Campus Calama recebe espetáculo teatral vilhenense
Alunos e servidores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), Campus Porto Velho Calama, assistiram na quinta-feira (18) ao espetáculo teatral “À Margem”, do Grupo Wankabuki, do município de Vilhena.
Segundo a professora de Língua Portuguesa, Márcia Letícia Gomes, o espetáculo trouxe episódios importantes da história rondoniense a partir dos relatos e canções das lavadeiras. “[...] num percurso passado-presente que culmina com a constatação das personagens ‘Não há mais rio’. A arte mostra seu poder de nos fazer pensar criticamente a respeito de temas importantes de nossa história”, comentou ao final da peça.
A aluna Danielle Menezes Marrieli, que cursa o técnico em Eletrotécnica, foi uma das estudantes que assistiu ao espetáculo. “Achei muito interessante porque mostrou a realidade do início do nosso Estado. Alguns dos assuntos tratados eu tinha conhecimento, mas alguns temas eram desconhecidos para mim. Gostei da parte em que elas [as atrizes] abordaram a desvalorização da mulher no início de Rondônia, como elas eram colocadas de lado e submetidas a determinadas tarefas”, relatou.
Nathalia Cazella Claudino, do curso Técnico em Edificações, também conferiu a apresentação e saiu do espetáculo com novos conhecimentos sobre a história do estado de Rondônia. “Achei bem representativo a parte do garimpo, mesmo sem falas prendeu bastante a minha atenção, achei muito interessante, como ele cuidava das suas coisas, mesmo sendo poucas, e como ele tratava o mineral que encontrava, tentando ver se era ouro ou não”, disse.
Para a atriz Taina Sousa a apresentação no IFRO teve um gosto diferente. Isso porque ela é acadêmica da instituição no Campus Vilhena, onde cursa Arquitetura e Urbanismo. “Ter a oportunidade de representar a rica história do nosso Estado no Instituto federal é uma experiência muito gratificante, principalmente pela forma como fomos acolhidos na instituição pelos servidores e alunos, acredito que quem viu, gostou bastante”, destacou.
Sobre o espetáculo
O espetáculo é ganhador do Prêmio Sesc de Incentivo às Artes Cênicas 2018 e foi escrito pela atriz e também diretora do Wankabuki, Valdete Sousa. A dramaturga explica que a peça apresenta a história de imigrantes desbravadores, dentre eles os cacaieiros, as lavadeiras, os lavradores e os garimpeiros em busca de ouro, pedras preciosas e terras. “Criado a partir das vozes de nossas mães e avós e da história oral que permeia às margens dos rios. Em suas linhas, evoca a história de um rio morto, no passado fonte de vida, rememorando as mazelas de famílias nordestinas e sulistas, no abandono de suas origens, na esperança de encontrar o Eldorado. O imaginário Amazônico e a história dividem espaço com o progresso e os sonhos de homens e mulheres”, complementou
Após o espetáculo o grupo de teatro se reuniu com alunos para conversar sobre a produção da peça, história de Rondônia, dentre outros temas. A peça contou com tradução simultânea na Língua Brasileira de Sinais (Libras) e circulou por escolas de Porto Velho, Ariquemes e Nova Mamoré. Saiba mais sobre o Grupo de Teatro Wankabuki AQUI.
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