Estudantes do Campus Vilhena mobilizam-se para reivindicar restabelecimento do transporte coletivo no município
No último dia 18/03, estudantes do Instituto Federal de Rondônia (IFRO), Campus Vilhena, reuniram-se em frente à Prefeitura para reivindicar o retorno das rotas do transporte coletivo urbano que atendem aos alunos da instituição. A empresa detentora da concessão do transporte paralisou as atividades durante a pandemia e, após o aumento nos preços dos combustíveis, alega que a operação se tornaria inviável diante dos custos.
Apesar de todas as reuniões e negociações e feitas pela gestão do campus com a empresa, Prefeitura e Câmara de Vereadores, realizadas desde antes do início do ano letivo solicitando uma solução para o impasse, as aulas presenciais iniciaram sem que as rotas fossem restabelecidas, prejudicando centenas de estudantes que precisam se deslocar a pé, de bicicleta, de carona ou até mesmo deixaram de frequentar as aulas devido à distância de casa até o campus.
Isso motivou os estudantes a realizarem uma manifestação pacífica, no intuito de chamar a atenção das autoridades para que o problema seja solucionado o mais breve possível. Liderados pelos representantes de cada curso, os alunos exibiram cartazes e usaram o microfone para expor as dificuldades e prejuízos que enfrentam por conta da paralisação do transporte coletivo no município.
O prefeito, juntamente com a Procuradoria do município, conversou com os estudantes, explicando as questões legais que estão gerando problemas para a resolução do impasse. Após o protesto, as lideranças estudantis dirigiram-se ao Ministério Público Estadual para solicitar o apoio da curadoria de educação para sanar o dilema. Assim, no dia 21/03, foi realizada uma reunião no MP, com a presença da Promotora de Justiça, do prefeito, dos representantes estudantis, da empresa de transporte e da gestão do campus, em que ficou definido um plano de ação para que o transporte seja retomado o mais breve possível.
Diante disso, a empresa comprometeu-se em retomar as rotas em até 10 dias, e a prefeitura, através da Secretaria de Assistência Social, fará a aquisição e o repasse de bilhetes para pessoas em vulnerabilidade socioeconômica. A representante do Curso Técnico em Informática integrado ao ensino médio, uma das organizadoras da mobilização estudantil, Tauanny Cruzeiro, avalia: “Ao receber diversas mensagens dos alunos e responsáveis, me juntei com os demais representantes de cursos, organizamos o manifesto e pedimos apoio de servidores para conseguirmos alcançar o nosso objetivo. A manifestação foi necessária, pois não tínhamos mais condições de ficar sem o transporte, com vários alunos ficando sem acesso ao campus e às aulas presenciais”.
Outro organizador, o aluno Kauã de Borba Domingues, representante do Curso Técnico em Eletromecânica, considera satisfatório o acordo firmado com a prefeitura e a empresa na reunião com o MPE, e complementa: "Tenho convicção de que foi pelo volume de estudantes que aderiram à manifestação que conseguimos os resultados que tivemos, cada detalhe contou”.
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