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Projeto Comunidades Fortes promove oficinas de manejo da castanha do Brasil e do açaí em comunidades indígenas e extrativistas

Publicado: Segunda, 14 de Outubro de 2024, 11h58 | Última atualização em Segunda, 14 de Outubro de 2024, 11h58

Comunidades Fortes 9A equipe do Projeto Comunidades Fortes do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), composta pelas Professoras Coordenadoras de Núcleo Áurea Dayse Cosmo da Silva e Mônica Apolinário, e as Engenheiras Florestais Náthaly de Jesus Vieira da Vitória (Pesquisadora Extensionista do Açaí) e Isabela Ribeiro Barbosa (Pesquisadora Extensionista da Castanha do Brasil), estiveram em campo entre os dias 30 de setembro e 4 de outubro de 2024 para o desenvolvimento de ações de assistência técnica e introdução de boas práticas para os circuitos produtivos da Castanha do Brasil e do Açaí.

A equipe se reuniu com extrativistas da Reserva Extrativista (Resex) Rio Ouro Preto, na sede do ICMBio (Instituto Chico Mendes), em Guajará-Mirim, com a participação do coordenador de Núcleo Marcel Emeric Bizerra. Também foram conduzidas atividades formativas nas Terras Indígenas Igarapé Ribeirão (Linha 12) e Igarapé Lage (Linha 26) do povo Wari, no município de Nova Mamoré (RO) e na Terra Indígena Karipuna, em União Bandeirantes, distrito de Porto Velho (RO).

As pesquisadoras extensionistas orientaram a comunidade para a adoção de boas práticas para o manejo da castanha do Brasil e do açaí, respeitando os usos, costumes e tradições específicas de cada local, possibilitando o desenvolvimento de ações adequadas às especificidades das comunidades atendidas pelo projeto.

Ao mesmo tempo foram realizadas a entrega de equipamentos para a otimização do processo produtivo desenvolvido nessas comunidades, entre eles: despolpadoras, embaladoras, motocultivadores, bombas d´água, plantadeiras manuais etc. E está previsto o acompanhamento da produção e sistematização de estratégias para ampliar a produção.

A estratégia do Projeto Comunidades Fortes é levar conhecimento técnico para fortalecer atividades agrícolas e extrativistas, promovendo a preservação cultural e o uso sustentável dos recursos naturais, favorecendo a permanência dos jovens nas comunidades e a conservação da floresta.

Para a Engenheira Florestal Isabella Ribeiro Barbosa, responsável pela atividade de extensão do circuito produtivo da castanha do Brasil: “cada comunidade tem sua própria dinâmica, seus costumes e um jeito único de lidar com a floresta. Isso me fez ajustar o que estava planejado e pensar em soluções que respeitassem o modo de vida de cada grupo”.

Manejo sustentável do açaí e castanha do Brasil

Na Resex, por exemplo, a ênfase foi no beneficiamento da castanha para extração de óleo, incentivando o uso de técnicas manuais e sugerindo que as famílias destinem uma parte da produção para aumentar a renda.

Já nas Terras Wari, com uma proposta mais conservacionista, foi possível perceber que, mesmo pertencendo ao mesmo povo, cada comunidade traz consigo particularidades. Na comunidade Igarapé Lage (Linha 26) os indígenas já adotam diversos procedimentos que são considerados corretos e sustentáveis do ponto de vista das boas práticas de manejo dos castanhais. Na comunidade Igarapé Ribeirão (Linha 12) foi necessário incentivo ao uso de algumas técnicas de manejo principalmente para o armazenamento das castanhas.

Na Terra Indígena Karipuna, além das práticas de manejo da castanha do Brasil, Isabella propôs uma oficina especial sobre o babaçu, após perceber o interesse dos indígenas pelo fruto, mostrando novas formas de aproveitamento, como a extração da farinha do mesocarpo.

Para Isabella, “essa troca com as comunidades, adaptando as técnicas ao que faz sentido para eles, é o que faz esse trabalho tão especial para mim. A ideia não é só ensinar, mas aprender junto com eles”.

De acordo com Náthaly Vieira, responsável pelas iniciativas de extensão relacionadas ao circuito produtivo do açaí, durante as reuniões e discussões, foi possível observar que a gestão de recursos florestais não madeireiros é uma alternativa sustentável para a geração de renda, se conduzida de maneira racional torna-se rentável, trazendo benefícios aos povos que vivem da floresta. Entre esses produtos, destaca-se o açaí, cuja produção tem aumentado significativamente apresentando grande potencial econômico para as comunidades. Por essa razão, é essencial que sejam estabelecidas técnicas de manejo para garantir a sustentabilidade.

Nas comunidades, foram discutidos, ainda, os principais elos do circuito produtivo do açaí, destacando desafios como questões produtivas, mudanças climáticas e aspectos de mercado. As rodas de conversa revelaram a estrutura da cadeia do açaí em cada comunidade, permitindo a adoção de metodologias de manejo específicas para cada uma. No primeiro encontro, o foco foi o planejamento participativo, com a preparação das etapas necessárias.

Dentro dos trabalhos, é crucial entender o calendário de produção das espécies, a quantidade de famílias envolvidas na coleta e a logística para abrir trilhas, facilitando a coleta e o transporte dos frutos. Segundo a extensionista Náthaly, esse circuito em campo foi fundamental, pois ampliou a visão sobre o planejamento da safra e favoreceu a troca de experiências. “A participação ativa da comunidade, incluindo mulheres e jovens, que atuam como coletores/extrativistas, foi especialmente notável e essencial para enriquecer o trabalho no circuito produtivo do açaí”, realçou.

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