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Participantes elogiam abordagem de curso que capacita o atendimento de crianças autistas em Porto Velho

Publicado: Terça, 02 de Março de 2021, 17h02 | Última atualização em Terça, 02 de Março de 2021, 17h04 | Acessos: 32649

Campus Calama Curso 1

Participantes do Curso de Agente em Inclusão Educacional, voltado à capacitação de profissionais que atuam com crianças e jovens com Transtorno do Espectro Autista (TEA), elogiaram a dinâmica do curso que vem sendo ministrado no Campus Porto Velho Calama, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Estado de Rondônia (IFRO) desde o dia 17 de fevereiro.

O número de inscrições superou a expectativa dos organizadores, tendo alcançado 297 pessoas, conforme avalia a Professora Roselaine Luzitana Fracalossi Kokkonen, idealizadora do projeto. Segundo ela, houve interesse de pessoas dos estados do Paraná, Rio Grande do Sul, Bahia, São Paulo e da Paraíba; e de cidades do interior de Rondônia, como Nova Brasilândia, Cacoal, Cujubim, Ariquemes, Alta Floresta, Ji-Paraná e outras mais, sendo possível inscrever pessoas de várias localidades devido ao modelo de oferta a distância.

A Professora Roselaine atua na rede estadual de educação e também na Associação de Amigos do Autista (AMA), entidade que atende crianças com esse tipo de transtorno, em Porto Velho. Ela diz que o curso é o produto pedagógico resultante de seu projeto de pesquisa no Mestrado em Educação Profissional e Tecnológica (ProfEPT), quando convidou a Professora Xênia Barbosa para orientá-la e juntas elaboraram o projeto “A Prática Pedagógica Inclusiva no Processo de Ensino-Aprendizagem de Alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA)”, que tinha como objetivo investigar as estratégias de inclusão educacional de estudantes autistas na unidade educacional do IFRO Campus Porto Velho Calama, da Secretaria de Estado da Educação (Seduc) e da AMA.

Durante a pesquisa, informa a professora, foram levantados e analisados  “[...] os instrumentais de atendimento especializados utilizados em relação aos estudantes autistas, como adaptações curriculares, metodológicas e pedagógicas; planos educacionais individualizados e relatórios de acompanhamento do desenvolvimento do educando”. A pesquisa e o estudo teórico mostraram, segundo ela, a necessidade da capacitação para a inclusão desse público superar a sala de aula e atender uma comunidade maior, incluindo familiares e demais profissionais de educação, cuidadores e estudantes interessados no tema.

Assim, o curso inicialmente foi programado para oferecer 30 vagas, em formato a distância, com 160 horas de duração, com contato frequente e com acompanhamento por meio de um grupo de WhatsApp e das aulas on-line, com previsão de seguir até o mês de abril.  “A equipe é formada pelos professores voluntários do IFRO Calama, Kaio Alexandre da Silva, Xênia de Castro Barbosa, Simone Santos, David Mourão Lopes, Lívia Catarina Matoso dos Santos, Verônica dos Santos G. Benito, Silvia Regina Thomaz Da Silva, Julieth Costa Magno e eu”, informa Roselaine, agradecendo a colaboração dos voluntários por terem acreditado na execução do projeto.

A professora informa que a avaliação final servirá para o aprimoramento do curso que poderá vir a ser reaplicado futuramente em novas etapas, caso seja de interesse da instituição. O plano pedagógico foi estruturado em três eixos visando à formação humana integral e específica, pois propiciará ao aluno uma qualificação laboral que relaciona currículo, trabalho e sociedade com disciplinas relacionadas às áreas de conhecimento geral; caracterização do transtorno do espectro autista (TEA) e legislação; disciplinas referentes à Inclusão Escolar e à prática de sala de aula com alunos com TEA.

 Para a Professora Xênia de Castro Barbosa, a experiência mostra que professores e pesquisadores podem se incursionar por áreas que atendam a demandas e lacunas profissionais existentes na sociedade rondoniense. Ela destaca a relevância da pesquisa por ampliar as possibilidades de inclusão desse segmento, a partir da capacitação de pais, cuidadores, professores e outros profissionais: “Alegra-me muito coordenar esse curso porque ele demonstra o compromisso do IFRO na ampliação da cidadania das pessoas com TEA”, enfatiza.

 “[...] O curso vai acrescentar no meu currículo e ajudar na minha prática, pois sou professora do ensino fundamental e sempre tenho algum aluno autista. Agora mesmo, o desafio maior é como trabalhar com esse aluno de maneira remota. O curso tem superado as minhas expectativas”, disse Luciana Nunes de Souza Gusmão, professora do Município de Porto Velho, afirmando ainda que “[...] os profissionais são maravilhosos, além de serem capacitados. É diferenciado o trabalho, pois nós estamos vendo não só a teoria como a prática, as melhores sugestões de como trabalhar com um aluno especial, as tecnologias que podem nos ajudar e até a parte da alimentação e nutrição desses alunos, coisa a meu ver inédita. Só tenho elogios. As lives sempre abordam temas bacanas e são bem leves”, diz.

A Psicóloga Edeilânia Lisboa, que cursa Técnico em Administração pelo IFRO, também se inscreveu e diz que está sendo muito bom abordar muitos conceitos sobre o TEA. Para ela, a experiência de muitos profissionais e pais é de suma importância e o “[...] curso serve para que eu saiba para onde encaminhar os pacientes com TEA e quais as áreas corretas que atuam com esses pacientes. É uma quebra de tabu que as pessoas criam em torno da criança ou adolescente autista. Acredito que vou sair muito mais experiente na área e vou saber lidar melhor com os pacientes compreendendo suas necessidades”, pontua.

Vandeci Dias de Santana Faval, que também é professora do IFRO Calama, disse que se inscreveu assim que soube do curso, “[...] pois dificilmente encontram-se cursos nessa área e, como professora, necessito de mais conhecimentos para trabalhar com os alunos com TEA. Espero que surjam novas oportunidades para que outras pessoas possam se beneficiar desse conhecimento que até então é pouco divulgado. Pretendo aplicar esses conhecimentos em sala e também repassar aos meus colegas de trabalho. Outro fator que me fez abraçar esse curso é o fato de minha filha ser acometida de síndrome de Ret, com muitas características do TEA”, informou Vandeci.

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