores amazônicos. E no VI CIELLA, houve três apresentações referentes a este projeto. A jornalista da Reitoria do IFRO, Rosália Aparecida da Silva apresentou a pesquisa: A constituição do ‘outro’ nas histórias de crianças ribeirinhas e da cidade. O objetivo foi valorizar a presença multicultural e do ribeirinho porto-velhense no discurso literário de uma escritora do município. A professora Iza Reis Gomes Ortiz apresentou o artigo: Nicodemos Sena e Vicente Franz Cecim: o processo de criação literária de escritores amazônicos. O intuito era mostrar à academia os dois escritores paraenses num estudo comparativo em relação ao processo de criação literária, além de valorizar a produção literária amazônica. E a professora Eliane Auxiliadora Pereira expôs a pesquisa: O processo de criação de Guilherme Coelho em Órfãos do Eldorado. O trabalho tinha como objetivo verificar o que a crítica especializada em cinema escreveu sobre o processo de criação engendrado neste filme. A obra é uma adaptação do romance do consagrado escritor amazonense Milton Hatoum”.
Além de receber apresentações referentes ao projeto desenvolvido no campus do IFRO, o Simpósio Temático recebeu inscrições de pesquisadores da Universidade Federal do Pará, Universidade Estadual do Amazonas, Universidade Federal de Rondônia e Universidade Federal de Uberlândia. A VI edição do CIELLA foi composto por mais de 40 diferentes simpósios temáticos, além de comunicações orais e outras formas de participação dos pesquisadores. “Pontuamos a importância do incentivo à pesquisa através do Edital nº 04 da Reitoria de pesquisa. O VI Ciella foi uma experiência exitosa que ratificou a necessidade e a importância da pesquisa na Região Norte. E os pesquisadores do IFRO, que representaram a instituição com apresentações de pesquisas na área da Crítica Genética, Literatura, Análise do Discurso, Cinema e Pós-Colonialismo”, destaca Iza Reis.
Em 2018, o tema do Congresso foi Fronteiras e Diversidades. “Realizado na cidade de Belém, o evento reuniu muitos representantes de outros países e da região Amazônica que atuam no campo dos estudos linguísticos e literários. Esse intercâmbio de experiências nos auxilia a compreender a diversidade linguística, literária, cultural, e étnica, para nós que vivemos em regiões fronteiriças. Pude participar de diversas conferências, minicursos, simpósios temáticos, comunicações individuais, lançamento de livros e revistas e atividades artístico-culturais por meio do edital lançado pela Pró-Reitoria de Extensão do IFRO. Para nós servidores técnico-administrativos é importante também ter a oportunidade participar dos eventos com incentivo institucional, assim como levar para outras regiões do País o que o IFRO está produzindo de conhecimento nesta parte da Amazônia. Serviu para ampliar meus conhecimentos sobre a cultura ribeirinha e amazônica, o que também influencia na qualidade do trabalho que desenvolvo enquanto profissional que atua na Assessoria de Comunicação do Instituto, de compreensão do meio em que vivemos”, finaliza a jornalista Rosália Silva.
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