Alunos do IFRO acompanham audiência pública sobre militarização das escolas estaduais
Estudantes que compõe o Núcleo de Jovens Protagonistas (NJP) do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), Campus Porto Velho Calama, acompanharam na segunda-feira (14) audiência pública na Assembleia Legislativa de Rondônia que discutiu a militarização das escolas estaduais.
Durante a audiência, os seis alunos participantes e um professor do campus puderam acompanhar vários posicionamentos sobre o assunto em debate. “É muito importante uma audiência desse tipo porque eles percebem como os representantes da sociedade estão fazendo o seu trabalho e no dia de hoje [14 de agosto] foi discutido algo que está ligado à própria vivência deles, a educação”, explicou o professor Raimundo José dos Santos Filho, que coordena o grupo. “O Núcleo de Jovens Protagonistas foi criado justamente como uma tentativa de transformação da mentalidade da sociedade e a juventude precisa tomar uma posição com relação a isso. Eles têm toda uma vontade de lutar, um desejo de transformação e acima de tudo o ânimo e a coragem de fazer a diferença e eu apoio isso”, completou o professor.
Segundo a proponente do projeto e representante estadual do Parlamento Juvenil do Mercosul, Lys Vitória Ribeiro de Almeida, o Núcleo de Jovens Protagonistas (NJP) objetiva promover o empoderamento da juventude e a formação de cidadãos conscientes e atuantes. “O núcleo é baseado no protagonismo da juventude. Procuramos impulsionar esses jovens através da informação, porque consideramos informação e conhecimento geradores do empoderamento. Começamos por realizar pesquisas para verificar como os estudantes veem o que é o protagonismo juvenil, qual a noção deles sobre isso”, disse a estudante.
Além de acompanhar as políticas públicas voltadas para a juventude em Porto Velho (RO), o NPJ vai atuar como difusor de informações sobre protagonismo juvenil. Para isso, o grupo de alunos criou uma página no Facebook e um blog para divulgar as ações desenvolvidas. Uma das linguagens escolhidas pelos integrantes foi a audiovisual, com a produção de vídeos abordando cidadania, empoderamento feminino, direitos humanos e outras pautas. “Com uma informação direta, que não é demorada, a pessoa consegue ter o entendimento muito maior e mais rapidamente, e neste caso os vídeos são mais facilmente assimilados pelo público. Atualmente estamos falando sobre o núcleo e sobre as ações que estamos desenvolvendo, mas logo teremos postagens sobre política e outros temas. Vamos falar também dos tipos de reuniões que participamos, como por exemplo, desta participação nossa aqui Assembleia Legislativa na audiência pública sobre a militarização das escolas estaduais e também da participação em uma reunião do Conselho Municipal das Cidades”, contou a integrante do NJP, Emily Bader.
No decorrer da audiência na Assembleia, os membros do NJP coletaram entrevistas audiovisuais com participantes favoráveis e também contrários à pauta discutida. “Temos que buscar a pluralidade de opiniões, porque um grupo pode ter uma opinião e outro pode ter uma visão totalmente diferente, e uma sociedade é feita a partir do consenso das várias opiniões que possam existir. Com várias visões de um mesmo assunto nós conseguimos ver claramente como uma sociedade é constituída e de como as decisões políticas podem nos afetar”, reforçou Emily.
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