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Projeto desenvolvido em Vilhena traz conquistas da OBMEP 2023

Publicado: Terça, 20 de Fevereiro de 2024, 09h47 | Última atualização em Terça, 20 de Fevereiro de 2024, 09h49 | Acessos: 1261

 Vilhena Obmep6Projeto de ensino desenvolvido no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), Campus Vilhena, alcança bons resultados. O campus inscreveu 580 alunos na primeira fase da 18ª OBMEP (Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas), realizada no ano passado. Foram beneficiados diretamente no projeto estudantes do nível médio do próprio IFRO Vilhena e alunos das instituições estaduais do município. No total, participaram 60 alunos de cursos técnicos integrados ao ensino médio do Campus Vilhena e 10 alunos de outras instituições. O início foi em 09 de março seguindo até 05 de outubro, com encontros no Laboratório de Matemática, no período matutino e vespertino, todas às quintas-feiras no contraturno escolar.

A ação fez parte do projeto “OBMEP na Escola – Preparação para a Olimpíada de Matemática”, coordenada pelo Professor Luiz Cláudio da Silva com colaboração de Jean Peixoto Campos, Edinalcio Fernandez Syryczyk, Antônio Sérgio Florindo dos Santos, Marcos Pinheiro Matos, mais os Monitores Willian Jhonis Antunes Melo e André Allan de Souza. O objetivo do projeto foi oportunizar aos alunos do ensino médio o acesso a processos educativos de qualidade na preparação para a prova da Olimpíada Brasileira de Matemática (OBMEP), por meio de ações multidisciplinares e contextualizadas visando ao desenvolvimento de competências e habilidades propostas pela Olimpíada, cujo foco é melhorar o interesse e os resultados em matemática nas instituições contempladas pelo projeto.

Conforme avaliação dos monitores, das diferentes oportunidades que o IFRO proporciona, a participação em projetos de ensino e extensão, representou na prática uma formação de qualidade. “Durante o projeto de preparação para a OBMEP pude desenvolver ações de pesquisa e planejamento, regência de aulas e dinâmicas com diferentes perfis discentes, práticas que são corriqueiras na vida de professores e que fazem toda a diferença para o alcance de um ensino efetivo”, mostra Willian Jhonis.

“Hoje, atuando como professor de Lógica e Matemática Básica para estudantes do fundamental II e ensino médio, posso apontar que esse projeto contribuiu significativamente para que eu tivesse noções elementares de como desenvolver minhas aulas e lidar com o público, motivando-os e construindo conhecimentos matemáticos. Além disso, como a cada semana tínhamos que estudar e resolver novos problemas de áreas específicas, minhas bases matemáticas também foram aperfeiçoadas, de uma forma dinâmica que nem sempre é explorada nas aulas regulares do curso de graduação”, completou o monitor.

 

OBMEP 2023

Dos que realizaram a primeira fase da Olimpíada, 29 estudantes avançaram para a segunda fase. Na categoria regional, que estreou no ano de 2023, João Vinícius Guimarães Vieira recebeu medalha de prata; Deivid Luiz Costa Pereira; José Sbaraini de Paula e Silva, Larissa Araújo da Silva e Mateus Orocondo Lopes Aguirre ganharam a de bronze. Nas premiações nacionais do campus, João Vinícius Guimarães Vieira ficou com bronze e receberam a menção honrosa: Deivid Luiz Costa Pereira, Jose Sbaraini de Paula e Silva, Larissa Araújo da Silva, Mateus Orocondo Lopes Aguirre, Michelle Rodrigues da Silva e Rodolfo Bezerra Lisboa.

João Vinícius conta sempre ter tido uma ótima relação com a matemática, por ser uma disciplina que o encantava “em especial pela sua exatidão e o seu poder de abstrair o mundo. Entretanto, a minha paixão pela matéria aumentou muito no 6° ano do ensino fundamental, quando fui medalhista na OBMEP pela primeira vez. Foi uma felicidade tremenda saber que eu havia atingido tal resultado em uma competição tão concorrida e importante, essa premiação me instigou a aprender ainda mais e me mostrou que todo o esforço nos estudos iria trazer grandes recompensas e muito reconhecimento, com os programas subsequentes à OBMEP, como o PIC, me auxiliando ainda mais em toda a minha vida acadêmica”. O PIC é o Programa de Iniciação Científica Jr.

João Vinícius compartilha o conhecimento adquirido através de seu empenho na competição e prossegue: “O principal conselho que eu poderia dar aos estudantes que almejam premiações em olimpíadas como a OBMEP é realmente estudar a matéria a fundo, seja ela qual for, entendo o porquê das fórmulas, princípios e teoremas. Pois é isso que a prova vai exigir de você, com as questões cobrando conhecimentos sutis que só são obtidos por meio de um estudo mais profundo. Contudo, estudar dessa forma é mais fácil do que parece, principalmente com o apoio e materiais corretos. Com o preparatório para a OBMEP do IFRO conseguindo suprir todas essas necessidades, apresentando semanalmente listas de questões e aulas teóricas em nível olímpico que me ajudaram a trilhar o caminho rumo a mais uma medalha”.

