IFRO Campus Calama foi uma das instituições que mais aprovou alunos no Enem em 2023 em Rondônia
Entre todas as escolas do estado de Rondônia com dez ou mais alunos inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2023, o Campus Porto Velho Calama do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO) alcançou o primeiro lugar na média geral, seguido pelo campi de Ariquemes.
Na classificação de escolas com cem ou mais alunos, o Campus Calama segue em segundo lugar, seguido dos campi de Cacoal e Vilhena. E as três escolas do IFRO seguem entre as cinco mais bem classificadas na média geral. A afirmação foi feita pelo Professor de Língua Portuguesa Marcos Neves Fonseca, com base no levantamento de dados feito pelo site aio.com.br, uma startup carioca de educação e inteligência artificial que oferece preparação aos alunos para o Enem e outros vestibulares, apontando previsões de desempenho e proporcionando as melhores tomadas de decisão.
O Professor Marcos esclarece ainda que o Campus Calama registrou uma evolução na média da disciplina de Redação em relação aos três últimos anos do Enem, que saiu de 651,4 em 2021, passou para 729,9 em 2022 e chegou a 746,4 no ano passado. Segundo ele, essa evolução é muito importante e vem crescendo gradativamente, mas opina que, por mais que o Enem seja uma porta que abre oportunidades para o curso universitário, muitos alunos não fazem o exame.
É necessário, segundo o docente, fazer um trabalho de conscientização ao longo do ano para que se obtenha uma participação maior. Ele também citou o “Pé de Meia”, novo programa do Governo Federal, “que visa muito isso, não só manter o aluno, mas trabalhar essa questão da permanência e do êxito, fazendo com que o aluno se inscreva no Enem, porque é um quesito muito forte do Pé de Meia que o aluno se inscreva no Enem”. O programa tem como meta a permanência do aluno no Ensino Médio e o ingresso na Universidade.
Questionado sobre as ferramentas que utiliza para estimular os alunos a se desenvolverem na Redação para que obtenham um bom desempenho, Marcos Neves disse “que é necessário fazer um trabalho interdisciplinar onde mesmo numa aula de Língua Portuguesa você trabalhe um pouco filosofia, sociologia, certo? Você está trabalhando literatura, está resolvendo as questões objetivas de literatura, mas aí você já puxa um pouco da literatura para o aluno aprender a usar a literatura na redação”.
Primeiro de tudo, explica o professor, trabalha-se a noção do aluno em relação à estrutura da redação do Enem. “Nas primeiras aulas de redação, o aluno não escreve redação. Nas primeiras aulas, ele analisa a estrutura das redações para perceber que há uma estrutura que se repete, que a partir dessa estrutura ele pode criar a sua própria estrutura, o seu próprio jeito de escrever, mas a partir daquilo que se repete”.
Marcos explica também que o aluno que frequenta o IFRO é um aluno diferenciado porque pesquisa e escreve artigos. Isso vai virando uma rotina que estimula e prepara o aluno e, com o tempo e a prática da escrita, vai desenvolvendo sua própria linguagem. “Eles escrevem artigos. Aí eles comentam e o campus ganhou o mundo com a divulgação dos banners. Por quê? Porque o menino do primeiro e do segundo ano vê lá o banner de desempenho da redação dos alunos do campus. E ele quer ter o banner dele também, é legal. Você coloca lá na tua rede social e aquela tua tia que nunca disse um oi, ela posta lá. Dá visibilidade ao estudo dele. Então aí você massifica, ou seja, desenvolve um cotidiano de produção, de análise, de correção. Isso deixa o aluno seguro”, explica o professor, informando que durante o ano passado houve uma atividade que foi o grande diferencial, “[...] na qual os alunos, a partir de eixos temáticos, criaram seus próprios materiais e compartilhavam com os colegas, ensinando e aprendendo, adquirindo segurança na explanação e correspondendo ao objetivo do IFRO que é o de formar um sujeito crítico”, observa o professor.
Redes Sociais