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Escola Conselheiro Samuel Mac Dowell, de Pernambuco, participa do V Simpósio PDA organizado pelo Campus Cacoal

Publicado: Sexta, 16 de Agosto de 2024, 13h54 | Última atualização em Sexta, 16 de Agosto de 2024, 13h54 | Acessos: 253

PDA ParceriasO Simpósio do Grupo de Pesquisa Práticas Discursivas na Amazônia (PDA) do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO) desenvolveu projeto com alunos do 2º ano do Ensino Médio da EREFEM Conselheiro Samuel Mac Dowell, de Pernambuco. Eles participaram de projeto promovido em parceria com o grupo de pesquisa sediado no Campus Cacoal, que realiza em 2024 seu V Simpósio. O evento conta ainda com parcerias com o Grupo de Pesquisas Linguísticas Descritivas, Teóricas e Aplicadas (GP Lin-UNIFAL/MG), o Grupo de Pesquisa Discurso, Sujeito e Sociedade (GP DSS-UNICAP/PE), o Programa de Pós-Graduação em Gestão de Agronegócios e Sustentabilidade (PPGAgro, UNIR/RO), a Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz, Porto Velho/RO) e o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA, Amazonas/AM).

A ação na escola pernambucana ocorre por meio do projeto interdisciplinar intitulado “Aspectos históricos das comunidades quilombolas de Catucá e Zumbi dos Palmares”, coordenado pela Professora Marcia Antônia de Souza Carvalho. No projeto, foi relacionado o aporte teórico com aspectos do cotidiano dessas comunidades, entre as aulas na escola dos componentes de Língua Portuguesa e Geografia, com a visitação a locais pertinentes ao projeto, como por exemplo o Museu da Abolição no Recife (PE), com a finalidade de estimular o conhecimento e a compreensão dos alunos, de outras subjetividades em suas relações históricas, sociais e culturais.

A literatura sobre o processo de escravidão no Brasil ao longo dos anos tratou de contar e recontar seus aspectos históricos, mas esses escritos foram adquirindo o sentido que o pensamento histórico, a cada época, delineava sobre o que era ser escravo em terras brasileiras. Voltando a esses aspectos teóricos, a docente relembra que a historiografia da América priorizou temas como o descobrimento, a conquista e a colonização, se estabelecendo na história brasileira a noção de descobrimento, desprovida de uma consciência reflexiva em torno da aculturação e violência simbólica imposta pelo colonizador português aos povos africanos aqui escravizados. E ao longo da história os textos produzidos muito evidenciaram sobre a violência física aos escravos, sem grandes considerações à violação maior, numa tentativa do apagamento da Cosmogonia Africana, dado que esse povo foi impedido de se manifestar em sua natureza humana abarcada pelo seu repertório cultural, religioso e social.

“Foi trazido para sala de aula o tema aqui proposto com a intenção de refletir e dialogar sobre as nuances relacionadas à história, numa relação com os aspectos da linguagem e da geografia acerca das comunidades quilombolas, possibilitando a ampliação e a construção de um conhecimento comprometido com o reconhecimento da diversidade humana coletiva e individual, respeitando as singularidades de saberes e culturas”, finalizou a Professora Marcia.

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