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IFRO participa de programação alusiva aos dias: Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha,  Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra

Publicado: Quarta, 31 de Julho de 2024, 13h21 | Última atualização em Quarta, 31 de Julho de 2024, 13h21

Evento Mulheres Negras em Espaço de Poder 5O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO) participou da programação alusiva ao Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, ao Dia Nacional de Tereza de Benguela e ao Dia da Mulher Negra, no último 25 de julho. Com o tema “Mulheres negras em espaço de poder na escola”, a instituição também recebeu encontro no período da tarde, no dia 25, no Campus Porto Velho Calama.

A recepção de mulheres que protagonizaram o evento ocorreu no gabinete do Calama e em sala de aula. Estiveram presentes representantes do Gabinete da Reitoria do IFRO, da Pró-Reitoria de Extensão, do Campus Calama, a Diretora-Geral Substituta, Sheylla Chediak, mais a comitiva com procuradores do Ministério Público do Trabalho e a Embaixadora de Barbados no Brasil. As falas com os alunos foram com Cecília Amália Cunha Santos (Procuradora do Trabalho) e Raíza Feitosa Gomes (autora do livro “Cadê a Juíza?”).

São parceiros do evento o IFRO e o Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Neabi), mais o Comitê da Equidade e Diversidade, a Secretaria Municipal de Assistência Social e da Família (SEMASF), o Ministério Público do Trabalho (MPT/RO-AC), Ministério Público do Estado de Rondônia (MPE/RO), a Escola da Magistratura do Estado de Rondônia (Emeron), o Tribunal Regional Eleitoral de Rondônia (TRE) e o Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ/RO). A programação em conjunto ocorreu nos dias 25 e 26, dentro de uma agenda pública de visibilização da luta de pessoas negras, sobretudo de mulheres pretas retintas para equiparação da força de trabalho negra em espaços públicos e privados, sobretudo, em colocações de poder.

O debate em torno dos espaços escolares e a programação do evento foram bem recebidos por alunos da instituição. “Para mim, enquanto mulher negra, foi um evento extremamente impactante e, ao mesmo tempo, edificante. Ter tido o privilégio de conhecer as histórias de mulheres tão importantes e, através delas, ver que é possível sim, alcançar espaços de poder sendo uma mulher negra. Esse evento me possibilitou enxergar uma gama de possibilidades, e fico realmente muito feliz em saber que com muito esmero, essas mulheres conseguiram alcançar seus objetivos. Foi um grande privilégio participar de algo que busca protagonizar essas figuras femininas, que são uma verdadeira inspiração. O evento estava lindo e repleto de representatividade, com obras de arte e pessoas muito admiráveis. É de extrema importância que iniciativas como essas sejam promovidas e que haja um debate contínuo sobre esse assunto, para que mais pessoas compreendam a urgência dessa pauta”, afirmou Beatriz Souza, do 2° ano do Curso Técnico em Informática Integrado ao Ensino Médio do Campus Porto Velho Calama.

Também do 2° ano de Informática do Calama, Angélica Bechara mostrou ter sido uma “honra de conhecer várias mulheres negras maravilhosas que estão quebrando paradigmas e fazendo história dentro e fora do nosso estado. Para mim, esse evento foi muito especial pelo fato de nunca ter estado em um espaço onde eu poderia ver outras mulheres como eu, negras. Mulheres essas que renovaram minha vontade de ocupar o espaço que eu bem desejar. Confesso que em um dado momento do evento não me contive e quando me dei conta estava a chorar. Chorei porque sentia que aquelas mulheres, sofreram muito para estar no seu lugar de fala atual, passaram por preconceitos, foram desencorajadas, mas mesmo assim persistiram e são quem são hoje, mulheres empoderadas, confiantes de si”.

“Depois do evento, percebi que desejo ser como elas, uma mulher poderosa, na realidade todas somos, mas não nos damos conta disso, e essa visita serviu para abrir meus olhos, para eu ver que assim como elas posso me blindar e passar por cima dos preconceitos impostos pela sociedade. Em resumo, essa visita técnica foi uma vivência única onde pude me conscientizar mais e enriquecer meu repertório de saberes, onde fui encorajada a querer fazer a diferença assim como elas”, concluiu Angélica.

Para a estudante Geovana Evangelista (2° ano de Informática/Calama), foi igualmente uma experiência nova: “conhecer e ouvir os relatos dessas mulheres que estão em posições de liderança e que lutam para que outras também alcancem isso, e durante o evento, pude refletir de que há muito a ser feito para alcançar a igualdade de gênero, mas fiquei muito grata de ver todas aquelas mulheres negras que contribuíram na história  sendo homenageadas nesse dia que celebra as mulheres negras, latinas e caribenhas, sendo assim mais um passo para a igualdade e inclusão das mulheres”.

Professora de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira no IFRO, Virginia Amaral é doutora em Estudos Literários pelo Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística da Universidade Federal de Alagoas (UFAL). Segundo ela, “o evento ‘Mulheres Negras em Espaço de Poder’ foi um momento muito enriquecedor e que me permitiu, como professora e mulher negra, refletir sobre o meu papel de docente como agente de mudança para que meus alunos possam agir em prol de uma sociedade mais igual e para que as meninas e mulheres negras enxerguem as diferentes possibilidades de espaços que eles podem e devem ocupar, especialmente os espaços de poder. Espero que mais eventos como esse sejam promovidos, pois são essenciais para prática educativa”.

