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 “Ensinar na incerteza”: Projeto do Campus Porto Velho Zona Norte realiza ações para o enfrentamento dos impactos da pandemia de covid-19 na Educação Escolar

Publicado: Sexta, 21 de Agosto de 2020, 17h24 | Última atualização em Sexta, 21 de Agosto de 2020, 17h28 | Acessos: 22740

DórisEm tempos de pandemia, um projeto do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), Campus Porto Velho Zona Norte, com o tema “Ensinar incerteza: Inovação e reexistência pedagógica no enfrentamento dos impactos da pandemia de covid-19 na Educação Escolar”, foi institucionalizado por meio do Edital 7/2020 das Pró-Reitorias de Extensão e de Pesquisa (PROEX e PROPESP) do IFRO, vinculado ao Grupo de Pesquisa em Educação, Filosofia e Tecnologias (GET/IFRO).

Entre as ações realizadas estavam lives transmitidas no Google Meet, disponibilizadas ou transmitidas ao vivo pelo canal do Projeto no Youtube para contação de histórias, palestras e rodas de conversa, entre os dias 02 de maio e 11 de agosto. Segundo a Professora da área de Pedagogia do IFRO que coordenou o projeto, Rosa Martins Costa Pereira, as ações contemplaram dois grupos: contribuir com assessoramento pedagógico e reorganização curricular de professores e escolas; e manter o vínculo de crianças com a leitura, a ludicidade e a interação social on-line.

No dia 15 de maio de 2020, um debate reuniu profissionais em torno do tema Currículo e Diretrizes nacionais/estaduais para reorganização das Atividades Pedagógicas em tempos de pandemia. Na live estavam presentes a Diretora de Desenvolvimento do Ensino da Pró-Reitoria de Ensino (PROEN/IFRO), Elizangélica Fernandes da Silva, e a representante da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), Francelena Santos Arruda, e do Conselho Estadual de Educação (CEE), Agenor Fernandes de Souza. E o último encontro formativo e aberto ao público ocorreu no dia 11 de agosto, intitulado Metodologias Ativas na Educação Remota.

Já as contações de histórias iniciadas no dia 2 de maio contaram no primeiro dia com a participação da escritora Claudenice Luna, com o livro “Luna - A menina que conseguiu superar o Bullying”. Na sequência, foram contados os livros “Minha mãe é negra sim!” de Patrícia Santana; “Eu sou Macuxi e outras histórias” de Julie Dorrico; “JB Hop: O Jacaré é Artista” de Carlos Alberto Bosquê; “Encantos do Rio Madeira Histórias Ribeirinhas” de Nair Gurgel do Amaral; “Ratinho Lambuza” Org. F. M. Pipas; J. Paulo; “Tchau” de Lygia Bojunga; “Menina Bonita do Laço de Fita” de Ana Maria Machado; “O cabelo de Lelê” de Valéria Belém; e a história organizada por servidores do IFRO Carlos Alberto Bosquê, Elaine Márcia Souza Rosa e Janaina Leite denominada “A Cigarra e a Formiga versus o Vírus: Fábula Customizada”.

 

Aprendizados na prática

No depoimento da acadêmica do quinto período do Curso de Pedagogia EaD, Gislaine Gera de Almeida, foi uma grande experiência participar do projeto.  “Mostrou como podemos nos relacionar com outras pessoas mesmo a distância, neste período de pandemia, que tivemos que nos isolar totalmente. Foi possível nos relacionar com outros colegas, alguns já conhecidos e outros nos foi oportunizado conhecer”. Outro ponto positivo foi que as crianças puderam ter uma atividade diferente das escolares: “Eles puderam ver a Literatura Infantil de uma forma diferenciada, tanto na contação de histórias quanto na abordagem dos temas, que retratou muito a nossa localidade. Fiquei encantada com as apresentações. Tenho agradecer muito à equipe do IFRO que generosamente contribuiu muito para meu crescimento”.

Entre os aprendizados que Gislaine cita estão a participação nas lives e o incentivo para que conseguisse apresentá-las, quando pôde vencer a timidez e conseguir transmitir sua opinião e considerações. “Isso foi possível pelos temas também abordados pela equipe, que a todo o momento sempre buscou trazer a preocupação com a diversidade de temas referentes ao preconceito e sobre a nossa diversidade”.

Também do Curso de Pedagogia EaD no Campus Porto Velho Zona Norte/Universidade Aberta do Brasil, Dóris Gomes Barbosa, diz: “Sei que escolher essa profissão de educador tem muitos desafios e muitos deles estão apenas começando. Porém essa experiência se torna gratificante quando nós podemos deixar nossa marca. E participando do Projeto Ensinar na Incerteza, eu tive a rica oportunidade de semear, colher e renovar sonhos, não apenas meus. Seguindo as recomendações de distanciamento social, todos os alunos estão tendo suas aulas e atividades remotas. E para mim está sendo uma honra participar de mais uma fase na vida desses pequenos”.

