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Projeto do Campus Vilhena utiliza bioinformática para investigar formas de combater parasita em tambaquis

Publicado: Quinta, 29 de Junho de 2023, 18h43 | Última atualização em Quinta, 29 de Junho de 2023, 19h04 | Acessos: 111301

Projeto do Campus Vilhena utiliza bioinformática para investigar formas de combater parasita em tambaquis 4

Um projeto de pesquisa em desenvolvimento no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO) - Campus Vilhena utiliza a bioinformática para investigar formas de combater um parasita que afeta a piscicultura do tambaqui na região amazônica. O projeto é coordenado pelo professor pesquisador Rodrigo Simões Silva e conta com a colaboração dos também pesquisadores Anderson Makoto Kayano (FIoCruz) e Aleff Ferreira Francisco (Instituto de biociências UNESP), além de ser financiado pela FAPERO (Fundação Rondônia de Amparo ao Desenvolvimento das Ações Científicas e Tecnológicas e à Pesquisa do Estado de Rondônia).

O coordenador explicou que o projeto tem por objetivo identificar moléculas capazes de atuar sobre o parasita, reduzindo a infestação em peixes cultivados em tanques escavados, especialmente em tambaquis, e que atualmente não existem fármacos produzidos para o combate às parasitoses em peixes, por isso os piscicultores por vezes utilizam produtos sem comprovação de eficácia ou garantia de segurança alimentar. “Através de banco de dados de genoma, verificamos quais proteínas são importantes para a sobrevivência desse tipo de parasita. Estas moléculas são, então, escolhidas como alvo e a estrutura de aminoácidos é informada ao computador. A partir de então, outras moléculas, oriundas do veneno de serpentes, são quebradas em vários pedaços (peptídeos) e testadas contra esse alvo, em software específico, onde simulamos as interações entre o alvo molecular e o peptídeo. Para isso são necessárias milhões e milhões de análises e combinações, daí a importância da bioinformática, que simula as várias análises de interação, que chamamos de toque molecular e dinâmica molecular. Na etapa seguinte, ainda em ambiente virtual, fazemos a adição de água, temperaturas, PH's, e uma série de outras características para verificar o comportamento, e a partir de então é possível identificar se as moléculas se encaixam, se isso afeta a ligação e outros fatores. As moléculas que forem aprovadas nestes testes tornam-se objetos de estudo em uma na nova etapa, que é a sintetização e os testes in vivo”, detalhou Rodrigo.

Outros objetivos do projeto são promover a formação de recursos humanos no interior do estado de Rondônia, possibilitando que o Campus Vilhena torne-se um polo para que estudantes possam desenvolver pesquisas e experimentos de pós-graduação utilizando a estrutura do IFRO; integrar os grupos de pesquisa de distintas regiões do país e exterior, fortalecendo a formação multidisciplinar de recursos humanos voltados à ciência através de novos ambientes científicos; e formar recursos humanos qualificados com atuação voltada para Bioinformática, Bioquímica, Biotecnologia e Bioprospecção, promovendo o desenvolvimento sustentável. “O projeto teve início em 2021 e, dentre as ações previstas, ofertarmos um curso de bioinformática para egressos de graduação, professores e graduandos que queiram fazer iniciação científica, especialmente nas áreas de biologia, zootecnia, agronomia, informática, ADS, veterinária e outras, correlatas. A área da biotecnologia é extremamente promissora, porque basta a gente lembrar do desenvolvimento das vacinas contra a COVID, em que os testes prévios foram feitos em equipamentos de bioinformática”, ressaltou Rodrigo.

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