Campus Vilhena faz parceira com a polícia técnico-científica
Representantes do IFRO (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia), Campus Vilhena, estiveram na Polícia Técnico-Científica (Politec), no dia 12 de junho. A visita serviu para acompanhar o andamento do estágio de seis alunos do campus, sendo quatro do Curso Superior em Análise e Desenvolvimento de Sistemas (ADS), um do Curso Técnico em Eletromecânica e um do Técnico em Edificações.
Na oportunidade os peritos relataram que a Politec foi criada em Rondônia em 2015, em Vilhena são 11 servidores que atendem aos sete municípios do Cone Sul do Estado, numa área aproximada de 32 mil km². “Atendemos requisições das autoridades policiais, delegados, juízes e eventualmente do Ministério Público, mas como somos chamados de perícia oficial, que age de ofício, em alguns casos, como por exemplo acidentes de trânsito com vítima, a própria Polícia Militar aciona o nosso trabalho”, diz o coordenador da unidade, João Gilmar de Souza.
Pela parceria estabelecida entre as duas instituições, na área de Eletromecânica, o estagiário tem auxiliado na identificação de veículos, a exemplo de quando chega um veículo que reprovou em vistoria e é necessário descobrir se houve adulteração ou não. Já para Edificações a contribuição que mais tem ganhado destaque é a criação de croquis em 3D, com animação de cenas de crimes, que segundo os peritos tem facilitado o trabalho. Já os quatro estagiários de ADS estão auxiliando os peritos na parte dos exames de informática, principalmente de smartphones, quebrando os sistemas de bloqueios e até mesmo criptografia para extrair informações, visando recuperar dados apagados, descobrir e relacionar informações entre si. Eles ainda auxiliam com desenvolvimento de sistemas para dar suporte às perícias.
Franklin da Cruz Barros é perito e relata que os estagiários atuam apenas nos escritórios, não saindo a campo. Entre os trabalhos da Politec está a realização de perícias criminais em várias áreas, como meio ambiente (que envolve primordialmente os exames dos locais que sofrem degradações, como incêndios em vegetações, poluição e desmatamentos), acidentes de tráfego (aqueles que têm vítimas, visando explicar o que aconteceu e quem deu causa), e crimes contra o patrimônio (quando furtam casas e empresas). Há atuação ainda nos casos de crimes contra a vida (para descobrir o que aconteceu e a autoria), realiza balística (que é descobrir se um projétil foi disparado por determinada arma), e na seção de documentos visa trabalhar com autenticidade de documentos em geral. Outras atividades desenvolvidas na Politec são os exames de DNA, a assistência de fonética forense, que realiza comparação de voz, e o laboratório de química, que fica em Porto Velho e visa detectar substâncias.
Ainda segundo o perito Franklin, como a Politec atua em muitas áreas de conhecimento, os estudantes do IFRO têm se saído muito bem e contribuído com o órgão ao mesmo tempo que aprendem. Maria Eduarda da Costa Amorim conta que a experiência está sendo incrível, “o lugar me permite usar os conhecimentos adquiridos em sala de aula sobre edificações para outros setores, não só em engenharia e arquitetura, mas também na perícia criminal, representado acidentes tanto em 2D, como em 3D, e com ferramentas de animação mostrando como o acidente aconteceu, usando somente o que aprendi em sala de aula. Para mim, este estágio mostra as possibilidades que eu, como técnica em edificações, tenho no mercado de trabalho, não sendo presa somente a arquitetura e engenharia civil”.
No campus, o estágio é acompanhado pelo CIEEC (Coordenação de Integração entre Escola, Empresa e Comunidade), e no dia da visita também estavam presentes representantes da Coordenação de Curso de Eletromecânica. O objetivo das visitas realizadas pelo IFRO é conhecer as instituições e saber como é a empresa na qual seus estagiários estão atuando e qual o desenvolvimento deles. “É gratificante poder estagiar na Politec e poder ajudar a tornar a segurança e justiça de Vilhena um pouco melhores com meus croquis e animações”, finaliza Maria Eduarda.
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