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Acadêmico do Campus Calama apresenta projeto de inclusão para alunos com deficiência visual em Congresso no Pará

Publicado: Sexta, 06 de Setembro de 2024, 07h00 | Última atualização em Sexta, 06 de Setembro de 2024, 07h00 | Acessos: 560

Carlos explica projetoO estudante do curso em Análise e Desenvolvimento de Sistemas (ADS), Carlos Eduardo Martins Maciel, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), Campus Porto Velho Calama, demonstrou ao participar do XIV Congresso Norte Nordeste de Pesquisa e Inovação (Connepi) como é possível às pessoas com deficiência visual não só aprender, mas também ensinar e transmitir conhecimentos.

O Connepi foi realizado no período de 27 a 29 de agosto na cidade de Belém, organizado pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA), que abordou a temática “Educação tecnológica: conectando regiões, construindo futuros”. Carlos apresentou seu projeto de pesquisa que trata do “Desenvolvimento de Software para Audiodescrição através do movimento do mouse”, uma ferramenta que tem como objetivo verificar e sanar as maiores dificuldades dos deficientes visuais na área tecnológica, visando proporcionar uma maior acessibilidade ao mercado de trabalho e vida social, com melhor autonomia na utilização de computadores.

O aluno destaca que o software “representa não apenas uma solução técnica, mas também um exemplo inspirador de como a tecnologia pode ser empregada para promover a inclusão e a igualdade de oportunidades para todos, independentemente de suas habilidades visuais”. Ele contou com o suporte do colaborador externo da equipe do Núcleo de Atendimento à Pessoa com Necessidades Específicas (Napne), o Técnico de Apoio ao aluno com deficiência, Rinaldo Muniz de Oliveira, que destacou a importância da participação do aluno no evento.

“A inclusão dos alunos com necessidades educacionais específicas é essencial, pois valoriza a diversidade, incentiva outros alunos, agrega nos avanços da pesquisa, quebra preconceitos, desenvolve habilidades, dá autonomia, confere mais visibilidade e representatividade. A participação do aluno Carlos da educação inclusiva em congressos não só enriquece o evento, como também contribui para um ambiente acadêmico mais justo e representativo”, afirmou o Psicopedagogo Rinaldo.

O Connepi reuniu mais de 900 trabalhos em quatro sessões de apresentação de pôsteres, destacando-se na área de conhecimento das Ciências Exatas da Terra/Ciência da Computação. Durante o evento, Carlos recebeu convites de outros Institutos Federais para agregar o seu projeto no desenvolvimento do suporte em audiodescrição aos alunos com deficiência visual atendidos pelos Napnes de outros estados.

A Coordenadora do Napne do IFRO Campus Porto Velho Calama, Lívia Catarina Matoso dos Santos Telles, ressaltou que a pesquisa do Carlos é inovadora e sua participação no evento foi muito significativa, pois representa uma grande conquista em termos de inclusão de estudantes com deficiência como pesquisadores. “Todos os anos ingressam estudantes com deficiência no IFRO, mas poucos conseguem desenvolver as atividades de pesquisa e extensão, pois se deparam com muitas barreiras. Contudo, Carlos vem mostrando que pode superar tudo com seu empenho, dedicação e com o suporte de seus professores e equipe do Napne”.

“Ele está construindo uma belíssima trajetória como acadêmico, o que irá lhe proporcionar uma formação profissional rica e sólida, possibilitando que desenvolva muitas habilidades na área de seu curso. Parabenizamos muito o Carlos por sua vitória”. Além disso, a pedagoga comentou que por meio do “Programa de Educação Inclusiva: Direito à Diversidade” foi possível o custeio da ida do técnico de apoio Rinaldo a esse evento, o que possibilitou que o Carlos tivesse todo o apoio especializado do qual necessita.

“Antes desse programa, não tínhamos a previsão orçamentária para custear viagens dos profissionais de apoio para acompanharem os estudantes com deficiência fora da instituição, mas agora foi possível. O programa vem atender a uma necessidade que tínhamos, pois os nossos estudantes com deficiência estão cada vez mais participativos em atividades de pesquisa, extensão, visitas técnicas, assim como também precisam cumprir os estágios, por isso temos que pensar a inclusão em todas essas atividades, não somente a sala de aula. É necessário que o IFRO seja uma instituição cada vez mais inclusiva pois esse é um dos valores do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI). Fiquei muito satisfeita pelo fato de que foi possível proporcionar essa segurança ao Carlos, ele ir a um evento fora do estado com todo esse suporte que o Rinaldo oferece, sendo ele um profissional com experiência, formação e capacitado para atender o Carlos”, concluiu Lívia.

 

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