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Coletivo ‘Deficiência não me define’ faz ação de inclusão com alunos do Campus Calama

Publicado: Terça, 08 de Agosto de 2023, 15h40 | Última atualização em Terça, 08 de Agosto de 2023, 15h41 | Acessos: 40173

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O coletivo ‘Deficiência não me define’, que tem como eixo temático o protagonismo e autonomia das pessoas com deficiência, tem como objetivo realizar atividades de sensibilização sobre a inclusão com toda a comunidade escolar formada por estudantes, professores, técnicos, pais, familiares e colaboradores terceirizados. Formado por alguns estudantes com deficiência matriculados nos diversos cursos oferecidos pelo Campus Porto Velho Calama, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), como também os estudantes sem deficiência que apoiam e lutam pelos direitos das pessoas com deficiência, as ações do Coletivo estão sendo desenvolvidas em parceria com o Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas (Napne).

No dia 03 de agosto, o Coletivo realizou sua segunda atividade de sensibilização promovendo uma visita às salas de aula dos cursos técnicos integrados de Edificações, Eletrotécnica, Química e Informática. A visita teve como objetivo proporcionar aos estudantes com deficiência física, que utilizam cadeiras de rodas, a partilha de suas vivências enquanto pessoas com deficiência.

De acordo com a coordenadora do Napne, Lívia Catarina Matoso dos Santos Telles, deficiências físicas “são alterações completas ou parciais de um ou mais segmentos do corpo humano que acarretam o comprometimento da mobilidade e da coordenação geral, podendo também afetar a fala, em diferentes graus”.

Durante a atividade, da qual participaram alunos do Coletivo, cuidadores e intérpretes de Libras, o estudante Fabio Marcelo Tanwing Saavedra, do 6º período do curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas falou sobre superação aos estudantes dos cursos integrados. Desde o final do ano de 2021, Fabio vem elaborando um livro de poesias denominado “Colapso Abstrato”. O estudante possui transtorno neurológico de desenvolvimento, paralisia cerebral e espinha bífida associada à anemia perniciosa. Por causa dessa deficiência ele tem movimentos limitados. Seus familiares são imigrantes, vieram para o Brasil em busca de melhores condições de tratamento para ele.

Segundo a pedagoga Lívia Catarina, Fabio “possui um ótimo desempenho acadêmico e é um dos poucos estudantes de sua turma que vai concluir o curso no prazo de três anos. Temos ciência que no curso de ADS os alunos, em geral, têm dificuldades. Alguns desistem logo nos primeiros semestres, então, concluir o curso já representa muito, ainda mais dentro do prazo. É uma vitória do Fabio e de toda a equipe do Napne, em especial da cuidadora Jéssica que o acompanhou durante todo o curso. Ele sempre enfrentou as dificuldades com vontade de se superar a cada dia. Tive o prazer de ajudá-lo na organização do livro de poesias que em breve será lançado”, comenta Lívia Catarina.

O estudante Gustavo da Silva Braga teve Hidrocefalia. Segundo Lívia, ele não pôde contar suas experiências e vivências, mas sua presença na instituição marcou profundamente a atividade. Sua mãe, Cleidiane da Silva Ferreira, professora de Braille do estudante Carlos Eduardo Martins Maciel, disse o quanto é importante as pessoas não terem preconceitos e incentivou os estudantes a terem uma atitude inclusiva e a acreditarem no potencial das pessoas com deficiência.

Carlos Eduardo, que possui deficiência visual e cursa o 4º período de Análise e Desenvolvimento de Sistemas, falou sobre empatia. Karllos Daniel Azevedo Cerqueira, estudante do 3º ano de Química, explicou sobre o conceito de deficiência física e, por fim, Jéssica de França, que é cuidadora do estudante Fabio, leu uma mensagem sobre a capacidade de entender o próximo, do autor José Mário Dantas.

Para a pedagoga Lívia Catarina, “é preciso sempre lembrar que a inclusão é uma ação política, cultural, social e pedagógica, desencadeada em defesa do direito de todos os alunos de estarem juntos e o coletivo está buscando mobilizar todo o campus para viver uma experiência inclusiva”, conclui.

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