Instituto Federal de Rondônia

Estudantes de Edificações visitam o Complexo da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré e a Praça das Três Caixas D'Água

Alunos do 1º ano dos Cursos Técnicos em Edificações do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), Campus Porto Velho Calama, participaram de visita técnica ao Complexo da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré e à Praça das Três Caixas D'Água, na última quinta-feira, 1º de agosto. A atividade, parte do projeto “Práticas integradoras sobre o patrimônio material e imaterial como identidade cultural dos portovelhenses”, teve início às 13h30 no museu do complexo ferroviário.

Segundo a Professora Gracilene Nunes, responsável por acompanhar a atividade, “proporcionar aos alunos um projeto em que eles consigam ir para uma visita técnica, ter acesso aos bens materiais e o conhecimento dos bens imateriais do Patrimônio Histórico de Porto Velho é de suma importância para agregar mais conhecimento a esses alunos e proporcionar a eles momentos de muito aprendizado por meio das várias áreas do conhecimento que estão envolvidas nesse projeto com o acompanhamento de vários profissionais das áreas de edificações como desenho, desenho técnico, construções, tecnologias das construções, sociologia, filosofia, artes, música, enfim, a literatura como um todo”.

A visita técnica, que envolveu 92 alunos e aproximadamente 10 profissionais acompanhantes, teve como objetivo principal conhecer e valorizar o patrimônio cultural de Porto Velho. A programação iniciou com a saída do campus às 13 h, com o primeiro grupo de alunos e servidores, e incluiu um percurso pelo Museu da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, um dos principais pontos turísticos do Circuito Histórico-Cultural e da Rota Ferroviária da cidade.

O itinerário no museu começou no Galpão dois, na Estação de Embarque, e se estendeu até o Galpão um. Durante o passeio, os estudantes tiveram a oportunidade de explorar a história do empreendimento que deu origem à cidade de Porto Velho, desde os primeiros exploradores até os dias atuais. O museu proporciona entendimento inclusivo e consciente da história local, por meio de uma exposição rica em textos, registros visuais e gráficos, audiovisuais e sonoros.

Após a visita ao museu, os alunos seguiram para a Praça das Três Caixas D'Água, também conhecidas como “As Três Marias”. O marco histórico, localizado no centro da cidade, é composto por três tanques cilíndricos, construídos entre 1910 e 1912 pela Chicago Bridge & Iron Works. As caixas d'água, cada uma com capacidade para 200.000 litros, foram fundamentais para o abastecimento da cidade até 1957 e hoje são símbolos tombados a nível estadual e federal.

A Professora Gracilene também destacou a importância do projeto para os alunos. “Esse conhecimento da nossa cultura, da cultura de Porto Velho, da cultura rondoniense, é fundamental, porque eles conseguem visualizar, enxergar. A gente via nos olhares dos alunos bastante curiosidade, quer dizer, alguns moravam aqui em Porto Velho, e por um motivo ou outro não tiveram acesso a essa questão de conhecer o patrimônio histórico de Porto Velho. E com esse projeto, nós estamos proporcionando isso a esses alunos”, destacou.

Divididos em grupos, os estudantes receberam explicações detalhadas dos profissionais sobre as temáticas ligadas ao patrimônio cultural e histórico de Porto Velho. Durante a visita, os estudantes registraram tanto conteúdos quanto fotografias, que posteriormente serão utilizados para a elaboração de relatórios técnicos. Os relatórios farão parte de um trabalho a ser exposto na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, em novembro, em formato de banner. A visita técnica buscou despertar nos alunos o sentimento de pertencimento e a valorização dos bens culturais do município, além de integrar conhecimentos de diversas disciplinas como Língua Portuguesa e Literatura, Artes, Tecnologia das Construções, Orientação para Prática Profissional e Pesquisa, Materiais de Construção, Desenho Arquitetônico e Filosofia, com conteúdos transversais de Sociologia e História de Rondônia.

Com o retorno ao campus programado para as 18 h, a professora concluiu, satisfeita: “fiquei muito feliz com o resultado, com a participação desses profissionais e das turmas. Foi muito bacana vê-los participando ativamente de todo esse processo da visita técnica”.