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Estudante do Campus Calama desenvolve filtro de água alternativo e ganha intercâmbio cultural no Egito

Publicado: Terça, 30 de Agosto de 2022, 07h50 | Última atualização em Terça, 30 de Agosto de 2022, 07h51 | Acessos: 24530

Visita com estudantes do programa de diversas partes do mundo às pirâmidesUm protótipo de um filtro alternativo à base de carvão ativado feito com a semente do açaí desenvolvido por estudante do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), Campus Porto Velho Calama, ganhou reconhecimento internacional. David Henrique de Lima Oliveira, 16 anos, estuda o 2º ano do Curso Técnico em Química e participou no início deste ano do programa para bolsas do AFS Global STEM Academies, que combina aprendizado digital e presencial com estímulo ao desenvolvimento de conhecimentos sobre sustentabilidade e habilidades STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharias e Matemática).

A aprendizagem ocorre por meio de uma abordagem interativa e prática, com incentivo de competências globais como: resolução de problemas, habilidades analíticas, compreensão intercultural e inovação social. O programa é realizado com base nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ODS/ONU) e é desenvolvido com um currículo virtual e workshops de 12 semanas, realizados de forma remota.

Durante esse período, David montou o protótipo físico do filtro, contando com o apoio e orientações do Professor de Biologia e Microbiologia do Campus Calama, Edailson Alcântara Correia; da Professora de Química, Minelly Azevedo, e também dos colegas Raissa Diógenes Silva, do 2° ano Técnico em Química, e Carlos Henrique Azevedo Guimarães, do 2° ano Técnico em Eletrotécnica.

Para idealizar o filtro, David levou em consideração a importância da água potável, tendo como referência a dificuldade de acesso à água tratada e boa para consumo pelas populações, principalmente da Região Nordeste, tendo como referência a cidade de Esperantinópolis, com cerca de 17 mil habitantes, no interior do Maranhão, localidade onde viveu sua família. Ele veio para o estado de Rondônia, pouco depois de ter nascido.

 

Experiência internacional

Ao final do workshop, o protótipo do filtro foi avaliado por uma banca do Centro de Estratégia de Impacto Social da Universidade da Pensilvânia, de onde recebeu o certificado em cidadania e impacto social. Após essa fase, David contou com a colaboração do Assessor de Relações Internacionais do IFRO, Márcio Miranda, que o auxiliou no processo seletivo e com as cartas de recomendação para o intercâmbio cultural no Egito. Naquele país, o David ficou hospedado na cidade de 6th October, próxima ao Cairo.

O intercâmbio durou um mês, durante três semanas ele ficou na residência de uma família que o hospedou. Frequentou como aluno o escritório da AFS, desenvolvendo atividades de campo e fez vários passeios e visitas culturais a universidades e museus. Também foi conhecer a localidade de Manschiyat Naser, um distrito da Cidade do Cairo, cuja economia gira em torno da coleta e reciclagem de lixo.

Compondo um grupo de cinco brasileiros e três mexicanos, eles desenvolveram um projeto de Cidades Sustentáveis, baseado no ODS 11, que tem foco nas cidades. O ODS 11 busca tornar as cidades e comunidades mais inclusivas, seguras, resilientes e sustentáveis. Impactados pela comunidade coletora de resíduos, o grupo desenvolveu um projeto para uma cidade sustentável, que indicou possibilidades reais e possíveis para a coleta seletiva, implantação de ecopontos, energia limpa e renovável por meio de painéis solares ou energia eólica, horta comunitária, biodigestor, ecobricks para coleta e armazenagem, para facilitar o trabalho dos catadores. O trabalho foi apresentado em 3D para facilitar a visualização e foi criado também um site para a conscientização sobre as ideias propostas.

Quanto à experiência no Egito, David disse que pôde adquirir e passar conhecimento, mostrando um pouco da cultura brasileira e trocando informações com os amigos de outros lugares do mundo. Agora ele vai trabalhar para terminar o filtro planejado buscando parcerias para a produção, que estima não atingir um custo superior a R$50 reais. Ele também acredita estar colaborando com outros agentes de mudanças, buscando meios de vida melhor. Além de trabalhar no filtro, David está fazendo palestras abertas ao público estudantil, mostrando as possibilidades para que outros amigos possam vivê-la. Pretende estudar Medicina e conta que sempre idealizou oferecer algo melhor para a sua família. Por isso, logo cedo criou um mural de vida extraordinária para anotar suas ideias e torná-las realizáveis. David também participa como Coordenador de Desenvolvimento do Grêmio Estudantil Aruana, do Campus Calama.

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