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Comunidades Fortes conclui curso em território indígena e apresenta projeto arquitetônico para o arranjo produtivo da farinha de mandioca

Publicado: Quarta, 08 de Janeiro de 2025, 10h05 | Última atualização em Quarta, 15 de Janeiro de 2025, 11h01 | Acessos: 240

Comunidades Fortes 5Foi concluído o curso de Informática Básica para Povos e Comunidades Tradicionais, promovido pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO). O encerramento ocorreu no dia 14 de dezembro. A formação ocorreu na comunidade indígena da linha 26, Território Indígena Igarapé Lage. O curso, ministrado pela docente da área de Informática do IFRO Campus Guajará Mirim, Geane Tavares, é uma ação do Projeto Comunidades Fortes.

Seguindo a tônica do Comunidades Fortes, a dinâmica do curso esteve pautada na relação com a cultura dos Povos e Comunidades Tradicionais. A oferta ocorreu na modalidade presencial, com metodologias que incluíram teoria e prática, para que os cursistas desenvolvessem o aprendizado de forma concomitante, tencionando a formação humana e social.

Fruto de uma demanda identificada pela própria comunidade, o curso capacitou os indígenas em operações básicas de informática, contribuindo para o fortalecimento dos circuitos espaciais de produção. Os cursistas certificados são membros da comunidade, indicados por suas lideranças. A formação buscou fornecer habilidades práticas, como o uso de sistemas operacionais, criação e gestão de arquivos, e navegação segura na internet, visando facilitar a inserção dos indígenas no contexto digital.

Para a Professora Geane Tavares, “os indígenas foram muito participativos e interativos em todas as aulas e a comunicação se deu de forma fluídica, trocando informações entre as línguas e conectando o curso às suas realidades cotidianas. Ao iniciar as aulas, foi feito o processo de identificação de saberes e compreensões dos cursistas sobre o computador e suas noções sobre informática. Eles se mostraram conhecedores de alguns termos e práticas em analogia ao uso de dispositivos de smartphones, muito comum na aldeia, com acesso da maioria, tendo um certo nível de conhecimento em navegação de aplicativos, manipulação de arquivos e navegação na internet. Sendo assim, foi realizado o nivelamento do conhecimento dos mesmos quanto à organização do computador. As aulas foram trabalhadas realizando práticas que contemplavam necessidades apresentadas pelos cursistas para uso em seu dia a dia. Considero que todo o processo foi muito gratificante e rico em aprendizagem e saberes culturais para ambos os lados”.

O Curso de Informática Básica para Povos e Comunidades Tradicionais foi oferecido pelo IFRO Campus Vilhena, alinhado com a missão do IFRO de promover educação profissional, científica e tecnológica de excelência, integrando ensino, pesquisa e extensão. No contexto das comunidades indígenas, o aprendizado da informática representou uma ferramenta crucial para fortalecer os processos produtivos locais, potencializando o desenvolvimento social e econômico da comunidade.

Conforme relatou o Cacique Valderino Aruak, “o curso agregou saberes da informática aos nossos saberes e nós estávamos precisando desse curso porque com ele podemos melhorar a exposição dos nossos produtos na internet e também podemos controlar melhor o nosso processo produtivo. Outro ponto que quero destacar é o compromisso e a compreensão da Professora Geane conosco. Ela é nota 10”.

 

Farinha de mandioca

O objetivo final é promover a inclusão digital nas aldeias indígenas, fortalecendo suas capacidades tecnológicas e proporcionando uma formação básica em informática, o que contribuirá para seu desenvolvimento reflexivo e crítico. A ação foi complementada com a apresentação do projeto arquitetônico da casa de farinha, elaborado por Jackeline Martins de Lima, Vanessa Oliveira de Almeida e Denilson Macurapi Tupari, acadêmicos de Arquitetura e Urbanismo no Campus Vilhena, sob a orientação e supervisão da Professora Áurea Dayse Cosmo da Silva.

Projeto Comunidades Fortes

O projeto da Casa de Farinha foi desenvolvido de maneira conjunta, integrando os saberes acadêmicos com os saberes tradicionais, já que os moradores da aldeia foram consultados em todo o processo. O objetivo é fortalecer o circuito produtivo desses produtos nas comunidades envolvidas. A iniciativa busca melhorar a qualidade e a eficiência dos processos produtivos, promovendo o desenvolvimento econômico local. Ao focar na otimização da produção, o projeto visa gerar impactos positivos e duradouros, demonstrando como a colaboração e o uso dos recursos locais podem transformar realidades e impulsionar o crescimento das comunidades.

Novamente, o Cacique Valderino Aruak comentou positivamente mais essa entrega. Para ele, “o projeto da casa de farinha é perfeito e, com certeza, irá melhorar a produção da nossa farinha”. E completa que o projeto e o desenho ficaram ótimos: “eu agradeço o Comunidades Fortes e agradeço muito especialmente a Jackeline e a Vanessa que vieram de tão longe trazer o projeto da casa de farinha para nós. As ações do Comunidades Fortes visam melhorar os circuitos produtivos em sete comunidades tradicionais e, com isso, manter a floresta em pé”.

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