Sistema de geração de energia é inaugurado no Campus Calama
Foi inaugurado no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), Campus Porto Velho Calama, o sistema de monitoramento e gerenciamento remoto de planta de geração de energia elétrica por meio de fontes alternativas. O projeto é da Eletrobras Distribuição Rondônia em cooperação técnica com o Consórcio Fundação Parque Tecnológico de Itaipu/Policonsult Associação Politécnica de Consultoria e com o Centro Internacional de Energias Renováveis (CIBIOGAS). A cerimônia ocorreu no auditório do Campus Porto Velho Calama nesta quarta-feira (28).
Intitulado “Sistema de Conexão de Micro Geradores com Rede de Distribuição de Energia Elétrica para Viabilização de Centrais Virtuais de Energia”, o projeto teve custo aproximado de R$ 2 milhões. A escolha do IFRO se deu na busca por estimular o interesse por fontes de energias renováveis, sendo que o sistema poderá ser explorado por estudantes e professores. A energia gerada no espaço manteria 237 lâmpadas acesas 24 horas por dia, ou geraria energia suficiente para abastecer até quatro residências de três a quatro pessoas.
A possibilidade de diferentes estudos foi um dos pontos observados na fala do Diretor-Geral do Campus Porto Velho Calama, Marcos Aparecido Atiles Mateus, que denominou o espaço de “laboratório a céu aberto”. Para ele, a parceria alinha a vocação do Campus Porto Velho Calama e sua natureza de campus industrial e a possibilidade de pesquisas nas áreas de eletricidade, de automação, de produção de biogás junto com os campi agrícolas, entre outras. “O projeto é de cinco anos, podendo permanecer dez, 20 anos, e desperta grandes oportunidades de pesquisa”, explicou.
Rodrigo Régis, do Centro Internacional de Energias Renováveis (CIBIOGAS), afirmou aos estudantes presentes na cerimônia de lançamento que o futuro do Estado e do País depende de todos. Sediado em Foz do Iguaçu (PR), o Centro trabalha com desenvolvimento e apoio a projetos relacionados às energias renováveis. Sobre o sistema que funcionará no IFRO, ele disse que agregará valor e conhecimento para a região. Ao final do evento, Rodrigo Régis fez uma explicação sobre o sistema que funcionará a título experimental em Rondônia (IFRO) e no Paraná.
Como contrapartida institucional, o IFRO poderá, por exemplo, ofertar capacitações e desenvolver pesquisas. A afirmação do Reitor Uberlando Tiburtino Leite está ligada às demandas que os parceiros podem levar ao Campus Calama, que hoje conta com estrutura e recursos humanos com números superiores a 100 professores, 1,5 mil alunos e mais de 100 técnicos administrativos. Entre as possíveis pesquisas que podem ser desenvolvidas, o reitor enfatizou o gasto em relação às contas de energia elétrica de 2017. “O IFRO usou dois milhões de reais para pesquisa, recebemos do MEC em torno de 500 mil, e foram R$ 2,8 milhões pagos em energia”, comparou valores que poderiam estar sendo revertidos em pesquisas.
Ainda segundo o reitor, atualmente o IFRO possui 21 startups incubadas na capital, e somente uma delas é voltada para a automação tecnológica. “Parte desta energia será aproveitada, mas é necessário gerar pesquisa”, asseverou Uberlando.
O Diretor Presidente da Eletrobras Distribuição Rondônia, Luiz Marcelo Reis de Carvalho, comentou a oportunidade de se ter instalada uma planta de energia solar para conhecer e desenvolver inovações. “Daqui do IFRO sairão pessoas com possibilidade de desenvolver conhecimento para o Estado. E essa é uma carreira que todos podem tentar, nas empresas públicas ou privadas”, projetou Luiz Marcelo. Ele passou à tarefa dos presentes se interessarem por como funcionam as coisas e, especialmente, sobre a geração de energia, tendo em vista ser crescente a demanda de consumo.
Os painéis solares e os conversores em funcionamento no IFRO fazem parte de um projeto experimental de monitoramento a distância, utilizando softwares e hardwares. O estudo visa subsidiar as ações futuras dentro do Programa Luz para Todos, em que há necessidade de atendimento às comunidades remotas. Em estudo preliminarmente feito pela Eletrobras, está previsto o atendimento a 150 comunidades rondonienses, instaladas em bacias hidrográficas do Estado, a partir deste ano. “Atendemos até as comunidades rurais por terra. Deste último ponto da rede até as comunidades é uma distância próxima a 50 quilômetros, e que não conseguimos atender a não ser através dos sistemas descentralizados”, explicou Silvan Magno, do Luz para Todos em Rondônia.
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