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Psicólogas do Campus Vilhena coordenam ações sobre promoção, prevenção e atenção à saúde mental

Publicado: Terça, 25 de Mai de 2021, 12h16 | Última atualização em Terça, 25 de Mai de 2021, 12h16 | Acessos: 212595

Live Ensino e família na pandemia Campus VilhenaPsicólogas do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), Campus Vilhena, estão coordenando ações sobre promoção, prevenção e atenção à saúde mental. Além de ficarem disponíveis para conversar com os estudantes que podem agendar, via formulário, um momento individualizado de escuta psicológica on-line, durante o período de atividades remotas na pandemia decorrente da covid-19.

O serviço de psicologia do IFRO Campus Vilhena tem também mobilizado ações psicoeducativas, com palestras, discussões e oficinas, com o intuito de beneficiar um maior público, tratando de demandas que interferem ou impactam de alguma forma as questões acadêmicas. As atividades contam com a organização das psicólogas do campus, Aline Moraes e Naiade Brambila, e tem o apoio da Coordenação de Assistência ao Educando (Caed/Campus Vilhena), que articulam um trabalho multidisciplinar na efetivação de ações de atendimento psíquico-social aos estudantes da unidade.

A Psicóloga Naiade Brambila explica que na escuta psicológica é possível prestar apoio e acolhimento ao estudante, seja por dificuldades de ordem emocional, familiar e/ou social. E na constatação de um distúrbio emocional, decorrente de alguma dessas dimensões, o estudante é encaminhado para um serviço de terapia externo, para que tenha um acompanhamento intensivo e regular. A depender das condições socioeconômicas do grupo familiar desse aluno, ele será instruído a procurar um atendimento particular ou mesmo em um núcleo de atendimento público, ou ainda ser contemplado com os recursos da política de assistência estudantil para que o tratamento seja realmente efetivado, de modo a assegurar a manutenção dos estudos.

Aline Moraes conta que o distanciamento social e a mudança brusca de rotina acometem as pessoas a um maior grau de preocupação, logo, afeta a saúde mental. Por isso, devido à amplitude do impacto da pandemia, o desejo de repercutir orientações e estratégias que beneficiem, de alguma forma, as funções psíquicas em um momento tão adverso. Em fevereiro, as psicólogas realizaram uma live socializando reflexões sobre os desafios do estudo na modalidade virtual e superações necessárias para que a família dê suporte durante a quarentena.

Durante a live, a psicóloga Aline abordou sobre as inseguranças quanto às atividades escolares no formato remoto. E ressaltou que: “enquanto aluno, enquanto professores, todos nós temos as nossas representações do ambiente escolar, da chegada a esse espaço, quem vou encontrar. Como vai ser meu dia nesse espaço. E a gente se defrontou com a pandemia e de certa forma entramos em pânico. Por quê? Porque já tínhamos um modelo mental estabelecido de rotina. E de repente vieram os decretos, a suspensão das aulas presenciais. E então, aos poucos a gente precisa ir construindo novas representações para esse momento. É uma passagem”.

Com o tema “Compreendendo os processos de luto na pandemia”, com a psicóloga convidada Diene Nepomuceno, no dia 3 de maio foi promovida uma live através do YouTube, que tratou sobre informações importantes para as pessoas afetadas diretamente pela covid-19.

Em sua apresentação, Diene destaca que: “Aqui em Vilhena, hoje, temos 199 pessoas que morreram por covid. Quando alguém morre, geralmente deixa de 4 a 10 pessoas extremamente enlutadas. Então, cada uma dessas 199 pessoas, moradores de Vilhena que morreram de covid, deixam de 4 a 10 pessoas enlutadas. E temos outras 82 pessoas que são moradores dos municípios vizinhos, totalizando 281 pessoas que faleceram. Fazendo as contas aqui, então temos hoje em torno de 1.124 a 2.810 pessoas enlutadas por perdas de pessoas somente por covid. Então, imaginem quantas pessoas não estão em grande sofrimento nesse momento. E o quanto a gente nunca falar sobre luto de forma aberta faz com que não se tenha conhecimento para saber como lidar. Conhecimento para poder acolher essas pessoas ou até mesmo para conseguir facilitar quando a gente passa por um processo de luto”.

Além da live, no dia 5 de maio, as psicólogas do Campus Vilhena organizaram uma oficina de meditação, conduzida pelo convidado José Augusto Curita, que falou sobre o impacto dessa prática na vida pessoal, acadêmica e profissional. José abordou sobre as vantagens da meditação, relatando um pouco sua experiência particular e trouxe exercícios práticos para que os participantes fizessem durante o encontro, que ocorreu de forma virtual, através da plataforma Cisco Webex.

Outra palestra promovida em alusão à saúde emocional foi realizada no dia 18 de maio, com o tema “Pela rede também tem violência”, com a Psicóloga Letícia Santi, e a Assistente Social Dinéia Rodrigues, profissionais do Serviço de Atendimento Especializado à Criança e ao Adolescente (Saeca) do município de Vilhena.

Ao iniciar a palestra, a Psicóloga Letícia pontuou sobre a preocupação do uso indiscriminado das mídias sociais por crianças e adolescentes. “Tem muitas coisas tão obscuras na Rede. Algumas coisas que os nossos adolescentes não necessariamente compreendem como sendo algo violento ou algo que incite a sexualidade”, frisou a psicóloga.

Dinéia explanou sobre a falsa ideia de proteção que muitos responsáveis alimentam nesse período de isolamento, de que se os filhos não saem, interagem apenas por dispositivos eletrônicos, estão seguros. Para a profissional “é preciso acompanhar o que estão acessando, alertar dos perigos. Sempre faço a seguinte analogia: deixar seu filho no celular sem um monitoramento é a mesma coisa que deixá-lo numa rua de madrugada, exposto a riscos. Os riscos das redes sociais são iguais”, declarou Dinéia.

As Psicólogas Aline e Naiade relataram que essas atividades fazem parte das inúmeras ações que estão sendo desenvolvidas pela instituição e que mesmo afetados pelas medidas de isolamento social recomendadas pelas autoridades de saúde para o enfrentamento da pandemia não cessaram seus trabalhos. E que continuarão articulando ideias para continuar levando informações sobre temáticas psíquico-sociais e também buscar esse estreitamente de contato com os alunos e a comunidade em geral.

Os interessados podem assistir as lives através dos links:

 

  • Live_Ensino_e_família_na_pandemia__Campus_Vilhena
  • Live_Luto_na_Pandemia__campus_Vilhena
  • Live_violência_na_rede__Campus_Vilhena
  • Oficina_de_meditação__Campus_Vilhena
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