Instituto Federal de Rondônia

IFRO Campus Cacoal lança documentário sobre projeto de música

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), Campus Cacoal, lançou um documentário em uma plataforma digital sobre o resultado do projeto de pesquisa em música, vinculado ao Edital 14/2019 da Pró-Reitoria de Pesquisa, Inovação e Pós-Graduação (Propesp/IFRO), com o tema: “A prática da composição musical pela manipulação de amostras sonoras para performances com uso do Ableton Live”.

A temática principal da pesquisa é inspirada nos estudos de Pierre Schaeffer, compositor francês considerado um dos percursores da música concreta. O grupo intitulou o trabalho como “Projeto KM 228”, fazendo referência a localização do campus. Veja a obra audiovisual em: https://www.youtube.com/watch?v=vUdMuLSZXzo.

Conforme explica o coordenador do projeto, o professor de Música Afonso Felipe Romagna “[...] é interessante desenvolver a nossa escuta para todo o universo sonoro que nos rodeia. Considerando a acessibilidade dos aparatos tecnológicos que temos nos dias atuais, essas amostras se transformam em música por um método diferente de criação. Esse é objetivo principal, estimular a criatividade, foco total no processo criativo e nas possibilidades de expressão artística dos envolvidos. No nosso projeto tivemos duas alunas do ensino médio, Ana Júlia e Isabella Nunes, ambas do curso de Informática. Elas foram incríveis”.

Para a aluna Ana Júlia de Almeida Gomes, o projeto a fez perceber que a música está disposta nas pequenas coisas cotidianas. “Ver o mundo com um olhar mais artístico, sempre procurando mais sons interessantes e maneiras criativas de modificá-los para criar música”, destaca, dizendo ainda que acredita que “[...] o propósito do projeto sempre foi a experimentação, falar do processo da interação entre homem e máquina durante a transformação de sons acústicos em música é falar de experiência. É interessante olhar por essa perspectiva, porque esse projeto acabou representando tudo o que a vida e a arte são para mim: experiências. Tentar algo novo, sair da caixinha, isso não é fácil. Transformar sons aleatórios em música não é fácil. Gosto de lembrar da etapa de captação sonora que nós captávamos os sons mais aleatórios e mandávamos para os outros colegas do projeto adivinharem o que era. Foi um processo muito gostoso ter que olhar para todo o ambiente ao meu redor de maneira diferente e realmente ouvir os sons à minha volta”.

Isabella de Oliveira Nunes, também bolsista do projeto, compartilha da mesma ideia. “O objetivo principal do projeto sempre foi claro: composição musical utilizando sons do dia a dia, mas a realidade é que, para mim, foi muito além disso. A relação homem máquina está cada vez mais intensa e, em um futuro não muito distante, passará a ser mais facilmente aplicada. É claro que na música não seria diferente. Desde a etapa de captação sonora que fizemos antes da pandemia até o resultado final, muitas coisas em minha perspectiva musical sofreram uma metamorfose inesperada. Eu percebi que compor dessa forma é muito mais libertador do que o tradicional. Você até mesmo passa a olhar o mundo ao seu redor de forma diferente, com um olhar mais artístico, mais profundo, mais intenso. Talvez seja assim que deveria ser, uma vez que nessa pandemia ficou mais claro que as pessoas não conseguem viver sem música por muito tempo. Mas se nós mesmos podemos fazê-la com o que está ao nosso alcance, com certeza é mais prazeroso”, comenta.

Como resultado, além do vídeo documentário, foi criado um website que pode ser acessado neste link AQUI.  Há ainda um perfil na rede social SoundCloud, com as composições, disponibilizado no neste link AQUI.