Instituto Federal de Rondônia

Direção do Campus Calama visita empresas do polo industrial de Manaus para ampliar Pesquisa & Desenvolvimento de produtos

Com a finalidade de buscar parcerias entre empresas que fazem parte da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), o Diretor-Geral do Campus Porto Velho Calama, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), Leonardo Pereira Leocádio, acompanhado pelo chefe do Departamento de Pesquisa, Inovação e Pós-Graduação (Depesp), Willians de Paula Pereira, reuniram-se na última semana com o Superintendente-Adjunto Executivo da Suframa, Luiz Frederico Oliveira de Aguiar.

 Dado o perfil industrial do Campus Calama, a instituição busca empresas que possam contemplar os estados que estão fora da região metropolitana de Manaus com recursos de Pesquisa & Desenvolvimento. Para isso, os gestores apresentaram à Suframa os projetos que já são desenvolvidos e a intenção do campus que está aberto a novas oportunidades, como também apresentaram o portfólio do grupo de pesquisadores que trabalham com desenvolvimento de tecnologia e inovação.

Também acompanhou a visita dos gestores ao polo industrial de Manaus, a professora do Campus Ji-Paraná, Tatiana Gigliolla Bernardino dos Santos, que é responsável pela Redinova, a Rede de Incubadoras do IFRO, e que está atuando na implantação das incubadoras de empresas nos demais campi.

Entre as dez empresas visitadas, a equipe foi conhecer também o Idesam, uma organização não governamental que atua com pesquisa e empreendimentos sustentáveis em bioeconomia, agrofloresta e empreendedorismo social, buscando caminhos inovadores para a conservação dos recursos naturais e redução da pobreza.

Willians Pereira explicou que com a Suframa já existe a capacitação que está sendo desenvolvida por meio do Centro de Inovação e Tecnologia de Softwares (CITS), responsável pelo programa da Indústria 4.0. Ele também destacou o suporte que têm recebido da Sustentec, uma empresa de consultoria que atua na integração entre Ciência, Indústria e Tecnologia e que presta consultoria na aproximação das empresas com as instituições públicas. Segundo ele, esse suporte foi muito importante para aproximar o Campus Calama das empresas que foram visitadas. “O que nós queremos é desenvolver pesquisas alinhadas à produção das empresas ligadas ao polo industrial de Manaus. Foi uma primeira viagem para conhecer essas empresas e poder estreitar laços futuros para obter recursos e desenvolver pesquisas que as empresas também tenham interesse, de forma que possamos posteriormente transferir as tecnologias para elas”, explicou.

Willians destacou que as empresas têm uma obrigação fiscal em que elas depositam recursos para um fundo nacional de desenvolvimento para ciência e tecnologia ou destinam esses recursos para uma ICT pública.

As empresas visitadas têm interesse em investir diretamente na instituição de pesquisa, que possa gerar benefícios para elas também. Ao invés de só depositarem para a obrigação fiscal, essas empresas conseguem reverter isso em pesquisas e produtos a serem desenvolvidos em suas próprias fábricas. “Existe uma vantagem para ambos os lados; é uma obrigação que pode trazer benefícios para as empresas. Isso é benéfico tanto para a empresa, quanto para o IFRO, enquanto unidade de pesquisa de produtos inovadores – uma relação boa para ambos os lados. Desenvolve nossos laboratórios e nossos cursos, alunos e professores e, em contrapartida, vão existir produtos que serão desenvolvidos por essas empresas”, destaca Willians.

 Segundo o professor, esses recursos auxiliam para equipar laboratórios, pagar os professores para que desenvolvam as pesquisas e posteriormente implementar essas pesquisas nas fábricas interessadas. “É uma iniciativa que beneficia ambos os lados”, afirma.

Próxima etapa 

A partir de agora, começarão a ser desenhadas as propostas a serem encaminhadas às empresas que tiveram interesse. “Com isso, esperamos já no início do próximo ano começar um novo ciclo de projetos de capacitação, pesquisa e desenvolvimento”, afirma Willians, informando que a meta é para que se consiga até o final desse 2024 assinar contrato com, pelo menos, uma empresa, que será a primeira em relação a P&D com a Suframa.

O Diretor-Geral do Campus Calama, Leonardo Pereira Leocádio, disse que a Suframa tem uma relevância enorme no cenário da Amazônia Ocidental. “Estamos atentos ao volume de recursos e às possibilidades que temos. Acredito na capacidade produtiva do nosso campus para entregar bons projetos e atender tanto aos anseios do mercado, mas antes de tudo atender nossa comunidade com projetos inovadores e reforçar junto aos nossos alunos a importância da pesquisa e do desenvolvimento”, comentou. Leonardo reforçou também que “esses projetos proporcionam a possibilidade de melhoria da infraestrutura dos nossos laboratórios, seja no que tange à aquisição de equipamentos, seja na reforma e construção de novos espaços”, concluiu.