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Acadêmicos de Engenharia Civil do Campus Calama finalizam semestre com exposição de projetos de pesquisa

Publicado: Segunda, 24 de Fevereiro de 2025, 09h58 | Última atualização em Segunda, 24 de Fevereiro de 2025, 09h58 | Acessos: 2894

Grupo trata sobre revitalização ecológica do Bairro Flodoaldo Pontes PintoOs acadêmicos do segundo período do Curso de Engenharia Civil do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), Campus Porto Velho Calama, expuseram na tarde de quinta-feira, 20, os projetos de pesquisa com temas desenvolvidos na disciplina de Metodologia de Extensão, que é ministrada pela Professora Jamile Mariano Macedo Taborda.

A exposição foi feita por meio de banners no hall de entrada do campus, e detalhavam projetos desenvolvidos na disciplina, trazendo uma proposta de intervenção positiva na comunidade. “Eles estão apresentando a proposta que eles querem desenvolver ao longo do curso na Disciplina de Projetos Integradores”, informou a docente.

Jamile exemplificou o projeto dos acadêmicos Ney e Gabriele que propõe a utilização de uma metodologia chamada Diálogo Diário de Segurança (DDS), em que é feita uma reunião com os trabalhadores antes do expediente, dialogando sobre as práticas de segurança, o uso dos equipamentos de segurança (EPI) e o cuidado com as boas práticas. A professora destaca que é um trabalho da Engenharia Civil que dialoga com a parte da educação e da segurança no trabalho.

Ney Souza Primo explica que atualmente a construção civil é o setor que mais cresce no país e com alto índice de acidentes de trabalho. “O DDS surge em 1990 com a necessidade de conscientização dos colaboradores de gestões no conteúdo de obra, sobre o uso correto de equipamentos de segurança individual e coletiva e sobre as atividades laborais durante a obra. O nosso trabalho é no sentido de se implantar o DDS no canteiro de obra, duas vezes por semana, durante três meses, levando o conhecimento sobre o uso correto dos equipamentos; sobre o uso correto da execução das atividades para reduzir os acidentes e zerar, na verdade, é zerar não reduzir. Zerar esses acidentes é o melhor método usado. Por exemplo, sete horas da manhã tem essa reunião com todos e há uma importância muito grande, se o colaborador daquela obra contribuir para a atenção e o conhecimento com as informações que serão aplicadas por um questionário que eles vão responder para a aplicação do DDS para a gente melhorar sempre essa aplicação no canteiro de obra”, esclarece.

Nessa proposta, segundo Jamile, os acadêmicos ampliam a consciência sobre o tripé: ensino, pesquisa e extensão. Também nesse sentido, a acadêmica Giovana Cristina Marinho Dourada explicou sobre a origem da apresentação de seu grupo, que trata sobre a deficiência do saneamento básico, incidindo na saúde e na qualidade de vida da população de Porto Velho. Segundo ela, a pesquisa do grupo apontou a cidade como a mais precária no país em relação ao saneamento básico.

“No estudo que fizemos em relação ao esgotamento sanitário, encontramos que apenas 1,7% do que é gerado e distribuído entre as casas é tratado. Todo o resto é destinado a lugares como bueiros, rios e em locais a céu aberto”. Segundo a estudante, outros estudos apontam a contaminação da água por coliformes fecais, sem contar muitos locais com incidência de doenças como Dengue, Chikungunha, Leptospirose e muitos sintomas de diarreia. “Por vermos que a situação é tão crítica, resolvemos trazer esse informativo, buscando alertar para essa situação que afeta diretamente a saúde pública”, discorreu.

Já o acadêmico Marcelo Oliveira dos Santos falou que seu grupo escolheu tratar sobre a Gestão de Resíduos Sólidos nos canteiros de obras pensando nos poluentes que impactam o ambiente. “Então, nosso levantamento de pesquisa nos canteiros de obras trata sobre os materiais que podem ser reutilizados tanto na própria obra como em outras áreas”. Eles também pesquisaram sobre parcerias que podem existir com cooperativas de reciclagem para tratar da destinação dos materiais, ou mesmo outras empresas que tenham interesse para retirar da obra os materiais de descarte.

Do mesmo grupo de Marcelo, Deilson Charles Silva do Vale, acrescentou sobre o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos na Construção Civil que, segundo ele, indica como trabalhar os materiais que podem ser reutilizados, como madeira, materiais para aterro, entre outros. Deilson afirma que, sobre os dados que buscou para a pesquisa, descobriu que no início da década de 90, até o início do ano 2000, o Brasil desperdiçava 60% do seu material. Com a implementação do PGRCC, isso começou a diminuir. Na primeira década deste século já houve uma diminuição para 50% e hoje está entre 30% a 40% o desperdício do material, conforme informa o acadêmico. “Então, aprendemos o que pode ser reutilizado, mantendo a obra organizada, trabalhando com parceiros de reciclagem. Ou mesmo doando para pessoas que precisam de moradia de baixa renda, de modo que o material não seja descartado na natureza, de modo irregular”, afirmou o acadêmico.

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