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NAPNE-Calama troca experiências sobre Educação Inclusiva com equipe de ensino do Instituto Federal do Pará em Marabá

Publicado: Terça, 26 de Março de 2024, 12h34 | Última atualização em Terça, 26 de Março de 2024, 12h34 | Acessos: 688

reunião napne 3A equipe do Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (Napne/IFRO), Campus Porto Velho Calama, realizou neste mês reunião on-line de formação com a equipe de ensino do Campus Industrial de Marabá, do Instituto Federal do Pará (IFPA).

A reunião entre as equipes, que foi conduzida pela coordenadora do Napne-Calama, Lívia Catarina Cardoso, foi sugerida pela Técnica Educacional Sônia Paracampos de Sá Dias, que foi transferida do IFRO Campus Calama para o IFPA Campus Marabá, e teve como tema central a troca de experiências com base em relatos sobre a Inclusão na Educação Profissional e Tecnológica (EPT). De acordo com Lívia Catarina, a interlocutora relatou sobre os desafios que o Campus Marabá está enfrentando neste ano para receber novos alunos com deficiência e ela acredita ser difícil também para outros Napnes da Rede Federal. Segundo ela, “a inclusão somente acontece quando todos estão empenhados em aprender cada vez mais”.

Sônia Paracampos afirma que “a motivação para essa formação se deu pela possibilidade das equipes dos Napnes (IFRO e IFPA-Marabá) compartilharem experiências, uma vez que o Napne do Campus Calama já possui know-how no trabalho de inclusão de estudantes com deficiência na educação profissional e tecnológica. Ainda que a minha atuação seja no ensino, não especificamente no Napne, a formação reafirmou as minhas certezas de que a inclusão é sim possível, desde que sejam dadas as condições, sejam essas de pessoal, recursos, formação e outros, às equipes que trabalham com esse público, e seja uma causa abraçada pela comunidade acadêmica como um todo”, opinou.

Os participantes puderam conhecer e compreender alguns dos protocolos de acompanhamento dos estudantes com deficiência (identificação, entrevista e anamnese). Foram apresentadas as ferramentas e instrumentos utilizados pelo Napne do Campus Calama para gerenciamento das informações dos estudantes, para fins da construção coletiva do Plano Educacional Individualizado (PEI).

A equipe do Napne-Calama, formada ainda pela Vice-Coordenadora, Elaine Márcia Souza Rosa; a Audiodescritora, Ledora e Transcritora de Braille, Jéssica de França; e a Psicopedagoga Francisca Zonete Noronha Paiva, fez relatos de experiência.

Elaine relatou sobre suas intervenções ao acompanhar um estudante autista matriculado no Curso de Engenharia Civil, que foi destaque em uma competição de programação do IFRO. Ao final de sua fala ela leu um poema de sua autoria. Jéssica mostrou o trabalho que realiza junto a uma estudante do Curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas (ADS) que possui deficiência visual total. Francisca apresentou seu olhar em relação aos estudantes e o esforço no campus para fazer com que todos os atores educacionais também possam contribuir para que de fato aconteça a inclusão, sendo um processo acima de tudo de respeito às diferenças.

Segundo a Coordenadora Substituta do Setor Pedagógico do IFPA Campus Marabá, Maria Nildes Batista Silva, este ano eles receberam muitos alunos PCDs ou com algum transtorno, que evidenciam as dificuldades em garantir atendimento de qualidade a esse público. “Essas dificuldades nos motivaram a buscar formação junto a outras instituições com experiências já consolidadas nesse atendimento. A parceria com o IFRO Calama veio através de nossa colega Sônia Paracampos, que está em exercício provisório no IFPA. O relato da experiência dessas colegas contribuiu para sanar algumas dúvidas sobre como favorecer a integração dos alunos com deficiência e como acolhê-los assim que chegam à instituição. Foi possível perceber a necessidade de buscarmos aperfeiçoamento contínuo sobre como lidar com as diferenças objetivando a formação integral, a permanência e o êxito desses alunos na escola”, relatou.

A Técnica em Assuntos Educacionais do Setor Pedagógico/CMI-IFPA, Maria Macedo Vieira, disse que “a formação contribuiu significativamente para a minha atuação no atendimento à Educação Inclusiva. A oportunidade de ouvir e aprender com as experiências compartilhadas durante o evento proporcionou uma ampliação do meu conhecimento sobre as práticas inclusivas dentro do contexto da educação profissional e tecnológica”. Ela contou ainda que as estratégias e metodologias abordadas durante a atividade enriqueceram sua compreensão sobre como aprimorar sua prática como servidora, buscando sempre promover um ambiente de aprendizagem mais acolhedor e acessível a todos os estudantes, independentemente de suas particularidades.

“A troca de experiências entre os participantes também foi um aspecto valioso, possibilitando a construção de uma rede de apoio e colaboração entre profissionais que se dedicam à Educação Inclusiva. Esse evento reforçou a importância de continuarmos buscando formação e atualização constante em nossas áreas de atuação, especialmente quando se trata de inclusão, um tema tão fundamental e desafiador dentro do contexto educacional”, acrescentou Maria Macedo. A Técnica agradeceu a equipe do Napne Calama “pela gentileza e dedicação, assim como pelo apoio na construção de um futuro mais inclusivo para todos”.

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