Instituto Federal de Rondônia

Cursos de Corte e Costura do Campus Vilhena Qualificam aproximadamente 150 alunas em 2024

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), Campus Vilhena, encerrou o ciclo de cursos de Corte e Costura de 2024 com a conclusão da turma de Máquina Reta e Overloque, realizada em 20 de dezembro. Com a participação de aproximadamente 150 alunas ao longo do ano, os cursos representaram não apenas uma oportunidade de qualificação profissional, mas também uma porta aberta para o fortalecimento da economia local, por meio da capacitação de mulheres para o mercado de trabalho.

Em 2024, o campus ofertou seis turmas de Corte e Costura Industrial, abrangendo desde as técnicas de máquina reta e overloque até modalidades mais específicas, como os cursos voltados para a malharia. A ampliação das vagas para os cursos de corte e costura ofertados pelo campus tem sido possível graças ao esforço contínuo de buscar parcerias para a aquisição de recursos e insumos.

As turmas foram realizadas em parceria com a Prefeitura de Vilhena, que disponibilizou o espaço para a instalação do ateliê; com a 2ª Vara Criminal, que viabilizou a oferta de cursos para mulheres privadas de liberdade na Colônia Penal Feminina e para a Associação de Mulheres do Setor 13. Além disso, parte dos cursos contou com recursos do Programa Mulheres Mil, que tem como objetivo promover a inclusão social por meio da educação profissional.

Os cursos tiveram um impacto significativo na vida das alunas, que não apenas aprenderam a produzir peças para uso pessoal e comercialização, mas também se envolveram na produção de itens com finalidades específicas. Entre as produções, destacam-se os uniformes para as mulheres da colônia penal, os collants para crianças praticantes de ginástica rítmica e camisetas para eventos institucionais, como a Feira de Agroecologia do IFRO. Esses projetos mostram como o aprendizado vai além da técnica de costura, envolvendo as alunas em ações que impactam diretamente a comunidade e o ambiente ao seu redor.

O impacto dos cursos ultrapassa a capacitação técnica, transformando a realidade das alunas e promovendo mudança social e econômica. A iniciativa do IFRO, ao capacitar mulheres e engajá-las em ações coletivas, fortalece a autonomia feminina e a criação de novos negócios, ao mesmo tempo em que contribui para a construção de um ambiente mais colaborativo e solidário.

Segundo a Chefe do Departamento de Extensão, Maria Helena Ferrari, o impacto é ainda maior. “Além de proporcionar uma inserção no mercado de trabalho e aumentar a renda das famílias, os cursos de corte e costura têm um papel importante no fortalecimento de valores humanos, como colaboração, companheirismo, amizade e senso de coletividade”, afirma.

Maria Helena destaca que, ao longo dos cursos, as alunas têm formado laços de amizade e apoio mútuo, o que se reflete no ambiente de aprendizado. “Elas não estão apenas aprendendo uma profissão, mas também criando uma rede de apoio que vai além da sala de aula, fortalecendo a comunidade local”, completa.

Uma das alunas concluintes, Elizanir Nascimento, destacou que “foi maravilhoso o tempo que passamos juntas lutando por um ideal. Agradeço primeiro a Deus pela oportunidade, à professora pela dedicação e carinho ao ensinar e a cada colega pela simpatia e companheirismo. Que persigamos sempre os nossos sonhos, confiantes que tudo vai dar certo. Sucesso a cada uma de nós!”.

A partir da oferta dos cursos de corte e costura, o IFRO Campus Vilhena identificou uma demanda crescente por profissionais especializados na manutenção das máquinas utilizadas nos ateliês e malharias, por isso, além dos cursos de corte e costura, também foi ofertado um curso de mecânico de máquina de costura, outra medida importante para suprir a demanda por profissionais especializados na região.

Diante do sucesso das turmas já concluídas, a expectativa do campus é expandir ainda mais a oferta de vagas em 2025, tanto para corte e costura quanto para manutenção de máquinas, incluindo a possibilidade de oferta de vagas sem restrição de gênero para atender à demanda crescente por qualificação na área. “Focamos na qualificação profissional, no desenvolvimento regional, sem nos esquecer da formação humana, preparando indivíduos para contribuir ativamente com a comunidade e o mercado de trabalho”, finaliza Maria Helena.