Doris fez a contação do livro “Menina Bonita do Laço de Fita” e foi “Tia Dodó”: “Em nossa docência vamos levando histórias para contar. Em cada lugar deixamos marcas indenitárias. Em cada um dos alunos, essa marca poderá acompanhá-los por toda a vida. Essas poucas, mas significativas mudanças é que direcionam e geram as metodologias de educação que vão dando mais sentido à vida das pessoas envolvidas. Fico muito emocionada e agradecida em ser reconhecida pelos alunos. Essa experiência me despertou para o fato de que podemos sim educar com arte, música e imaginação, transformando não só a nos mesmo, mas também o outro e o mundo”.

Na avaliação da Acadêmica Geane Oliveira Campos, entre os aprendizados obtidos está a ação conjunta com os demais colegas de curso. “Confesso que o caminho para o aprendizado não é fácil; mas quando você vê o objetivo alcançado é gratificante. O importante é a soma de tudo isso, interação com as pessoas de longe, pessoas que você conhece no decorrer do projeto, trabalho em equipe. Os professores deram sua contribuição para o sucesso do projeto. Nossa coordenadora Rosa Martins sempre esteve à frente para orientar os acadêmicos com mais conhecimentos. Então, foi um aprendizado que mesmo de longe fez a diferença”.

A servidora do Campus Porto Velho Calama, Elaine Marcia Souza Rosa, conta que participar do projeto foi maravilhoso e uma honra. “Sempre fui a ‘tia contadeira de histórias’, mas nunca havia contado histórias assim, foi uma experiência nova. Aprendi que o céu é o limite e que as possibilidades estão aí para serem descobertas. O bom de tudo isso é constatar que mesmo em tempos de adversidades, como este em que estamos vivendo, é possível estreitar os laços e descobrir ou redescobrir novas maneiras de fazer o que amamos, como contar histórias. Com este projeto, por exemplo, estreitei os laços com amigos, adquiri novos amigos e descobrimos, juntos, inspirações para novos projetos que já estão em andamento. Gratidão é tudo que sinto neste momento”.

Segundo o Professor de Artes do Campus Ji-Paraná, Carlos Alberto Bosquê, “adorei participar do projeto, ver e ouvir a alegria de pais, filhos e educadores. Experiência muito boa quando notamos que ser protagonista de ações na internet nos faz também responsáveis pelo papel que temos de interação com filhos, alunos e colegas. O projeto possibilitou conhecer profissionais maravilhosos, ampliar sonhos e imaginar que foi só um grão de areia num número incrível ilimitado de possibilidades criativas, parabéns a toda equipe. Num período de tensão na pandemia, onde estamos confinados e tomando cuidados, este projeto veio de forma especial atender à expectativa de mostrar histórias boas, potencializar crianças que pude perceber também serem contadoras de histórias, fiquei muito encantado”.

A Mestranda em Estudos Literários da Universidade Federal de Rondônia, Patrícia Pereira, mostra que “participar do projeto foi experiência pluriversa de trocas de saberes. Também um exercício de pensar sobre como dizemos que vivemos uma era tecnológica, mas nem todo mundo tem acesso à tecnologia. A pandemia escancarou mais ainda as desigualdades educacionais nas comunidades escolares. O projeto buscar trazer um respiro em meio a incerteza para alunos e professores de Rondônia. A contação de história nos possibilitou tardes leves de sábado ouvindo estórias com a crianças”.

Conforme a servidora do Campus Porto Velho Zona Norte, Janaina Kelly Leite, “os meses de envolvimento com o projeto ‘Ensinar na Incerteza’ abriu meus olhos para algumas potencialidades que posso já possuir e ampliar: aprendi a mediar lives, trabalhar com o programa Canva (confeccionando convites), contar estórias e, escrevê-las. As tardes de sábado tornaram-se tardes de (re)encontros e de muito aprendizado”.

Janaína faz um resumo sobre as tardes de contação de história: “Tivemos obras grandiosas sendo contadas: falamos e escutamos as falas sobre preconceitos, bullying, memórias de infância indígena, falamos sobre o quanto é importante que crianças com potenciais artísticos sejam incentivadas e encorajadas, falamos sobre censura, sobre as encantadoras histórias ribeirinhas. No último encontro, Carlos Bosquê, Elaine Márcia e eu trouxemos uma estória autoral e formamos um trio com proposta de escrita de livros infantis e juvenis com cenários amazônicos e pantaneiros. Como resumo da opera, foi uma felicidade em meio ao momento trágico. Foi uma união de pessoas dispostas a se unirem em ato de resistência a algo sedutor: cruzar os braços”.

Fizeram ainda parte da equipe de colaboração do projeto: Cássio Pereira Silva Cavalheiro, Efraim da Silva Borba e Rosália Aparecida da Silva.

O projeto foi concluído com a palestra “Metodologias ativas na Educação remota”, ministrada pela Dra. Andrea Filatro, transmitida ao vivo pelo Google Meet, Even 3 e canal do projeto no Youtube. A palestra contou com mais de 700 inscritos e mais de 1,4 mil visualizações no Youtube apenas no momento da transmissão.

“Em momentos de crise temos opção de nos render ao medo que nos imobiliza ou de enfrentá-lo com medo mesmo, ensinando e aprendendo que a vida continua, continuará e que podemos não apenas suportar, mas crescer”, conclui Professora Rosa Martins.

Para conhecer as lives e as contações de história, acesse AQUI.

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