Ir direto para menu de acessibilidade.
Início do conteúdo da página

Intervenção artística promove diálogos sobre consumo e meio ambiente, em Vilhena

Publicado: Sexta, 26 de Mai de 2023, 19h12 | Última atualização em Sexta, 26 de Mai de 2023, 19h28 | Acessos: 140701

Campus Vilhena Intervenção Artística O ninho 13

Obra artística é ação do Projeto de Extensão (re)Trilhar Espaços desenvolvido pelo curso de Arquitetura e Urbanismo do IFRO Campus Vilhena

Através do Projeto de Extensão (re)Trilhar Espaços, estudantes de arquitetura e urbanismo do Instituto Federal de Rondônia (IFRO) Campus Vilhena desenvolveram uma intervenção artística intitulada “Ninho”, na rotatória que interliga as rodovias BR 174 e BR 364. O projeto tem a coordenação dos professores Ariane Zambon Miranda (IFRO Campus Vilhena) e Rodrigo Casteleira (UNIR-Vilhena).

A intervenção tem como propósito instigar as pessoas a refletirem sobre os hábitos de consumo e o meio ambiente, de forma indireta, gerando diálogos e discussões, e, a partir disso, refletir sobre vários cenários e questões.

A coordenadora explicou que o tema foi definido partindo da preocupação geral sobre o grande volume de resíduos produzidos e o que acontece com eles, e também sobre a própria natureza urbana, que quase não existe, e que precisa utilizar resíduos para gerar habitat, como o caso dos pássaros que frequentemente são vistos utilizando sacolas e outros resíduos para construírem os seus ninhos.

“E vamos além, trazemos outro ponto para o nosso olhar: e a nossa casa, o nosso ‘ninho’? Estamos escolhendo o material para viver dentro? Estamos morando dentro de algo que é bom ou que é ruim? Assim, a ideia é tanto pensarmos nos resíduos e na falta de descarte adequado, quanto pensar no nosso papel de consumidor: “o que eu escolho para a minha vida, e coloco na minha rotina?’. É comum vermos essas discussões no campo da nutrição, onde há muitos questionamentos sobre o consumo de alimentos com agrotóxicos, por exemplo, mas na arquitetura as pessoas não costumam refletir: ‘a tinta que você usa não faz mal para você e seus filhos?’, ou ‘o material com que é construído a sua parede, é adequado para você e sua família?’, e, além disso, pensar em todo o ciclo de vida do produto, desde a degradação que a extração da matéria-prima causa ao meio ambiente, até o processo de fabricação/beneficiamento e transporte, o quanto isso de alguma forma vai interferir na qualidade de vida e no meio natural. É pensar no ciclo de vida inteiro do produto, e pensar no nosso papel escolhendo no que a gente vive”, explica a docente.

A data escolhida para a intervenção se relaciona com o Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado em 05 de junho, trazendo o tema para discussões. Por isso, a escultura foi construída inteiramente com materiais de refugo e, após a finalização da exposição, a equipe do projeto fará a desmontagem e entrega dos materiais à cooperativa de catadores de resíduos para que tenham uma destinação final adequada.

A visualização da peça estará disponível até o dia 11/06/2023, e todo o processo foi feito com autorização prévia do DNIT e contou com o acompanhamento da PRF para que a equipe não fizesse nada inadequado ao trânsito ou se expusesse a riscos.

“O objetivo maior é fazer as pessoas pensarem sobre assuntos, a ideia da intervenção artística não é fechar uma mensagem, como vemos em outdoors, por exemplo. A ideia é simplesmente fazer as pessoas pensarem sobre assuntos, e nem sempre vão pensar exatamente de acordo com a nossa proposta, podem surgir outras interpretações, em outros caminhos. O mais importante é gerar conversas, e a partir desses diálogos e discussões, pensar em vários cenários e várias questões. A ideia é repensar o que são as coisas, mudar o olhar, pois muitas vezes passamos muito desatentos pelos lugares e deixamos de observar ao redor, queremos que as pessoas não só passem pelos lugares, mas vivam os lugares. Nossa proposta é justamente instigar as pessoas a conversarem, criando um cenário para propor esses temas”, esclareceu Ariane.

A estudante Sarah Gabrielly Martins de Souza espera que a intervenção possa “concientizar a população de Vilhena quanto à produção de resíduos em larga escala, e que esses mesmos resíduos não estão sendo descartados corretamente, o simples fato de separar o lixo ou até mesmo não jogá-lo no chão já é uma forma de contribuir com o meio ambiente. O próprio ‘Ninho’ quer dizer isso, nós temos visto cada vez mais os animais da nossa fauna utilizando esses resíduos para a construção de suas casas ou ninhos, e a toxidade desses materiais está diminuindo a quantidade deles ao longo do tempo. Espero que as pessoas passem a pensar em como estão contribuindo com o meio ambiente, uma vez que se continuarmos assim não teremos a abundância de vegetação e animais em nossa cidade. São pequenas coisas que fazemos que ajudam a mudar a cidade. Pode não parecer muito, mas se cada um faz a sua parte estaremos melhorando nosso espaço”.

  • Campus_Vilhena_-_Intervenção_Artística_-O_ninho_11
  • Campus_Vilhena_-_Intervenção_Artística_-O_ninho_13
  • Campus_Vilhena_-_Intervenção_Artística_-O_ninho_14
  • Campus_Vilhena_-_Intervenção_Artística_-O_ninho_16
  • Campus_Vilhena_-_Intervenção_Artística_-O_ninho_17
  • Campus_Vilhena_-_Intervenção_Artística_-O_ninho_2
  • Campus_Vilhena_-_Intervenção_Artística_-O_ninho_7
  • Campus_Vilhena_-_Intervenção_Artística_-O_ninho_8
  • Campus_Vilhena_-_Intervenção_Artística_-O_ninho_9
Fim do conteúdo da página
Consentimento para o uso de cookies
Este site armazena cookies em seu computador. Os cookies são usados para coletar informações sobre como você interage com nosso site e nos permite lembrar de você. Usamos essas informações para melhorar e personalizar sua experiência de navegação e para análises e métricas sobre nossos visitantes. Se você recusar, suas informações não serão rastreadas quando você visitar este site. Um único cookie será usado em seu navegador para lembrar sua preferência de não ser rastreado.