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Campus Zona Norte realiza Oficina de Contação de Histórias no colégio Raimundo Agostinho da Silva

Publicado: Terça, 25 de Outubro de 2022, 11h21 | Última atualização em Terça, 25 de Outubro de 2022, 11h53 | Acessos: 134459

 25 10ZN BibliotecaUma Oficina de Contação de Histórias foi realizada pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), Campus Porto Velho Zona Norte, no dia 19 de outubro. A oficina é uma ação do Projeto de Extensão “Biblioteca Escolar: lugar de ação cultural e incentivo à leitura”. Desenvolvido na Escola Municipal de Ensino Fundamental Raimundo Agostinho da Silva, participaram professores, equipe pedagógica e a gestora da escola. As ministrantes das oficinas foram Selma Tavares Lima (Contadora de Histórias e acadêmica de Pedagogia da Universidade Federal de Rondônia/UNIR) e Monise Adriana Buzo Velho (Mestra em Estudos Literários).

Selma Tavares relembra um pensamento de Paulo Freire de que “a educação é uma obra de arte. É nesse sentido que o educador é também artista: ele refaz o mundo, ele redesenha o mundo, repinta o mundo, recanta o mundo, redança o mundo”. Segundo ela, “é navegando por essas águas do conhecimento que cito essa fonte genuinamente brasileira, pedagógica e freiriana para contextualizar o que os olhos veem e o corpo vivencia durante a prática de uma Contação de História Brincante no planejamento direcionado à docência”.

A ministrante diz que “contar e ouvir histórias é também uma forma de se expressar através do brincar e quando compreendemos que esse brincar pode estar presente desde a narrativa de uma história a uma cantiga de roda, um trava-língua, uma dança, uma quadrinha ou um trabalho manual, podemos ampliar nossa percepção para receber essa prática como uma potente ferramenta capaz de proporcionar novas possibilidades de planejar um conteúdo mais interativo e estimulante para o aluno, favorecendo muitas outras experiências significativas nesse processo de promover a formação de novos leitores e acessar os territórios motivacionais que podem dar continuidade a essa prática de leitura”.

Outro pensamento vem do educador e escritor Rubem Alves Educar, de que “mostrar a vida a quem ainda não a viu: ‘Veja!’ e, ao falar, aponta. O aluno olha na direção apontada e vê o que nunca viu. Seu mundo se expande. Ele fica mais rico interiormente… E, ficando mais rico interiormente, ele pode sentir mais alegria – que é a razão pela qual vivemos”.

“É pelo brincar que propomos experiências significativas que têm como fio condutor a contação de Histórias, narrativas que podem estimular o desenvolvimento da criatividade, instigar a imaginação e o encantamento pela literatura, inspirando novos leitores pela prática do brincar ao ouvir e contar histórias, é se ‘reencantando’ que podemos nos motivar a buscar novos caminhos que possibilitem despertar o artista que mora dentro de cada docente”, conclui Selma.

Contação de História Brincante

Com a ideia de que contar e ouvir histórias também é uma forma de brincar, foi realizada a oficina. Segundo os organizadores, é pelo brincar que são propostas experiências significativas que têm como fio condutor a contação de histórias. As narrativas estimulam o desenvolvimento da criatividade, instigam a imaginação e o encantamento pela literatura oral que podem inspirar novos leitores pela prática do brincar ao ouvir e contar histórias. O projeto contou com a participação de duas alunas bolsistas do curso de Pedagogia (Gislaine de Oliveira e Everlândia Lopes da Rocha) e com a participação de forma voluntária das alunas de outros cursos do Campus Porto Velho Zona Norte (Redes, Gestão Pública na Modalidade Ead e Gestão Comercial): Yara Lopes Melo, Francineide Vieira Fideles, Maria Betania de Freitas Batista e Raiane Alves Velasque Hurtado.

A história trabalhada foi “Germinação”, de autoria da ministrante, Selma Tavares. Na história, a palavra ainda recebe um ritmo direcionado por instrumentos musicais; cantigas de roda e cantos de trabalho; e dança circular. Entre os materiais utilizados na oficina, estavam: pigmentos naturais (como açaí, açafrão, canela, café, espinafre, urucum e uva); pano algodão cru; água; pincéis tamanhos variados; potes de bambu; e fitas de cetim coloridas em varetas de gravetos.

Após a contação da história, os participantes desenharam elementos da contação de histórias que chamaram sua atenção utilizando materiais naturais em um pedaço de tecido. Os desenhos foram expostos no final da atividade e foi mencionada a importância de trabalhar com os alunos nos momentos de contação de histórias aspectos regionais.

A Coordenadora do projeto, Célia Reis, destaca que “a oficina foi muito importante para despertar nos professores, equipe gestora e pedagógica a importância de desenvolver atividades de leitura na escolar e principalmente de trabalhar a diversidade da nossa região, pois Selma trouxe um olhar sobre a Amazônia e como é importante trabalhar esses aspectos com os alunos das séries iniciais (1º ao 5º ano) do ensino fundamental”.

As participantes contam um pouco sobre a experiência durante a atividade. “Foi incrível, a partir da contação de histórias percebi de como a imaginação e a criatividade estão conectadas e com toda certeza irá contribuir muito com minha prática e incentivo à leitura em minha sala de aula”, diz a professora da escola visitada, Sirlene Serafim Rodrigues.

E para a Diretora Diany Stein Schneider, “a escola Raimundo Agostinho da Silva foi contemplada com um incrível projeto de extensão voltado para o incentivo à leitura  e está sendo de grande valia para os professores desta comunidade escolar. No dia 19 de outubro, a pauta foi ‘Contação de História’ e as professoras que atuaram nesta oficina ‘arrasaram’”. Ainda segundo a gestora: “sabemos da importância da leitura para as crianças, mas a contação nos coloca dentro da história como se estivéssemos de fato presentes quando os fatos ocorreram. A entonação da voz, os recursos audiovisuais, como tambores, apitos, chocalhos e pios de passarinho usados pela contadora nos fez entender que os recursos transmitem maior estímulo e interesse pela história”. 

Ela continua: “como num sonho, a Contação nos estimula a viver o momento, a imaginar e falar, levantar questionamentos, se pôr no lugar dos personagens, enfim, viajar no mundo da imaginação. Se para nós, professores, essa oficina foi incrível, muito mais será para as crianças que serão contempladas pelas ações dos professores em sala de aula”.

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