Alunas de Informática do Campus Calama alcançam classificação na Olimpíada Brasileira de Robótica
Com um experimento inédito, construído a partir de materiais recicláveis, um grupo de três alunas do 2º e 3º anos de Informática do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), Campus Porto Velho Calama, alcançou classificação na modalidade artística da Olimpíada Brasileira de Robótica. A competição estudantil foi realizada no Centro de Convenções de Goiânia, entre 12 e 17 de novembro.
Orientadas pela Professora Camila Serrão, as participantes Danielly Magno Barbosa, Jamily Emanuelle Ferreira Pantoja e Israelly Barbosa Maia construíram um robô que tinha por finalidade se apresentar tocando e se movimentando. Elas contam que, após participarem da etapa regional, a intenção era construir um robô com maiores dimensões, porque o delas era bem pequeno. E fizeram isso, um robô construído em papelão, motor de impressora e utilizando o Arduíno – uma plataforma de prototipagem eletrônica que permite desenvolver projetos tecnológicos.
A meta das estudantes era a de fazer um robô guitarrista, que movimentasse os braços e que por meio do sensor de luminosidade, tocava a guitarra e acendesse os leds. Segundo elas, primeiro se organizaram, fizeram um protótipo do robô, fizeram um slide e escolheram as “músicas com uma pegada mais Rock, do Elvis Presley”.
Toda a estrutura dele foi feita em papelão e acrílico e foi construído com Arduíno Mega. Apesar de terem enfrentado muitos desafios, posto que precisavam desmontar e remontar o robô e a falta de uma bateria, mesmo assim, conseguiram suplantar as dificuldades e mostrar o projeto para a banca avaliadora. Elas contam que o ponto positivo foi a divisão de tarefas entre o grupo. Cada uma cuidando de uma etapa, foi possível organizar e concluir a apresentação.
Segundo as participantes, o evento apresentou propostas diversificadas. “A gente se encantou muito com cada apresentação que tinha no evento”, conta Israelly, explicando que havia robôs que executavam tarefas domésticas; outros jogavam futebol; e interagiam com a plateia, enfim, uma variedade de inovações que as empolgaram para continuar participando e para incentivar que outras alunas se inspirem para participar nos próximos anos.
As alunas elogiam a experiência principalmente pelas possibilidades que presenciaram no evento sobre o universo que a robótica pode alcançar em conjunto com outras áreas. Nesse sentido, destacam a importância da participação, tanto individual, quanto coletiva. “Isso mostra que temos possiblidades de construir uma carreira a partir desse conhecimento, da experiência que alcançamos nesse que é o maior evento de robótica da América Latina”, citam.
Outro ponto que destacam como positivo foi o fortalecimento do senso de grupo, quando a equipe se uniu para ultrapassar as dificuldades que se apresentaram, fazendo-as trabalhar com afinco até altas horas da madrugada para que conseguissem alcançar o objetivo proposto. Também elogiam a experiência que, segundo elas, foi inédita. Em Rondônia, não havia ainda uma proposta como a delas, um robô na modalidade artística e em seguida conseguir ir para a etapa nacional.
O projeto as motiva a continuar explorando as possibilidades que a robótica oferece desenvolvendo novos conhecimentos, talvez seguindo para a graduação na área e entrar em outras modalidades. Também destacam o caráter alternativo e criativo do projeto, construído praticamente sem custo, como também a possibilidade de viajar, conhecer outros lugares e interagir com outras pessoas, enriquecendo a experiência de cada uma delas.
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