Estudantes de Informática do Campus Calama participam de intercâmbio cultural do IFAM e da UFAM em Humaitá
Estudantes do 2º ano de Informática do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), Campus Porto Velho Calama, participaram de eventos e atividades na cidade de Humaitá (AM), entre 29 e 31 de outubro. Eles foram ao “2º Café com Ciência”, realizado pela Universidade Federal de Rondônia (UNIR), no Campus da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), e ao “2º Amefricanidades”, promovido pelo Grupo de Pesquisa Arandu, da UFAM Campus Humaitá.
Exposição Ambiental – O grupo foi acompanhado pelo Analista de Sistemas do Campus Calama, Tiago Lins de Lima, e do Rapper Nei Mura, que se apresenta com o Hip Hop da Floresta. Os participantes se integraram aos outros dois eventos levando produção que haviam preparado para a 2ª edição do Festival de Cultura, Identidade e Educação Ambiental. Eles são organizadores de uma exposição ambiental, composta por imagens que denunciam problemas ambientais captados em vários bairros da cidade de Porto Velho.
A Mostra foi um trabalho de pesquisa dos alunos da Informática e que fez parte da 1ª edição do Festival de Cultura, que ocorreu no mês de outubro no Campus Calama. De acordo com Tiago Lins, a visita à UFAM foi feita em atendimento ao convite do Professor de Filosofia, José Roberto, que é líder do Grupo de Pesquisa Arandu e que havia participado no Campus Calama do I Festival de Cultura. Segundo Tiago, os três eventos aconteceram em paralelo, tornando-se uma experiência muito positiva para os participantes.
Visita Histórica – A equipe de alunos e professores também participou de uma aula de campo em visita aos lugares turísticos e históricos da cidade de Humaitá, quando foram guiados pelo Historiador Alcenor Moreira Costa, pesquisador e parceiro da UFAM e do IFAM. Durante a atividade foram feitas explicações sobre as edificações históricas pertencentes ao patrimônio da cidade e seus períodos.
Visita Ambiental – Acompanhados pelo Professor Jeferson Aparecido Lima de Oliveira e recepcionados pelo Diretor-Geral do IFAM, Adamir Júnior, os visitantes foram guiados por toda a área do campus, quando conheceram os empreendimentos do setor produtivo agrícola, áreas de plantio de girassol, de hortaliças, os laboratórios e outras atividades de ensino e pesquisa. Na ocasião, o Professor Adamir destacou a importância da área de tecnologia para o desenvolvimento de pesquisas na área de florestas, relacionando ao monitoramento do crescimento de plantio de espécies nativas para reflorestamento.
Conforme Tiago Lins, essa ação possibilitou uma nova dimensão do percurso formativo aos estudantes de tecnologia, diferente dos assuntos que normalmente esses alunos estão em contato. Ele afirma que foi uma rica experiência para os estudantes, com a possibilidade de se relacionar questões culturais e ambientais na produção do conhecimento científico, colaborando com o aprendizado integral dos alunos participantes.
Na palestra que participaram na UFAM, também tiveram contato com pessoas indígenas que contaram que anteriormente tinham vergonha em designarem-se como indígenas, porém, essa realidade vem mudando à medida que as discussões sobre etnias são inseridas em palestras e debates e eles podem expressar suas formas naturais de vida.
Na opinião do estudante João Vitor Silva Maciel, que integrou a excursão, a viagem foi incrível. Afirmando que os alunos foram muito bem recebidos, comentou que “a cidade preserva com carinho os seus pontos históricos e turísticos”. O aluno também é um dos que participam diretamente da exposição que integrou os eventos em Humaitá. Quando participou da pesquisa em Porto Velho que registrou em fotos os problemas ambientais dessa cidade, João Vitor disse ter ficado surpreso com a quantidade de lixo jogado nas vias públicas, e igualmente com o descaso com terrenos baldios que acumulam lixo e provocam a proliferação de insetos e animais peçonhentos.
Avaliando a participação dos visitantes do IFRO Calama, o Professor da UFAM, José Roberto, destaca que quando expuseram fotos denunciando problemas ambientais e sociais da periferia da cidade de Porto Velho, não seria muito diferente da realidade de Humaitá. “Por meio das fotos, eles demonstraram em diferentes situações os problemas ambientais dessa periferia. A importância de eles poderem trazer esse evento para cá permitiu também aqui a reflexão sobre os problemas ambientais que ocorrem ao longo de todo o Rio Madeira e nas cidades que estão ao seu lado”, afirmou. O docente também agradeceu e elogiou a organização do 2° Festival de Cultura e Identidade em Porto Velho, evento que, segundo ele, “demarca e possibilita trazer novos olhares sobre a arte, a cultura e a identidade amazônicas”.
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