Instituto Federal de Rondônia

Atividades sobre bullying são desenvolvidas no Campus Guajará-Mirim

Alunos dos Cursos Técnicos Integrados ao Ensino Médio do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), Campus Guajará-Mirim, participaram durante o mês de agosto de atividades que tiveram como tema principal o bullying. A ação foi desenvolvida na disciplina de Sociologia para alunos do 1º ao 3º ano dos turnos matutino e vespertino, e compõe o Projeto Viver Bem na Escola, coordenado pela Coordenação de Assistência ao Educando (CAED).

A Prof.ª Maria das Graças Freitas de Almeida, que ministra Sociologia no campus, planejou e desenvolveu ações diferenciadas para cada turma do Curso Técnico Integrado de Biotecnologia e de Manutenção e Suporte em Informática, com o objetivo de esclarecer as causas e os danos causados pelo bullying, tanto nas vítimas, agressores, familiares e expectadores, auxiliando na desmitificação a ideia corrente de que atualmente ‘tudo é bullying’.

Com as turmas de 1º ano foi desenvolvida a atividade do autorretrato (um texto descritivo, narrativo e com foto), onde o aluno deveria descrever sua vida, o que desejava para o seu futuro, o que ele considerava como pontos fortes e fracos de sua personalidade, seus medos, suas angústias, sua fé, se foram vítimas ou praticantes do bullying.

Nos segundos anos a atividade foi desenvolvida através de teatro, seminários, paródias e poesias. Os alunos se dedicaram ao tema e todos, inclusive os mais tímidos, quiseram participar. Os alunos dos terceiros anos ficaram responsáveis por apresentar aos segundos anos palestras e roda de conversa sobre o tema.

A coordenadora do projeto “Viver Bem na Escola”, Elaine Márcia Souza Rosa, ressaltou a importância de desenvolver projetos interdisciplinares. “O projeto apresenta uma proposta que não só agrega conhecimento, mas, como no caso da disciplina de Sociologia, se preocupa em oferecer aos nossos educandos uma formação cidadã que engloba a valorização do respeito e tolerância para com o próximo”, comentou.

Segundo Maria das Graças Freitas de Almeida, professora Disciplina de Sociologia, a atividade “[...] representou mudança, conheci melhor meus alunos, suas angústias, seus temores e meu olhar docente se tornou mais sensível a qualquer julgamento em relação aos alunos. Além de tornar-me uma pessoa melhor, em minhas práticas dentro e fora de sala de aula, usarei mais a empatia”.

As ações do projeto, para a aluna do 2º ano de Manutenção e Suporte em Informática, Naimi de Souza França Barroso, foram gratificantes. “Sinto que me tornei uma pessoa melhor e aprendi muito mais com o projeto. Existem pessoas que precisam de ajuda e agora me sinto mais capacitada para ajudá-las sempre que possível”, disse.

Ana Vitória dos Santos Félix, aluna do 3º ano de Manutenção e Suporte em Informática ressaltou que através do projeto pôde ajudar na conscientização dos alunos. “Aprendi a não ficar calada em meio a turbilhões de problemas que enfrento e que através de mim, muitas pessoas podem viver felizes, sem bullying”, falou.

O estudante do 1.º ano de Manutenção e Suporte em Informática, Denzel Nascimento de Melo, disse que as atividades reforçaram seus conhecimentos sobre o tema.  “Isso significa e demonstra a importância que os alunos têm para a escola. As informações que recebi contribuirão para meu desenvolvimento pessoal e social, pois agora sei como lidar com o bullying quando sofrer ou quando alguém que gostamos sofre e diante disso poder fazer algo”, concluiu.