O Professor de Sociologia do Campus Porto Velho Zona Norte, Geraldo Cotinguiba, avaliou ser de suma importância por dois aspectos. “O primeiro, por abordar o assunto relativo aos afrodescendentes no Brasil e visibilizar o lugar da mulher negra nos espaços de poder, tanto pelas conquistas quanto pelas barreiras ainda existentes. O segundo, pela participação dos estudantes do IFRO, especialmente os ingressantes em 2024, para entrarem em contato com temas tão sensíveis e contemporâneos. Isso enriquece o processo de formação de nossos estudantes”.

 

Parceiros

O Seminário “Mulheres Negras em Espaços de Poder: transformações no mundo do trabalho” contou com uma programação diversificada. Além do encontro no IFRO, outras atividades movimentaram os dois dias de evento.  No Ministério Público do Trabalho (MPT/RO-AC), na manhã do dia 25, foi realizada a abertura da Exposição “Mulheres Negras que Escreveram História em Porto Velho”. No painel de debate que ocorreu na sequência, integraram a mesa a Embaixadora de Barbados, Tonika Sealy Thompson, a Secretária-Geral do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Adriana Cruz, a Procuradora do Trabalho (MPT/DF-TO), Cecília Amália Cunha Santos, e a autora do livro “Cadê a Juíza?” – Travessia de Magistradas Negras no Judiciário Brasileiro, Raíza Feitosa Gomes.

No dia 26, após café da manhã no hall de exposição do MPT/AC-RO, foi a vez do painel de diálogos com participação da Pró-Reitora de Extensão do IFRO, Marcela Regina Stein dos Santos, além da Juíza Raíza Feitosa Gomes, da Coordenadora do Instituto Esperança Garcia, Andréa Marreiros, e da Defensora Pública da DPE-RO, Ada dos Reis Mendes. No período da tarde, na Emerom, ocorreu a Exposição “Mulheres Negras que Escreveram História em Porto Velho”. E à noite, na Livraria Leitura do Porto Velho Shopping teve Noite de Autógrafos de lançamento do livro de Raíza Feitosa Gomes: “Cadê a Juíza?” – Travessia de Magistradas Negras no Judiciário Brasileiro.

Marcela Bonfim, Assessora de Comunicação do Ministério Público do Trabalho, afirmou que receber um evento desse porte foi muito importante. “É parte das relações do mundo do trabalho, uma casa que trata exatamente sobre essas relações, sabemos muito bem sobre as desigualdades que ainda existem no campo do racismo e das relações raciais no Brasil. Trazer mulheres que tenham toda essa trajetória de enfrentamento a essas questões desiguais é fundamental. E mais fundamental ainda é quando percebemos que a parte do público foi feita pela juventude, aquela que precisava estar ali também para escutar, para se inspirar, para ver o mundo mais possível. Então, dentro dessa atribuição, diríamos que o evento coube com uma luva dentro do nosso contexto de atuação”.

Conforme o Procurador-Chefe do MPT/RO-AC, Carlos Alberto Lopes de Oliveira, foi dos eventos mais significativos do Ministério Público do Trabalho, por tratar de relações de trabalho muito fundamentais, que lidam com a questão racial, que também é uma pauta do Ministério, além de uma pauta, uma bandeira do Ministério Público do Trabalho.

A Pró-Reitora de Extensão do IFRO, Marcela Stein, resume ter sido um evento maravilhoso. “Possibilitou escutar mulheres inspiradoras, mulheres negras que estão sendo agentes de transformação em seus locais de atuação, rumo a construção de espaços mais justo e inclusivos, rompendo barreiras em busca de oportunidades e representatividade. A presença dos nossos alunos em eventos com essa temática é capaz de fazer com que eles percebam o importante papel transformador em relação as desigualdades sociais, pois são os futuros agentes de mudanças, e certamente as falas motivadoras das pessoas, durante os dois dias de evento, nos mostram que a construção de um mundo mais justo depende da ampliação de momentos e trocas de experiências que nos inspirem a superar os desafios e a caminhar rumo ao futuro com igualdade de oportunidades para todos”.

Do Campus Porto Velho Zona Norte, cursando o 1º ano do Técnico em Informática Integrado ao Ensino Médio, Emily Fermino de Macedo conta ter sido “uma excelente palestra que nos mostra a realidade de cada parte da população brasileira, o que elas enfrentaram e enfrentam até o dia de hoje! O cuidado do órgão MPT (Ministério Público do Trabalho) com os alunos e participantes da palestra, desde o coffee break até o término da fala dos convidados, agradeço muito pela oportunidade de participar pelo campus, e gostaria que mais palestras como essa fossem feitas e compartilhadas em diferentes modelos, assim todos teriam acesso e conhecimento a eventos tão importantes e significativos como esse”.

Para Ana Cristine Paixão de Jesus (1° ano de Administração/Zona Norte), “o painel ‘Mulheres negras em espaço de poder’ foi excepcional para o desenvolvimento do nosso pensamento crítico. Tivemos a oportunidade de abrir nossos olhos para as dificuldades que as mulheres negras passam na nossa sociedade, além de conhecer diferentes histórias de diferentes pessoas. Acredito que todos os alunos deveriam ter a oportunidade de participar de eventos como esse. Foi lindo ver tantas meninas se sentindo inspiradas pelas palestrantes, e criando motivação e esperança de um futuro em que elas poderão se tornar líderes, assim como as tais”.

“No geral, participar desse evento foi muito significativo para mim, visto que vim de uma família de pessoas negras e somente hoje pude conhecer de forma mais aprofundada sua cultura e sua luta. Espero ter a oportunidade de participar de mais eventos com essa temática, e parabenizo todas as entidades que contribuíram para a realização do evento”, finalizou a discente.

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