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Acadêmicos de Arquitetura e Urbanismo do Campus Vilhena estão participando do curso básico de Língua Brasileira de Sinais

Publicado: Terça, 07 de Junho de 2022, 13h25 | Última atualização em Terça, 07 de Junho de 2022, 13h25 | Acessos: 84878

Libras Vilhena1Estudantes do Curso Superior em Arquitetura e Urbanismo estão participando do Curso Básico de Língua Brasileira de Sinais (Libras) no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), Campus Vilhena. A formação é ofertada por meio do Napne (Núcleo de Apoio a Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas) e tem como principal objetivo difundir a Libras, viabilizando a comunicação entre surdo e ouvinte em diversos contextos sociais, principalmente no ambiente escolar.

A Coordenadora do Napne/Vilhena, Vera Lúcia Ribeiro Azevedo, explicou que o ingresso de uma estudante surda no curso e o retorno presencial das atividades após a pandemia gerou a necessidade imediata de oportunizar a comunicação entre surdo e ouvinte para que, assim, fossem minimizadas as barreiras de acessibilidade comunicacional possibilitando a interação com toda a turma.

O curso, que foi registrado como projeto de ensino, teve início no mês de abril, e é destinado prioritariamente aos acadêmicos do 2° período de Arquitetura e Urbanismo, mas conta com participantes de outros períodos do curso. É ofertado uma vez na semana, com carga horária total de 40 horas e a previsão é que seja concluído no mês de agosto. As aulas são ministradas pela Intérprete de Libras, Laura Paula Leite, pela Coordenadora do Napne, Vera Azevedo, e pela Supervisora Claudia Prates, e contam com o apoio das também intérpretes de Libras Kariny e Lidiane, e a participação efetiva e o protagonismo da acadêmica surda Maria Eduarda Medeiros Brito nas aulas expositivas e práticas de conversação, dinâmicas e diálogos em Libras.

Com a interpretação de Laura Paula, Maria Eduarda comentou: “estou me adaptando ao Curso de Arquitetura. Gosto bastante porque sinto que tenho aptidão em áreas que estão ligadas ao curso. Gosto bastante das disciplinas que envolvem aulas práticas e desenhos manuais. Gosto de desenvolver projetos arquitetônicos apesar de ter muita dificuldade ainda em compreender alguns conceitos, termos técnicos e regras como a ABNT. Iniciei arquitetura na modalidade remota por conta da pandemia, nesses dois anos estudando de forma isolada tive muitas dificuldades para compreender e desenvolver as atividades. Agora que voltamos presencial ainda estou me adaptando. O Curso de Libras é importante para os meus colegas ouvintes, pois facilitará nossa comunicação. Às vezes, dúvidas que tenho pergunto a uma colega ou outra e elas sempre me apoiam. A troca de conhecimento e a interação entre aluno e aluno é importante para aprendermos”.

A estudante de Arquitetura Geovana Laura dos Santos relata que a interação da turma com a colega surda melhorou muito desde que o curso de Libras começou: “por mais que seja um curso básico, todos que estão participando já conseguem pelo menos dizer um ‘Oi’, ou ‘Tudo bem?’, fazendo com que a turma se sinta mais próxima dela. Esse curso é importante para a inclusão da nossa colega surda com toda a turma, para que não se sinta excluída ou diferente dos demais. A Maria Eduarda é muito especial para mim e me ensina muito todos os dias. Creio que da turma eu seja a mais próxima dela, por ter afinidade com a Libras e até mesmo com ela, e em decorrência disso tenho boa desenvoltura em relação aos sinais e me apaixono a cada nova descoberta da língua”, acrescentou Geovana.

De acordo com as organizadoras do projeto o curso é pautado na inclusão da estudante surda, estabelecendo uma interação com os ouvintes, mas também dissemina o aprendizado da Libras à medida que viabiliza a comunicação visual-espacial entre ouvintes e surdos, na perspectiva da Educação Inclusiva tanto no ambiente escolar como na sociedade. “A inclusão das pessoas com deficiência é um grande desafio e, apesar dos avanços conquistados na sociedade, ainda há muitas barreiras a serem eliminadas para garantir a dignidade e os direitos das pessoas com deficiência”, explicou a Supervisora Claudia Prates.

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