Alunos do Campus Avançado São Miguel do Guaporé realizam visita técnica à Resex do Rio Cautário
No último dia 25 de março, alunos dos cursos Superior em Agrocomputação e Técnico em Agronegócio do Campus Avançado São Miguel do Guaporé realizaram uma visita técnica à Reserva Extrativista Estadual do Rio Cautário, localizada no município de Costa Marques.
A visita técnica foi viabilizada a partir de uma parceria entre o campus e a organização Ação Ecológica Guaporé – Ecoporé e, de acordo com o professor Mauro Sérgio Demício, Coordenador de Pesquisa e Extensão, compõe parte da estratégia do Campus São Miguel de se aproximar, compreender e valorizar todos os arranjos produtivos e modos de vida presentes no Vale do Guaporé, incluindo os ligados à atividade extrativista, além de estabelecer contatos visando a abrir novos campos para a realização de futuras atividades de pesquisa e extensão.
Os alunos foram recepcionados na Comunidade Canindé, onde conheceram o Projeto de Carbono Florestal, implementado na Resex pela empresa Permian Brasil em parceria com os comunitários residentes na reserva e com a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (SEDAM).
Ainda no período matutino, os alunos conheceram o Projeto de Educação Ambiental, desenvolvido pela Ecoporé com crianças das comunidades da reserva e, à tarde, foram conduzidos à Comunidade Vitória Régia para conhecer algumas etapas do processamento da castanha-do-brasil (Bertholletia excelsa), além de um projeto local de reflorestamento ambiental.
Conforme a gerente de educação da Ecoporé, Ana Paula Albuquerque, a visita técnica foi um passo importante para estreitar os laços entre a entidade e o IFRO e, principalmente, “fortalecer a parte técnica, devido ao potencial do IFRO, já que é possível os alunos virem a desenvolver atividades nas comunidades em que a Ecoporé atua, sobretudo de recuperação de áreas degradadas, agricultura familiar, gestão, etc.”
Também o morador da localidade, senhor Francisco Silva, conhecido por “Galego”, ressaltou a importância da visita do IFRO à Resex, já que, de acordo com ele, além de visitas assim serem algo muito raro, gera esperança que possam resultar em parcerias para desenvolvimento de tecnologias que contribuam com a exploração econômica na reserva, “principalmente para a redução do avanço sobre a floresta para a abertura de novas áreas para a produção agrícola. É preciso novas tecnologias para eu produzir a mesma coisa ou até mais em menos área”, acrescentou o morador.
Para os acadêmicos, a visita também constituiu um momento ímpar para estabelecer contato com um modo de produção que, embora há muito presente na região, ainda é pouco compreendido. De acordo com a acadêmica Raiani Diniz Fantichelli, do curso Superior em Agrocomputação, a visita foi importante para os alunos entenderem que “não é você chegar e querer implantar alguma coisa sem saber da cultura, sem saber o que eles realmente precisam, para isso vamos depender muito de pesquisas”.
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