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Estudantes da Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Matemática do Campus Vilhena participam de palestra sobre a nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC)

Publicado: Sexta, 14 de Mai de 2021, 10h38 | Última atualização em Sexta, 14 de Mai de 2021, 11h03 | Acessos: 185086

Palestra Pós Participantes Campus Vilhena

Com o objetivo de discutir sobre as reformas governamentais vivenciadas nos últimos anos e sobre quais os seus impactos na Educação, os estudantes da Pós-Graduação Lato Sensu em Ensino de Ciências e Matemática do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), Campus Vilhena, participaram, através de videoconferência (Google Meet), de uma palestra no dia 24 de abril, intitulada “Reformas em curso: Ensino Médio, BNCC e o projeto educacional para os estudantes brasileiros”.

A explanação ficou a cargo da professora Maria Raquel Caetano (Professora do IFSUL- Campus Sapucaia/ProfEPT Observatório da Educação Profissional e Tecnológica do IFSul), a convite do professor de história do Campus Vilhena, Eder Carlos Cardoso Diniz, responsável por ministrar a disciplina “História e Filosofia da Educação” aos pós-graduandos. Eder destacou a importância de discutir temas importantes do contexto educacional dentro do ambiente acadêmico. Frisou que esses momentos são oportunos para refletir sobre estratégias de ensino de forma concreta, levando em conta as medidas que o Ministério da Educação (MEC) vem adotando nos últimos anos. Observando também a preocupação com os modelos educacionais que acabam reforçando as desigualdades sociais.

O docente pontuou sobre a relevância da participação da professora convidada. Segundo Eder, Raquel vem analisando e debatendo sobre a área da educação expansivamente e com muita propriedade, e pensou que a pesquisadora contribuiria muito com a abordagem de temáticas que estão em evidência e que interseccionam com a ementa da disciplina que ministra na pós-graduação. Eder relata que “muitas vezes temos uma noção, uma percepção sobre o assunto, mas nos falta tempo para sentar e realmente ter um panorama. Falta leitura para ter clareza dos interesses expostos e os que estão por trás dos moldes de educação que são colocados. Infelizmente, as legislações são deliberadas sem a participação e sem a discussão efetiva dos professores e das instituições ligadas à educação. O ensino, muitas vezes, tem sido pensado pelo que podemos chamar de grupos economicamente hegemônicos. Então, nada é por acaso. Existe um pensamento teórico por trás disso”.

 Em sua exposição, Raquel ressaltou que para pensar e refletir sobre as mudanças dos dispositivos legais em torno da Educação é necessário conhecer a historicidade do processo e compreender o que afetou e tem afetado o ensino ao longo dos anos. Ela apresentou as preocupações em torno do documento normativo, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que define aprendizagens essenciais a serem desenvolvidas pelos estudantes em sua escolarização, explicando como essa estrutura caminha no sentido de alinhamento da Educação com as questões econômicas, fugindo da perspectiva de que o itinerário formativo é uma questão fundamental na vida das pessoas e meio de emancipação como sujeitos sociais.

Para a professora, essas proposições tiram a autonomia do professor no processo formativo e ainda segrega conhecimento aos alunos das classes populares, dos trabalhadores. “As reformas, em geral, não vão decidir defender a apropriação do conhecimento acumulado pela humanidade. Mas sem desenvolver conteúdos importantes para sua formação, para uma formação integral, quais condições esses alunos terão para disputar seus postos na sociedade, naquilo que ele quer ser, seja no mercado de trabalho, seja na continuidade dos estudos? Que resultados positivos teremos no ensino médio, retirando carga horária, retirando conteúdos fundamentais e disciplinas do currículo? Como melhorar a qualidade do ensino médio, ter escolas de tempo integral, se nós temos o congelamento dos investimentos públicos nas áreas essenciais?”, indagou Raquel.

Também participaram da palestra o Diretor-Geral, Aremilson Elias de Oliveira, e o Diretor de Ensino, Rodrigo Stiz, que, na ocasião, expressaram satisfação pelas contribuições da professora Raquel em reportar seus conhecimentos sobre a prática pedagógica para aqueles que prestigiaram o debate virtual.

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