Ir direto para menu de acessibilidade.
Início do conteúdo da página

XI Jogos Internos do Campus Calama vão homenagear os povos indígenas de Rondônia

Publicado: Terça, 04 de Abril de 2023, 17h28 | Última atualização em Terça, 04 de Abril de 2023, 17h28 | Acessos: 14393

Arte jogos

Vinte e quatro etnias indígenas serão homenageadas nos XI Jogos Internos (JICs) do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), Campus Porto Velho Calama, que serão realizados no período de 24 a 28 de abril. A abertura será realizada às 19 horas, do dia 20 de abril. A décima primeira edição dos JICs vai apresentar oito modalidades de jogos: futsal, basquetebol, vôlei, vôlei de areia, handebol, atletismo, xadrez e tênis de mesa.

Estarão reunidas 24 equipes do ensino médio divididos entre as turmas de Edificações, Informática, Eletrotécnica e Química. Os Jogos Internos revelam o papel da instituição nesta modalidade de competições que estimula os alunos a praticar esportes, desenvolver as habilidades de interação e companheirismo, utilizando a competição como meio de destaque e integração.

Os organizadores do evento preparam as últimas providências dos Jogos para que tudo ocorra da melhor forma possível. Na equipe organizadora estão quatro professores de Educação Física que compõem o corpo técnico dos Jogos no Campus Calama: Juarez Neves, Olakson Pinto Pedrosa, Iranira Geminiano de Melo e Alyne Lourenço. Neste período de pré-JICs contarão sobre suas experiências e dedicação na área de Educação Física, bem como o incentivo para que sempre um maior número de alunos pratique os esportes oferecidos como forma de congraçamento entre eles.

Memórias

A primeira participação será com a Professora de Educação Física, Alyne Lourenço, que é Mestre em Psicologia pela Universidade Federal de Rondônia (UNIR). Ela conta um pouco de sua trajetória profissional desde que chegou ao IFRO Calama em meados do ano de 2016. De acordo com Alyne, a proposta de homenagear os povos indígenas foi uma sugestão da Professora Iranira Melo e foi acatada pelos demais professores. Cada turma escolheu um povo indígena para representar.

“Nós recebemos essa ideia com muita alegria”, diz Alyne, informando que os alunos também gostaram. Nesse sentido, as representações dos povos homenageados estarão estampadas nos uniformes das turmas. Segundo a docente, os alunos pesquisaram a história desses povos, a cosmologia, as lendas, ou seja, a mitologia de cada povo para poder representar nos uniformes, “de forma que teremos 24 povos representados”, informa.

Em todos os uniformes aparecerão imagens estilizadas, com algum elemento, imagem ou grafismo indígena, explica Alyne, informando que foi uma maneira também de levar os alunos a conhecer os povos originários, que precederam aos demais dessa terra, numa forma de respeito às origens de quem estava aqui muito antes de todos. “Então, pensamos em fazer essa aproximação de uma maneira muito natural. Não precisou ter uma aula sobre isso. É através da Educação Física também, a gente fazendo essa interdisciplinaridade com outros conhecimentos”, diz.

Alyne lembrou ainda a abertura dos Jogos no ano passado, que foi muito bonita. “Esse ano estamos pensando em como superar a do ano passado”. A ideia é trazer algumas comunidades para a abertura, a Professora Iranira tem um projeto específico com os indígenas: “esse é um marco muito interessante para os nossos jogos”, acentua. A docente diz que os jogos internos são uma oportunidade ímpar para que os alunos possam se conhecer melhor em atividades fora da sala de aula. “O JICs é um momento de participação, de convivência mais próxima com os colegas, com aqueles que nunca tiveram proximidade durante as aulas. É um momento de conhecer os colegas de outras maneiras, para que desenvolvam outras habilidades – emocionais, de convivência, sociais e sócio interativas”, observa.

