Alunos e professores do Calama levam experiências científicas e tecnológicas à comunidade ribeirinha de Nazaré
Estudantes e professores do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), Campus Porto Velho Calama, realizaram uma série de atividades na comunidade ribeirinha de Nazaré, no Baixo Madeira, nesse último fim de semana (26 a 28). As atividades fazem parte do projeto “A transversalidade da ciência e da tecnologia para a efetivação dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável”, aprovado na Chamada CNPq/MCTI nº 06/2021 e compõem a 18ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT).
Dentre as atividades realizadas constam: observação de corpos celestes, análises por microscopia, mostra de produtos tecnológicos desenvolvidos pelo Grupo de Pesquisa em Soluções Tecnológicas (GoTec), mostra de filmes, lançamento de livros e performances artísticas. Segundo a Chefe do Departamento de Pesquisa, Inovação e Pós-Graduação (Depesp/IFRO/Calama) e Coordenadora do projeto, Xênia de Castro Barbosa, “as atividades estavam programadas para acontecer em 2021, mas foi preciso adiá-las até obtermos condições sanitárias mais seguras, de modo a diminuir os riscos de contágio pelo SARS-CoV 2”.
“Sou muito grata ao professor Leonardo Leocádio pelo apoio incondicional a todas as atividades coordenadas pelo Depesp, e aos professores Marcia Mura, Iremar Ferreira e ao músico Timaia, lá de Nazaré, que nos acolheram com muito carinho, viabilizaram espaços e fizeram todo o trabalho de divulgação e mobilização dos atores sociais para participar de nosso evento. Sou muito grata aos professores do Campus Calama, que nos apoiaram no evento: Josélia, Deivis e Saulo – que viajaram conosco, Edailson, Kaio, Marcio Miranda, Hualan e Mauro Guilherme – que não puderam ir, mas nos deram todo o apoio na composição da programação e prepararam de modo magistral os alunos que nos acompanharam na viagem. Também foi fundamental o apoio do técnico de laboratório Fabrício, do Tiago Lins, do Jucélio, do Ari, da Paula Adriana e da Adryane Waleska, que não mediram esforços para nos apoiar. De igual modo, agradeço à participação dos 10 estudantes que estiveram conosco – todos estudaram muito, estavam desde o ano passado se preparando e conseguiram não só fazer apresentações excelentes de suas pesquisas e das tecnologias que dominam, como também interagir de modo ético e respeitoso com os indígenas e ribeirinhos que integram a comunidade de Nazaré”, realça a docente.
Para a aluna do Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio, Júlia Luges Cristal, “participar dessas atividades foi uma experiência singular em minha vida”. Acadêmico do curso de Engenharia de Controle e Automação, Carlos Eduardo Santos Souza compartilha da opinião de Júlia: “foi uma experiência muito relevante para a minha formação acadêmica e para ampliar meus conhecimentos sobre a cultura de Porto Velho. E foi muito bom poder apresentar as tecnologias que desenvolvemos no GoTec, especificamente o aplicativo Mais Leite e a boia de monitoramento de qualidade da água e ver o interesse da comunidade pelo nosso trabalho, ter o retorno de que o que fazemos tem relevância social, e não só relevância acadêmica”.
O estudante da Licenciatura em Física, Kenedy Daniel Calegari Furtado, destacou que “é importante que o IFRO continue a fazer projetos como esse, para proporcionar aos estudantes uma vivência mais profunda da realidade sociocultural de Rondônia, e para que a própria instituição amplie seu conhecimento sobre os arranjos produtivos e socioculturais locais, de modo a contribuir com eles”.
Conforme o Professor de Língua Portuguesa do campus, Deivis Nascimento Oliveira, “colocar um barco no Rio Madeira, cheio de alunos e equipamentos não é tarefa fácil, por isso parabenizo o Depesp do Campus Calama pela ousadia da ação, e pelo zelo que os colegas do setor tiveram em planejar cuidadosamente o evento, em cuidar de cada detalhe, para que a viagem fosse segura, que nada faltasse e os objetivos do projeto fossem cumpridos”.
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