Instituto Federal de Rondônia

Bibliotecários e a gestão da informação no IFRO

No próximo domingo (12 de março) se comemora o Dia do Bibliotecário. Gerenciando um total superior a 57 mil materiais disponíveis no acervo institucional, a responsabilidade dos profissionais da área cresce a cada dia no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO) e na sociedade. No Instituto são 15 bibliotecárias, sendo duas nas bibliotecas dos Campi Vilhena, Colorado do Oeste, Cacoal, Ji-Paraná, Porto Velho Calama e Zona Norte, mais uma bibliotecária nas unidades Guajará-Mirim, Ariquemes e Reitoria. A instituição conta ainda com 22 auxiliares de biblioteca.

Conforme a Assessora de Bibliotecas (ABIB/IFRO), Cledenice Blackman, vive-se um momento social de crise na chamada “sociedade da informação”, sendo exigido dos leitores a interação com uma enorme variedade de dados, utilizando estratégias de leitura que possibilitem a compreensão dessas informações. E isso também gera mudança na atuação dos bibliotecários. “Não consideramos apenas o livro físico como fonte direta de informação e pesquisa, mas a própria informação passa a ser o objeto principal no trabalho da biblioteconomia. É uma crise de identidade e o profissional bibliotecário precisou passar por uma mudança de mentalidade. No passado ele trabalhava basicamente com material físico, organização dos materiais e informações através da descrição física. Mas no século XXI o bibliotecário passa a trabalhar com a informação de forma digital”, ressalta Cledenice.

Implantado em maio de 2014 o Sistema de Gestão de Acervo, Empréstimo e Colaboração entre Bibliotecas (Gnuteca) veio atender a esta nova demanda social. A catalogação do acervo pode ser encontrada em https://biblioteca.ifro.edu.br.  “É uma prestação de serviço do bibliotecário e auxiliares de biblioteca, no trabalho de digitalização da informação do IFRO. Organizar e disseminar a informação com qualidade para toda a comunidade acadêmica do Instituto e, consequentemente, de toda Rondônia. Ele se adaptando a esse novo momento de mudança, não é somente um profissional que fica sob os quatro cantos de uma biblioteca, mas se torna um agente cultural, não alheio à questão social. Veja que temos na área profissionais bem atuantes, como as bibliotecas prisionais e outros exemplos que poderíamos citar”, explica Cledenice.

Desde 2010, com a lei 12.244, o País busca a universalização das bibliotecas nas instituições de ensino públicas e privadas de todos os sistemas de ensino, compostas por coleção de livros, materiais videográficos e documentos registrados em qualquer suporte destinados à consulta, pesquisa, estudo ou leitura. Como forma de homenagear as equipes do IFRO, foi expedida uma Portaria de Elogio pela contribuição com êxito da Implantação do Sistema GNUTECA. A próxima atividade deste ano será o V Encontro de Coordenação de Bibliotecas, com o objetivo de alinhar as práticas e políticas na área da biblioteca, especificamente alguns procedimentos no sistema de gerenciamento automatizado e o II Encontro de capacitação para auxiliares de biblioteca e bibliotecárias.

História
O Dia do Bibliotecário foi instituído em 1980, pelo Decreto 84.631. A data homenageia o nascimento do bibliotecário, escritor e poeta Manuel Bastos Tigre. Engenheiro, com aperfeiçoamento em eletricidade nos Estados Unidos e que, aos 33 anos, mudou sua área de trabalho para a Biblioteconomia. Foi aprovado em primeiro lugar no concurso para bibliotecário do Museu Nacional do Rio de Janeiro. Entre 1945 e 1947 trabalhou na Biblioteca Nacional e depois assumiu a direção da Biblioteca Central da Universidade do Brasil.