 

Atividades do Projeto

O projeto de Preparação para as Olimpíadas de Matemática consistiu na execução de aulas em formato de encontros, divididos por áreas de matemática: Álgebra, Aritmética, Geometria, Métodos de Contagem e Probabilidade. Os estudantes receberam toda semana materiais impressos disponibilizados pela instituição para as aulas expositivas e dialogadas com resolução de atividades a serem desenvolvidas pelos alunos com orientação do professor e dos graduandos do curso de matemática.

Também foram utilizadas as provas dos anos anteriores das olimpíadas para analisar e resolver as questões de acordo com a temática da aula, de acordo com as fases da competição. Bem como preparados materiais complementares, quando necessário foram apresentados jogos matemáticos, como xadrez, tangram, torre de Hanói, entre outros, estimulando o raciocínio lógico. Os monitores desenvolveram ações de planejamento, elaboração de material e regência das aulas.

Conforme o Coordenador do Projeto, Luiz Cláudio da Silva, a partir da proposta de ensino, com foco em explorar problemas e propor direcionamentos de resolução, foi empregada a metodologia em que os participantes posicionavam-se como agentes ativos, externando seus raciocínios e os bolsistas agiam confirmando a viabilidade das resoluções, propondo abordagens diferenciadas para cada questão e criando pontes entre o estudado na semana e visto nas aulas regulares de matemática.

“Este projeto, assim como outras ações de ensino e extensão, que circundam práticas de planejamento, elaboração de material e contato direto com estudantes representa uma fase fundamental para a consolidação do perfil docente e aperfeiçoamento das competências necessárias para um ensino efetivo da matemática. Com as aulas do projeto, além da aprendizagem de como é dado o processo de ensino e aprendizagem da matemática, numa perspectiva docente, os bolsistas também puderem aprofundar seus conhecimentos, a partir do estudo dos problemas matemáticos que eram explorados semanalmente com os estudantes”, explica o docente.

O Professor Luiz Cláudio acrescenta que “a fim de melhorar a relação ensino e aprendizagem dos alunos de matemática do ensino médio do IFRO no Campus Vilhena, bem como as escolas estaduais do ensino médio da cidade de Vilhena, foi criado esse projeto com a finalidade de proporcionar aos alunos uma visão ampla da disciplina, promovendo e estimulando o estudo da matemática, visando a preparar os estudantes que fariam a OBMEP, possibilitando um aumento das notas dos estudantes nesse concurso, além de contribuir para a qualidade e melhoria desses alunos em matemática. Além disso, proporciona ao aluno licenciando o desenvolvimento da capacidade de repassar os conhecimentos de matemática aos colegas em diferentes níveis de preparação”.

A Obmep 2023 ocorreu em 2 fases. A primeira fase foi aplicada no dia 30 de maio, formada por 20 questões. Enquanto a segunda fase aconteceu no dia 07 de outubro, com 6 questões discursivas. Para este ano, na 19ª edição, as inscrições já estão abertas. Promovida pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa), a competição científica reúne todos os anos mais de 18 milhões de estudantes do 6º ano do ensino fundamental ao 3º ano do ensino médio de instituições públicas (municipais, estaduais, federais) e privadas. As inscrições são feitas exclusivamente pelas escolas na página da OBMEP até 15 de março.

Enquanto idealizador do projeto de ensino em Vilhena, Luiz Cláudio ressalta ser possível entender a importância do estudo complementar de áreas do conhecimento específicas, neste caso da matemática, buscando formas dinâmicas e metas de ensino e aprendizagem. “Os resultados foram recebidos de forma entusiasta e gratificante, descobrimos que os estudantes que estavam semanalmente conosco obtiveram êxito, mediante um conjunto de esforços liderados pela equipe de professores e monitores e com alunos sendo desafiados em melhorar seu desempenho nas Olimpíadas de Matemática, através da qualidade do ensino e da aprendizagem do projeto OBMEP”.

Entre fatores que dificultam a aprendizagem e provocam o baixo rendimento de desempenho por uma boa parte dos alunos do ensino médio em matemática está a visão de que a disciplina é abstrata e de difícil compreensão.  Diante desta constatação, os docentes viram a necessidade de criação de projetos a partir de trabalhos pedagógicos mais individualizados, observando as necessidades de melhoria no rendimento escolar do aluno. E fizeram isso “com uma metodologia de ensino mais dinâmica, que consiste na realização de aulas de revisão e técnicas estimulando a aprendizagem e apreço pela matemática a partir do foco na resolução de problemas e conceitos dos conteúdos inerentes a disciplina no processo da construção do conhecimento, possibilitando um aumento das notas dos estudantes na disciplina na sala de aula, além de contribuir para a qualidade e melhoria desses alunos em matemática. Os projetos favorecem significativamente para que os estudantes entrem, permaneçam e saiam transformados da instituição”, finaliza o Professor Luiz Cláudio.

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