Ao falar sobre a estrutura que o Campus Calama tem hoje para realizar os jogos, Alyne lembra que quando chegou ainda em 2016, as condições eram precárias e eles tinham que desenvolver as atividades no campo de futebol, o único espaço que tinha para prática esportiva. Sem estrutura necessária, adaptavam todas as modalidades, por exemplo, “handebol, dava um jeito de adaptar para proporcionar aos alunos essa vivência, para não deixar somente aula teórica, a gente ia adaptando os espaços que eram possíveis. Utilizávamos um pouco do estacionamento, o campo, um pouco da área da cantina para poder ofertar aos alunos a prática esportiva e a vivência corporal”.

Para driblar as dificuldades, Alyne diz que eles iam se adaptando. Isso, segundo ela, também ocorria em Ariquemes, de onde ela veio para o Calama. “Aqui, como não tinha quadra, a gente utilizava a estrutura do Campus Zona Norte, ou de outras escolas estaduais parceiras. Adaptava para, pelo menos, ofertar aquilo que estava ao nosso alcance”. Segundo Alyne, exceto na pandemia de covid-19, todos os anos tiveram os jogos. “Eu sou a última professora que chegou ao quadro”, diz, afirmando que no geral, o IFRO é uma instituição nova no estado e os espaços para a prática esportiva foram acontecendo aos poucos.

Hoje, a maioria dos campi têm suas quadras poliesportivas. A professora lembra que na abertura dos jogos, cada curso faz a sua entrada, de acordo com a ideia deles mesmos, com os elementos que podem representar o curso. “Cada curso usa da sua criatividade para participar. É um congraçamento, para trazer elementos que representem o curso. Tem certa rivalidade entre os cursos, que nós administramos para que seja uma coisa saudável e aí decorre toda a semana de competição”, pontua a professora.

“Hoje a gente tem essa estrutura, mesmo que ainda precise de alguns retoques, é uma alegria, porque a gente pode trabalhar de maneira mais confortável e ofertar um serviço melhor e de qualidade para com nossos alunos, aulas com mais qualidade, e os JICs vêm culminar com essas aulas de Educação Física, desse envolvimento com a prática, com o movimento corporal”, diz.

“Às vezes os alunos vêm de escolas sem estrutura nenhuma como nós também já passamos, mas aqui eles podem praticar o esporte que gostam dentre as modalidades ofertadas, então lembramos que essa estrutura é nossa, é preciso cuidar, é uma boa estrutura, onde nós podemos fazer nossa prática corporal de uma maneira confortável, sempre ficamos pontuando para os alunos, para que a gente possa cuidar desses materiais, que não é fácil conseguir, é um trabalho de toda a educação física junto com a equipe da Administração, que adquire os materiais. Eu acho que eles sentem que é um diferencial. O aluno pode praticar as modalidades esportivas, tomar banho e se alimentar na própria escola”, enfatiza.

Alyne diz que entende o JICs como um momento de confraternização onde os alunos podem interagir com outras turmas, de outros cursos, que às vezes nas atividades diárias eles não conseguem interagir. E no JICs é um momento de celebração para a gente ofertar essa interação intercalasses e intercursos. “Culmina com uma celebração das atividades da Educação Física. Por mais que tenha ali uma competição que está implícita, mas a gente entende mais como um festejo dessa nossa convivência, dessa nossa prática diária que é a aula de Educação Física”, finaliza Alyne, destacando o potencial que a equipe da área tem em trabalhar em conjunto, no complemento de saberes.

  • Abertura_dos_Jogos_em_2022
  • Arte_jogos
  • Atletas_em_2022
  • Atletas_em_2022_1
  • Jogos_em_2022
  • Professora_Alyne_Lourenço_com_atletas_em_2022
Fim do conteúdo da página
Consentimento para o uso de cookies
Este site armazena cookies em seu computador. Os cookies são usados para coletar informações sobre como você interage com nosso site e nos permite lembrar de você. Usamos essas informações para melhorar e personalizar sua experiência de navegação e para análises e métricas sobre nossos visitantes. Se você recusar, suas informações não serão rastreadas quando você visitar este site. Um único cookie será usado em seu navegador para lembrar sua preferência de não ser rastreado.